A empresa apresentou elevados volumes de vendas de painéis de madeira e resultados positivos na Divisão de Metais e Louças, além de recordes na operação da LD Celulose.
A Dexco, maior casa de marcas do Brasil para materiais de construção, reforma e decoração, detentora das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor, registrou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, da sigla em inglês) ajustado e recorrente pro forma de R$ 1,65 bilhão no ano de 2024, com margem Ebitda de 20%. Considerando os resultados do negócio de Celulose Solúvel, representado pela LD Celulose, joint venture com a austríaca Lenzing, o Ebitda alcançou o montante de R$ 2,4 bilhões no ano, crescimento de 22% na comparação com 2023, a Receita Líquida foi de R$ 8,2 bilhões no consolidado do ano, crescimento de 12% na comparação com 2023 e o Lucro Líquido recorrente pro forma foi de R$ 201 milhões no ano de 2024, queda de 69% na comparação com o ano anterior, em função de efeitos no resultado financeiro.
Os resultados demonstram a resiliência da companhia, mesmo diante das instabilidades do cenário macroeconômico. —Presenciamos, no final do ano, incertezas no mercado, com níveis elevados de taxa de juros, aumento de custos e dólar atingindo recordes e outros fatores, como a sazonalidade do setor que temos atuação, que impactam diretamente o desempenho do quarto trimestre. Ainda assim, a companhia entregou resultados sólidos. Começamos a ver uma recuperação importante da divisão de metais e louças, o negócio madeira registrou mais um recorde nominal de Ebitda ajustado e recorrente, fortalecendo os resultados, e a LD Celulose atingiu seu melhor nível de Ebitda e de receita até aqui —afirma Antonio Joaquim de Oliveira, CEO da Dexco.
No quarto trimestre de 2024, a empresa apresentou receita líquida de R$ 2 bilhões, um aumento de 6% em relação ao mesmo período de 2023. O Ebitda ajustado e recorrente do quarto trimestre de 2024 foi de R$ 649 milhões, já incluindo os R$ 277 milhões provenientes da LD Celulose. O lucro líquido do trimestre foi negativo em R$ 84 milhões, dos quais R$ 80 milhões se referem à LD Celulose. —No quarto trimestre, tivemos o lucro líquido impactado por encargos financeiros, uma questão pontual contábil pela nova estrutura de dívida da LD. Os resultados da operação de celulose são precisos, com eficiência operacional elevada e forte diligência em custos— explica Oliveira.
A divisão Madeira, com as marcas Duratex e Durafloor, registrou Ebitda ajustado e recorrente recorde nominalmente em 2024, totalizando R$ 1,5 bilhão, um crescimento de 8% em relação a 2023, com margem Ebitda de 28%. O desempenho foi impulsionado pela demanda da indústria moveleira e do varejo, além da estratégia adotada pela companhia de monetização de ativos florestais como complemento à produção de painéis de madeira. No quarto trimestre de 2024, o Ebitda foi de R$ 350 milhões, com a demanda aquecida para painéis de MDP e MDF.
A receita líquida da divisão foi de R$ 5,3 bilhões no ano, um avanço de 11% em relação a 2023. No quarto trimestre, a Receita Líquida atingiu R$ 1,3 bilhão, um crescimento de 2% frente a quarto trimestre de 2023. —Nossa rentabilidade em painéis de madeira está ótima. Além do crescimento na demanda por produtos mais nobres, temos mantido altos níveis de ocupação fabril ao longo do ano, garantindo maior competitividade em custos— destaca Francisco Semeraro, CFO da Dexco.
