Companhia desenvolverá projetos de alta integridade para promover a proteção e o desenvolvimento sustentável na região. A empresa iniciou suas atividades em Roraima, sendo o primeiro projeto REDD+ do estado. Para reduzir o desmatamento, é importante priorizar projetos que viabilizem a manutenção das florestas nativas ainda em pé, que custam em média 5 vezes menos do que o reflorestamento.
A ZEG, empresa do Grupo Capitale, cuja sigla significa Zero Emission Goal, anuncia nova unidade de negócios dedicada à conservação florestal da Amazônia com responsabilidade e engajamento, que originarão créditos de carbono seguros, com alta integridade e transparência. Em seu primeiro ato, a empresa lançou o programa Redd’m (leia-se “redeem” em inglês, que se traduz como “resgate”, ou “redenção”). Esse programa estabelece as diretrizes para o desenvolvimento de projetos de alta qualidade da empresa nos aspectos fundiário, preservação da biodiversidade, fomento à bioeconomia, mensuração adequada de emissões de carbono evitadas e transparência das informações. —Com isso, pretendemos ressignificar os projetos de conservação florestal brasileiros e contribuir para restaurar sua credibilidade internacional —explica Carlos Jacob, Sócio-diretor da ZEG e head da ZEG Florestal.
A empresa nasce com o projeto REDD+ Vale do Rio Branco, pioneiro no estado de Roraima, marcando um novo capítulo na proteção do meio ambiente e no mercado de carbono voluntário no Brasil. O projeto está situado a 150 km de Boa Vista em uma área de 14 mil hectares, onde será evitado o desmatamento equivalente a 6 mil campos de futebol, em área que seria legalmente destinada à produção de soja e pecuária, movimento que tem acontecido recentemente na vizinhança. —O mundo reconhece a importância da Amazônia e o valor da floresta em pé. Cabe a nós desenvolvermos projetos adequados para que as empresas possam contribuir de forma efetiva no processo de conservação e desenvolvimento da bioeconomia —afirma Jacob.
A iniciativa viabilizará a remuneração para manutenção da floresta e é o primeiro projeto deste tipo no estado. —A geração de crédito de carbono de desmatamento evitado é, em geral, cinco vezes mais econômica que as iniciativas baseadas em reflorestamento tradicionais. Todas as iniciativas são válidas e complementares, mas no contexto que ainda vemos taxas de desmatamento elevadas ano após ano, faz mais sentido priorizar a manutenção da floresta nativa já existente, corrigindo os erros de projetos desenvolvidos no passado —explica Carlos Jacob.
De acordo com a McKinsey, os créditos de carbono de ‘soluções baseadas na natureza’ (NbS, em inglês) possuem demanda potencial de chegar a US$ 50 bilhões até 2030. O Brasil pode concentrar 15% desse montante. O modelo proposto pela ZEG Florestal contribuirá significativamente para a redução das emissões de CO2 e garantirá uma alternativa econômica para o proprietário em detrimento a atividades que resultam em supressão vegetal. Além disso, o projeto conta com iniciativas sociais de geração de emprego e renda para as comunidades locais por meio do manejo de cerca de 18 mil castanheiras nativas.
Os créditos de carbono REDD+ da ZEG Florestal serão certificados nos padrões mais elevados da Verra, organização responsável pela elaboração das metodologias mais utilizadas internacionalmente. O projeto implementará mecanismos adicionais de transparência, assegurando a confiabilidade e integridade dos créditos de carbono gerados a serem destinados às empresas interessadas em compensar suas emissões de gases de efeito estufa.
—A ZEG Florestal está comprometida em ser uma referência no mercado de carbono, promovendo iniciativas que combinem conservação ambiental, sustentabilidade econômica e benefícios sociais agregados. Iremos desenvolver poucos projetos simultâneos, permitindo nos concentrar com qualidade às especificidades de cada um deles, para que sejam efetivos —afirmou Jacob.
Com o lançamento desta unidade de negócios, a ZEG reforça seu compromisso na luta contra as mudanças climáticas e amplia seu portfólio de descarbonização, somando-se ao inventário de emissões, o biometano – combustível renovável —, a autoprodução de energia elétrica, entre outros.
Grupo Capitale —O Grupo Capitale foi fundado há 14 anos e possui um ecossistema focado em descomplicar o mercado de energia e habilitar novas soluções de descarbonização em favor de um futuro mais limpo para o planeta. Com soluções inovadoras, o grupo agrega praticidade e economia aos projetos de transição energética e climática, rumo a uma economia de baixo carbono. Formado pela Capitale Energia, umas das maiores comercializadoras de energia elétrica do país, pela Neria, focada em soluções para consumidores de energia elétrica e pela ZEG (Zero Emission Goal), dedicada totalmente em soluções de descarbonização, sendo o parceiro ideal das empresas rumo ao “Net Zero”. O Grupo Capitale oferece soluções integradas e inovadoras para empresas, alinhadas às estratégias de descarbonização, digitalização, descentralização e democratização de recursos.