Queda de 3% ante o mesmo período em 2023.
A Petrobras divulgou sua produção e vendas no dia 03 de fevereiro (segunda-feira), cujos dados são a produção de óleo no pré-sal no quarto trimestre de 2024 de 1.760 Mbpd, 3,4% inferior à do trimestre anterior, segundo a companhia devido, principalmente, ao maior volume de paradas para manutenção no campo de Búzios, parcialmente compensadas pelo topo de produção do FPSO Sepetiba e pelo início de produção dos FPSOs Maria Quitéria e Marechal Duque de Caxias. Já ano ano de 2024 a produção de óleo no pré-sal foi de 1.813 Mbpd, 4% acima da de 2023. O volume de produção no pré-sal representa 81% da produção total da companhia em 2024.
—A produção no Pré-sal foi recorde em 2024. Desde o primeiro poço em 2008, a cada ano a Petrobras aumenta sua produção nessa camada, e em 2024 não foi diferente. Antecipamos a entrada em operação do FPSO Maria Quitéria, originalmente previsto para 2025, e, neste início de ano, temos uma novidade, a instalação de um FPSO com capacidade de produção de óleo de 225 Mbpd, o FPSO Almirante Tamandaré , com menores custos e emissões, que tira proveito das características geológicas do pré-sal brasileiro. Por fim, destacamos a confirmação de volume recorde de descoberta de gás na Colômbia, ampliando importantes horizontes para o futuro da companhia — destaca Sylvia dos Anjos, diretora de E&P.
A companhia destaca os principais eventos do ano: . Início de produção do FPSO Maria Quitéria, em 15 de outubro: no campo de Jubarte, na área conhecida como Parque das Baleias, no pré-sal localizado na porção capixaba da Bacia de Campos. A unidade tem capacidade de produzir diariamente até 100 mil barris de óleo e de processar até 5 milhões de metros cúbicos de gás. O FPSO Maria Quitéria teve a entrada antecipada. Sua previsão inicial era 2025, de acordo com o Plano Estratégico 2024-28+.
. Início de produção do FPSO Marechal Duque de Caxias, em 30 de outubro: no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade tem capacidade de produzir, diariamente, até 180 mil barris de óleo e de comprimir até 12 milhões de metros cúbicos de gás.
. O navio-plataforma Sepetiba, que opera no campo de Mero, atingiu o topo de produção de 180 mil barris de petróleo por dia (bpd) em agosto, após oito meses de operação.
. Início da operação comercial da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), localizada no Complexo de Energias Boaventura (Itaboraí, RJ). O primeiro módulo, com capacidade de processar 10,5 milhões de m3/dia de gás, entrou em operação em 10 de novembro, e seu segundo módulo tem previsão de entrada no primeiro trimestre de 2025, atingindo a capacidade instalada de processamento de gás de 21 milhões de m3/dia, com os dois módulos.
. Em 16 de dezembro, o FPSO Alexandre de Gusmão saiu do estaleiro Cosco Qidong, na China, rumo ao campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. A plataforma, que será o quarto sistema definitivo de produção do campo, está prevista para entrar em operação em 2025 e tem capacidade para produzir 180 Mbpd de óleo e comprimir 12 MMm³/d de gás natural.
O FPSO Almirante Tamandaré está na locação no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, com as atividades de ancoragem e comissionamento do primeiro poço concluídas e tem entrada em operação prevista ainda neste trimestre. O navio plataforma tem capacidade para produzir até 225 Mbpd de óleo e 12 MMm³/d de gás natural, maior FPSO da América do Sul em capacidade de produção de óleo e gás. Este é o primeiro dos seis sistemas contratados pela Petrobras para operar com essa capacidade, e as próximas cinco unidades, que serão de propriedade da empresa, incluem os projetos Búzios 9 (P-80), Búzios 10 (P-82), Búzios 11 (P-83), Atapu 2 (P-84) e Sépia 2 (P-85).
No segmento de Refino, Transporte e Comercialização (RTC), a produção total de derivados em 2024 foi de 1,78 milhões de barris por dia, levemente superior em relação à 2023. Deste total, 69% correspondem a produtos de alto valor agregado (diesel, gasolina e QAV), 1 p.p acima de 2023.