A operação de Celulose Solúvel registrou Ebitda ajustado e recorrente de R$ 566 milhões no quarto trimestre de 2024, se considerarmos 100% da operação, um aumento de 77% em relação ao quarto trimestre de 2023 e acumulou R$ 1,6 bilhão no ano, alta de 29% em relação a 2023. A receita líquida atingiu R$ 975 milhões no trimestre, avanço de 60% sobre o quarto trimestre de 2023, e totalizou R$ 2,9 bilhões no ano (+23% frente a 2023). O exercício de 2024 foi encerrado com um prejuízo de R$ 149 milhões. —A LD Celulose apresentou recorde de receita e EBITDA no quarto trimestre, confirmando a excelência operacional e as vantagens competitivas da celulose solúvel em relação a outras fibras. O resultado negativo está associado ao impacto da nova estrutura de financiamento da LD Celulose, com a transição de project finance para corporate finance no terceiro trimestre de 2024, que gerou encargos que impactaram pontualmente o lucro líquido do 4T24 —explica Francisco Semeraro.
A divisão Acabamentos para Construção apresentou crescimento consistente, acompanhando a recuperação da indústria de materiais de construção, que avançou 6% em relação a 2023, e o desempenho positivo do mercado de produtos acabados ao longo do ano. A unidade de Louças e Metais, com a marca Deca, registrou Ebitda ajustado e recorrente de R$ 131 milhões em 2024 e de R$ 28 milhões no quarto trimestre de 2024. A receita líquida atingiu R$ 1,9 bilhão no ano, alta de 18% frente a 2023, enquanto no trimestre foi de R$ 518 milhões, um avanço de 17% em relação ao 4T23. —Estamos capturando os efeitos dos investimentos iniciados em 2023 para otimização das operações, além de maximizar oportunidades dentro do ciclo de investimentos iniciado em 2021. Olhando para o médio e longo prazo, a companhia se fortalece estruturalmente e se posiciona de forma mais resiliente para o futuro— esclarece Semeraro.
Já a divisão de Revestimentos, representada pelas marcas Ceusa, Portinari e Castelatto, apresentou Ebitda ajustado e Recorrente de R$ 4 milhões em 2024, refletindo uma retração em relação a 2023, atribuída a pressões de custos e um cenário negativo de mercado. No quarto trimestre, o Ebitda foi negativo em R$ 6 milhões. —O segmento de via úmida, que é onde a companhia atua, começou a mostrar sinais de recuperação em 2024, com um crescimento de 4% no último trimestre do ano, após uma retração de 30% nos dois anos anteriores. A Dexco tem adotado ações comerciais eficazes, impulsionando o aumento de volume e receita líquida. No entanto, os resultados da divisão no quarto trimestre foram afetados por custos relacionados às paradas de manutenção programadas, que elevam o custo fixo, e pelo início das operações da nova fábrica de revestimentos cerâmicos em Botucatu, que concentra despesas adicionais no início da atividade— diz Semeraro.
Para a divisão de Acabamentos para Construção, a inauguração da loja conceito Casa Dexco, que ocorreu no último dia 10 de março de 2025, representa uma iniciativa relevante da empresa para se aproximar dos consumidores e estreitar ainda mais o canal de contato direto com especificadores de arquitetura e decoração.
Gestão estratégica e investimentos— A Dexco apresentou uma evolução do fluxo de caixa Sustaining, atingindo R$ 391 milhões no acumulado do ano, 8% maior do que no mesmo período do ano anterior. A companhia apresentou uma redução do nível de alavancagem, fechando o quarto trimestre de 2024 em 3,01x, como reflexo da melhora do Ebitda ajustado e Recorrente. “Mesmo diante do cenário desafiador do mercado, a empresa tem risco reduzido porque não tem dívida atrelada ao dólar. Mantivemos o custo médio da dívida bem alinhado, mesmo com a taxa básica de juros mais alta no mercado”, diz o CFO.
De acordo com o executivo, a empresa está se aproximando da conclusão do ciclo de investimentos, e o foco agora é na redução da alavancagem dentro de um cenário macroeconômico instável, que acaba impactando a confiança de clientes e consumidores.
