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27/02/2025

Fecomércio/RJ responde ao artigo  “O Rio de Janeiro continua lindo?” da colunista do jornal O Globo, em nota à imprensa

— A propósito do artigo “O Rio de Janeiro continua lindo?”, publicado pela colunista Zenia Latif no jornal “O Globo” no dia 26 de fevereiro (terça-feira) , no qual usou termos como “desastre” e “decadência” para qualificar o Rio de Janeiro, a Fecomércio RJ tem a esclarecer o que se segue:

O Estado do Rio de Janeiro foi o segundo de todo o país, em termos absolutos, na geração de empregos formais no ano passado. Deste saldo de empregos, conforme dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, quase 80% vieram do setor de comércio e serviços.

O setor de serviços, que historicamente responde por cerca de 70% do PIB fluminense, acumulou alta de 4,0% em 2024, segundo o IBGE, enquanto, no nível nacional, a alta foi mais modesta (3,1%). Apenas no setor turístico, o Rio foi o estado da região Sudeste com maior crescimento em 2024, com alta de 6,3¨% – quase o dobro do país como um todo (3,5%).

A propósito, conforme dados do Ministério do Turismo, o Rio registrou uma alta de 26% na entrada de turistas estrangeiros, na comparação entre 2024 e 2023 – tendência que se fortalece neste ano, com alta de 46% em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2024. Vale lembrar também da recente aprovação do programa Tax Free, que impulsionará, com redução tributária, o consumo por turistas.

A colunista, infelizmente, foca sua análise em dados isolados, enquanto uma análise dos dados como um todo mostra um cenário diferente. O texto usa números que, em parte das vezes, referem-se a dados inclusive de 2010, bem anterior ao auge da crise política e econômica pela qual o estado passou, e que resultou na adesão a um programa de recuperação fiscal.

Shows internacionais de grande porte, grandes eventos voltando à programação normal e reposicionando o Rio como destino preferencial de eventos centrais, por exemplo, para a indústria do turismo (como a Abav). Houve também, como elemento que em nada reforça a suposta “decadência” do Rio, o recente encontro dos chefes de Estado do G-20.

Falar, portanto, como faz a economista, que o Rio é uma indústria extrativista é ignorar diversos aspectos econômicos, como, por exemplo, a estrutura turística incomparável com o resto do país e exemplo mundial.

Vale destacar, também, o forte impulso empreendedor verificado no estado. Em janeiro deste ano, a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro registrou 7.164 novos negócios. Trata-se da maior marca de todos os meses de janeiro em mais de 200 anos de existência do órgão, como apontou o jornal O Globo. É uma alta de 29,5% em relação a janeiro de 2024.

A colunista vê o Rio decadente. Nós preferimos a perspectiva mais condizente com a realidade: crescimento consistente e se firmando na estabilidade. Não se trata, portanto, de defender uma visão ingenuamente otimista, mas sim focarmos naquilo que temos de dados da realidade e nossas principais vantagens econômicas.

Nunca na sua história o Rio deixou de ter de lidar com desafios, econômicos e sociais. E agora não é diferente. A recuperação evidenciada por uma análise mais calma dos números não elimina problemas que ainda precisam ser melhor enfrentados. Educação e segurança pública estão nessa lista.

Porém, a produção econômica e, em especial, o setor de comércio e serviços estão em uma curva ascendente animadora. Qualificar o Rio, com tanto a mostrar, como decadente é ajudar a manter em nosso estado uma visão fatalista que em nada contribui para darmos os necessários passos à frente, com estabilidade e com consistência— conclui a nota à imprensa da Fecomércio/RJ.

Fecomércio RJ — Reúne 59 sindicatos patronais, líderes empresariais, especialistas e consultores com o objetivo de fomentar o desenvolvimento dos negócios no setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado do Rio de Janeiro. Desenvolve soluções, pesquisas e disponibiliza conteúdo sobre questões que impactam a vida do empreendedor e colaboram nas decisões dos gestores públicos. Representa mais de 286 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado e 70% dos estabelecimentos, gerando mais de 1,8 milhão de empregos formais, que equivalem a 61% dos postos de trabalho no estado. Através do Serviço Social do Comércio (Sesc RJ) atua em assistência social, cultura, educação, lazer e saúde aos comerciários e população carente, enquanto o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac RJ) promove educação profissional voltada para o setor.

A Fecomércio RJ e o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) são signatários do Pacto Global da ONU. Ao terem suas adesões oficializadas pelo organismo internacional, as duas Casas se comprometem com os dez princípios universais derivados da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho, da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, e da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção, se alinhando aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que integram a Agenda 2030.