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08/03/2025

EUA estrutura plano para retomar a indústria naval: nesta esteira o Brasil já decolou

A base industrial americana de construção naval necessita de capacidade industrial para produzir navios mercantes oceânicos em grande escala, capaz de atender à segurança nacional e econômica do país. Embora o Brasil para alçar a grande competitividade precise continuar a revisar suas cadeias produtivas por meio da retomada da mobilização de canteiros e estaleiros nacionais, a requalificação de mais mão de obra, o investimento pesado em tecnologia, e a busca concreta no fortalecimento e agilização dos incentivos financeiros.

— A indústria naval brasileira está em plena retomada, com R$ 23 bilhões em investimentos e 44 novas embarcações encomendadas, incluindo navios petroleiros, gaseiros e fragatas militares. Esse crescimento já está gerando cerca de 44 mil empregos, revitalizando estaleiros e impulsionando a economia nacional. O programa de renovação da frota da Petrobras e Transpetro fortalece o setor, garantindo trabalho para os estaleiros de Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco, e o governo amplia o financiamento via Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Fundo da Marinha Mercante(FMM), assegurando crédito para novas construções. Enquanto o Brasil já constrói e expande sua frota, os Estados Unidos ainda tentam estruturar um plano para reverter sua crise na construção naval— diz documento divulgado pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), no dia 07 de março (sexta-feira).

— No dia 04 de março de 2025 (terça-feira), o presidente Donald Trump anunciou a criação de um Escritório de Construção Naval na Casa Branca e novos incentivos fiscais para estaleiros americanos. O plano visa combater a hegemonia da China, que hoje domina 50% do mercado global de construção naval, enquanto os EUA ocupam apenas a 19ª posição mundial, fabricando menos de cinco embarcações por ano. Em resposta, os americanos implementaram uma taxa de até US$ 1,5 milhão para navios chineses que entrarem em portos dos EUA, além de sanções contra a gigante Cosco Shipping. No entanto, especialistas alertam que barreiras comerciais não resolvem a escassez de estaleiros competitivos e profissionais qualificados nos EUA, tornando o plano de Donald Trump um desafio de longo prazo— continua o Sinaval.

​— O Brasil, por outro lado, já tem investimentos concretizados, com contratos assinados e obras em andamento. Diferente do cenário americano, onde a recuperação do setor depende de políticas ainda não implementadas, o Brasil já está gerando empregos e fortalecendo sua indústria naval—frisa o documento.

Lembrando que o país está expandindo sua capacidade de transporte marítimo, reduzindo a dependência de embarcações estrangeiras e criando um ambiente competitivo para construtores navais e fornecedores.

E hoje o Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras, cujo somente o TP5 da Transpetro — prevê a aquisição de 25 navios, das classes Handy, gaseiros e de médio porte —, que já movimentam estaleiros do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul com a assinatura do contrato para a construção de quatro navios da classe Handy. — E na esteira da movimentação de construções navais & offshore estão inseridos estaleiros em Pernambuco, entre outros, localizados no Nordeste.

E, a esteira das construções brasileiras incluem navios de apoio offshore, barcaças, entre outras embarcações, construídas principalmente no eixo— Sudeste, Sul, Norte e Nordeste—.

— Essa comparação deixa claro que o Brasil está na frente, rumo à competitividade, com oportunidades reais no segmento para empresários da construção naval & offshore e, fornecedores de toda espécie, um leque para investidores, um grande incentivo para novos profissionais se especializarem e seguir na área naval & offshore. A hora de apostar na indústria naval nacional é agora, garantindo que os talentos e as encomendas permaneçam no Brasil, consolidando o país como uma potência no setor naval. Enquanto os EUA ainda discutem estratégias para recuperar sua indústria naval, o Brasil já navega a todo vapor rumo ao crescimento e à autossuficiência marítima—conclui a entidade no documento: — Brasil constrói seu futuro, enquanto os EUA ainda planejam a retomada da indústria naval nacional—.