Em fevereiro de 2025, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.229,32 ou 4,76 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00. Em janeiro, o valor necessário era de R$ 7.156,15 e correspondeu a 4,71 vezes o piso mínimo. Em fevereiro de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.996,36 ou 4,95 vezes o valor vigente na época, que era R$ 1.412,00.
O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 14 das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, os dados foram divulgados no dia 10 de março (segunda-feira).
Entre janeiro e fevereiro de 2025, as elevações mais importantes ocorreram em Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%). Já as reduções foram observadas em três capitais: Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%). São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 860,53), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 814,90), por Florianópolis (R$ 807,71) e Campo Grande (R$ 773,95). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju
(R$ 580,45), Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80).
A comparação dos valores da cesta, entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025, mostrou que 14 capitais tiveram alta de preço, com variações entre 1,87%, em Vitória, e 13,22%, em Fortaleza. As quedas ocorreram em Porto Alegre (-3,40%), Rio de Janeiro (-2,15%) e Belo Horizonte (-0,20%).
Nos dois primeiros meses do ano, o custo da cesta básica aumentou em 14 cidades, com destaque para as variações no Nordeste e no Norte: Salvador (7,69%), Recife (6,29%), Fortaleza (5,48%) e Belém (5,14%). As quedas aconteceram em Porto Alegre (-1,78%), Vitória (-0,26%) e Florianópolis (-0,22%).
Com base na cesta mais cara, que, em fevereiro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em fevereiro de 2025, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.229,32 ou 4,76 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00. Em janeiro, o valor
necessário era de R$ 7.156,15 e correspondeu a 4,71 vezes o piso mínimo. Em fevereiro de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.996,36 ou 4,95 vezes o valor vigente na época, que era R$ 1.412,00.
Rio de Janeiro — Em fevereiro de 2025, o preço da cesta básica da cidade do Rio de Janeiro apresentou aumento de 1,50% em relação a janeiro de 2025. Seu custo foi de R$ 814,90, segunda cesta básica mais cara dentre as capitais pesquisadas. Em comparação com fevereiro de 2024, a cesta acumula redução de 2,15%.
Entre janeiro de 2025 e fevereiro de 2025, cinco dos 13 produtos que compõem a cesta básica tiveram aumento nos preços médios: o tomate (20,75%), o café em pó (13,92%), a farinha de trigo (1,13%), a carne bovina de primeira (0,81%) e o leite integral (0,29%). Os outros oito produtos apresentaram queda de preço: o feijão preto (-7,57%), o óleo de soja (-6,87%), a banana (-3,73%), a manteiga (-2,69%), o arroz agulhinha (- 1,71%), o açúcar refinado (-0,65%), a batata (-0,41%) e o pão francês (-0,36%).
No acumulado dos últimos doze meses, foram registradas elevações em seis dos 13 produtos: o café em pó (84,65%), o óleo de soja (28,01%), a carne bovina de primeira (20,52%), a manteiga (7,84%), o leite integral (5,96%) e o pão francês (4,97%). Apresentaram diminuição de preços a batata (-56,09%), o feijão preto (-24,72%), o tomate (-23,10%), a banana (-20,64%), o arroz agulhinha (-5,79%), a farinha de trigo (- 3,83%) e o açúcar refinado (-3,35%).
Em fevereiro de 2025, o trabalhador do Rio de Janeiro remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.518,00 precisou trabalhar 118 horas e 06 minutos para adquirir a cesta básica. Em janeiro de 2025, o tempo de trabalho necessário havia sido de 116 horas e 22 minutos. Em fevereiro de 2024, quando o salário mínimo era de R$ 1.412,00, o tempo de trabalho necessário era de 129 horas e 46 minutos.
Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em fevereiro de 2025, 58,04% de sua remuneração para adquirir os produtos da cesta básica – que são suficientes para alimentar um adulto durante um mês. Em janeiro de 2025, este percentual foi 57,18% e, em fevereiro de 2024, 63,76%.