Em 2024, a Dexco alocou R$ 389 milhões em projetos do ciclo de investimentos iniciado em 2021, sendo: R$ 231 milhões para a construção da nova unidade de revestimentos em Botucatu (SP); R$ 108 milhões para projetos de melhoria de mix em metais e automação de louças; R$ 10 milhões em startups que buscam transformar o paradigma construtivo e que apresentam forte conexão com a sustentabilidade, por meio de seu Fundo de Venture Capital — o DX Ventures; além de R$ 40 milhões para melhoria do mix de painéis de madeira e expansão da base florestal no Nordeste.
—Entendemos que os investimentos em recomposição e expansão de ativos florestais estão se consolidando como um diferencial competitivo, considerando a limitada disponibilidade de áreas para atividades florestais no Brasil. A expansão da nossa base florestal no Nordeste abre novas oportunidades, e nossa meta é alcançar aproximadamente 40 mil hectares, que poderão ser destinados a novos projetos—analisa Antonio Joaquim de Oliveira.
O CFO da Dexco, Francisco Semeraro, destaca que a empresa tem priorizado a gestão de caixa e a seleção de projetos com menor tempo de retorno, visando à redução dos níveis de alavancagem. —Mantemos disciplina no controle de custos e despesas, focados na eficiência operacional e na entrega de resultados positivos. Estamos preparados para atender clientes e consumidores com elevado nível de serviço— conclui.
Sucessão do diretor-presidente —O fechamento do ano de 2024 marca também um momento significativo para a Dexco, com a conclusão do ciclo de liderança de Antonio Joaquim de Oliveira como CEO. Desde 2013 à frente da companhia, Antonio Joaquim desempenhou um papel fundamental na transformação da Dexco, impulsionando inovação, crescimento e reforçando a sustentabilidade como um pilar estratégico. Seu legado se reflete na solidez e na visão de longo prazo que guiaram a empresa nos últimos anos.
Para a sucessão de Antonio, o nome de Raul Guaragna, atual vice-presidente da Divisão de Acabamentos, foi anunciado no ano passado e deverá ser oficializada na Assembleia Geral Ordinária da Companhia, a ser realizada no próximo mês de abril.
Dexco — Maior casa de marcas do Brasil para materiais de construção, reforma e decoração, detentora das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor, a Dexco é a maior empresa produtora de painéis de madeira industrializada do Brasil, referência na produção de louças e metais sanitários no hemisfério Sul e uma das maiores fabricantes de revestimentos do país. Detém 49% de participação na LD Celulose, joint venture com a austríaca Lenzing, de fabricação de celulose solúvel. Com 73 anos de história, e 12 mil colaboradores, a empresa tem sede em São Paulo e conta com 23 unidades industriais e florestais no Brasil e na Colômbia. Sob o propósito de oferecer Soluções para Melhor Viver, a Dexco é hoje a empresa com o maior portfólio de soluções do setor, priorizando os desejos do consumidor, entregando design, qualidade, funcionalidade e versatilidade em seus produtos. A empresa materializa sua promessa de marca – Viver Ambientes – na Casa Dexco, sua flagship que apresentará um novo conceito de loja de arquitetura e decoração. Conta ainda com uma estratégia de Inovação que busca protagonizar a transformação do setor de reforma e construção a partir de três programas: Open Dexco (inovação aberta), Imagine (intraempreendedorismo) e DX Ventures (fundo de Corporate Venture Capital, que investe em startups e scale-ups que buscam transformar os paradigmas do setor). A Dexco opera sempre alinhada aos compromissos ESG da sua Estratégia de Sustentabilidade, que endereçam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU. Com seus mais de 140 mil hectares de florestas plantadas e áreas de conservação, conta com a certificação de manejo florestal responsável e de cadeia de custódia FSC ® – Forest Stewardship Council ® (Códigos de licença: FSC-C006042, FSC-C003088). Tem capital aberto desde 1951 e ações listadas no Novo Mercado, segmento destinado à negociação de ações de empresas que adotam práticas de governança corporativa que vão além das exigidas por lei. A empresa é integrante do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e do Índice de Carbono Eficiente da B3.