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12/03/2025

Produção de aço bruto cai 3,6% na América Latina em 2024, diz Alacero

Consumo e importações mantiveram-se estáveis, o que mostra que continua crescendo a relação de aços importados em nossa região.

De acordo com o último relatório mensal da Associação Latino-Americana do Aço (Alacero), divulgado no dia 11 de março (terça-feira), sobre a evolução da produção, consumo e balança comercial da indústria da região, a produção de aço bruto na América Latina alcançou 56,2 milhões de toneladas (Mt) em 2024, o que representa uma queda anual (a/a) de -3,6%, o terceiro declínio consecutivo (-2,9% em 2022 e -7,4% em 2023). As quedas mais significativas foram registradas no México, Argentina e Chile, enquanto o Brasil, com 33,7 Mt (+5,3%), foi o único país a registrar aumento na produção.

A produção de aço laminado totalizou 51,9 milhões de toneladas, com uma diminuição de -2,5% a/a, mantendo a tendência de queda dos últimos anos (-2,4% em 2022 e -2,7% em 2023). O segmento de tubos sem costura foi o que mais caiu (-8,8%), seguido dos aços longos (-5,0%). Por outro lado, os produtos planos cresceram 0,7%.

A balança comercial na América Latina registrou um déficit de 19,5 milhões de toneladas entre janeiro e novembro de 2024, o que representa um aumento de 4,3% em relação ao mesmo período de 2023. Esse déficit foi causado por uma queda de -10,5% nas exportações, enquanto as importações permaneceram estáveis, com um crescente aumento das compras provenientes da China.

O consumo aparente de laminados foi de 67,4 milhões de toneladas no acumulado de 11 meses, o que representa uma redução de -1,0% a/a. O desempenho foi muito heterogêneo entre os países da região, com quedas superiores a -20% na Argentina, Bolívia e Panamá, que foram parcialmente compensadas por aumentos no Brasil, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

Quanto aos setores consumidores de aço, a construção acumulou um crescimento de 1,5% a/a, embora tenha enfrentado quedas de agosto a novembro de 2024, com exceção do Brasil. A indústria fechou o semestre com um desempenho positivo em novembro de 2024 (1,3% a/a), destacando-se o setor automotivo (5,9%), enquanto o de máquinas e equipamentos industrais teve um crescimento moderado de 0,4%. O segmento de eletrodomésticos, por sua vez, registrou uma queda de -1,9%.

—Fechamos 2024 com uma queda pela terceira vez consecutiva na produção de aço na América Latina. No entanto, o consumo e as importações mantiveram-se estáveis, o que mostra que a relação de aços importados continua a crescer em nossa região. Isso impacta diretamente a competitividade e a estrutura da cadeia de valor regional—explica Ezequiel Tavernelli, diretor executivo da Alacero.