Principais destaques de 2024 no RTC: . O fator de utilização total (FUT) em 2024 foi de 93%, o que representa a maior utilização do parque de refino desde 2014, considerando as refinarias atuais da Petrobras.
. Alcançamos recorde de 70% de participação do óleo do pré-sal na carga processada em 2024 (aumento de 4 p.p. em relação a 2023), fruto da otimização de uso dessas correntes para produção de derivados de maior valor agregado e diminuição de emissões atmosféricas.
. Registramos em 2024 recordes de produção de gasolina (420 mil bpd) e diesel S-10 (452 mil bpd). As refinarias REPAR e REDUC atingiram suas melhores marcas na produção de gasolina e RPBC, REGAP, REFAP, REVAP e REDUC registraram recordes históricos na produção de diesel S-10 em 2024 (considerado o parque atual).
. No ano, as vendas de diesel S-10 representaram 64% do total de vendas de óleo diesel, superando o recorde de 62% registrado em 2023, e reportamos aumento de 5,8% nas vendas de QAV em 2024.
. Ampliamos a oferta de produtos mais sustentáveis, com menores emissões de carbono. Entre esses produtos estão o Diesel R com conteúdo renovável, a linha de asfalto CAP PRO, o Bunker com conteúdo renovável e a Gasolina Podium Carbono Neutro, contribuindo para o nosso compromisso com a transição energética justa.
. Em 2024, atingimos a marca de 100 mil metros cúbicos de venda de Diesel R com conteúdo renovável (R5) e cerca de 10 mil toneladas de CO2 de emissões evitadas. Registramos também aumento de 27% nas vendas da Gasolina Podium Carbono Neutro em relação a 2023 com 225 mil toneladas de CO2 neutralizadas por créditos de carbono.
. Recebemos o certificado internacional ISCC EU RED (International Sustainability & Carbon Certification- European Union – Renewable Energy DIrective), uma das certificações mais reconhecidas no mercado, para a comercialização de Bunker com conteúdo renovável no Terminal de Rio Grande (TERIG). O VLS (Very Low Sulfur) B24 é resultado da mistura de bunker de origem mineral com 24% de biodiesel e tem o potencial de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em, aproximadamente, 20%. Essa certificação celebra o pioneirismo da Petrobras que, em julho de 2024, foi a primeira empresa no país a obter autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a comercialização de combustível marítimo com conteúdo renovável.
A companhia informou que atingiu todas as metas de produção estabelecidas no PE 2024-2028+. FUT de 93% representa maior utilização do parque de refino desde 2014, considerando as refinarias atuais.
—O excelente resultado do refino em 2024, atingindo volumes anuais históricos de produção de gasolina e diesel S-10, além da maior taxa de utilização do parque desde 2014, demonstram nosso foco em eficiência, segurança e operacionalização rentável dos ativos, fruto dos investimentos e atuação integrada de todo segmento RTC — disse William França, diretor de Processos Industriais e Produtos.
Gás Natural — Em 10 de novembro, foi iniciada a operação comercial da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), localizada no Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ), com seu primeiro módulo que tem capacidade de processar até 10,5 MMm³/d de gás natural. O segundo módulo, também com capacidade de 10,5 MMm³/d, tem previsão para entrar em operação até o fim do primeiro trimestre de 2025. O Boaventura faz parte do Projeto Integrado Rota 3 para escoamento de Gás da Bacia de Santos.
— O início de operação de um projeto tão relevante para o mercado de gás é essencial para o país e para aumentar a
competitividade da Petrobras no novo ambiente dinâmico e competitivo do mercado de gás nacional. Reforçamos o nosso portfólio de ativos, investimos no Brasil e vamos conseguir reduzir as importações. Com isso, podemos oferecer novas condições comerciais aos clientes Petrobras e aumentamos a nossa confiabilidade de fornecimento, que já é de praticamente 100%. Agora, vamos com toda a nossa energia e o mais novo gás do Complexo de Energias Boaventura para as
distribuidoras e para os clientes da indústria interessados em soluções sustentáveis e competitivas — Lembrou Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade.