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15/01/2025

Investimento em precatórios é tendência para 2025

O cenário econômico de 2024 terminou de maneira bem diferente do que se previa há um ano. Com incertezas sobre os cortes de gastos do Governo Federal, o dólar acima de R$ 6 e a taxa Selic subindo, o investidor se depara com novos desafios e oportunidades. Embora o contexto atual não seja completamente inesperado, ele desperta muitas dúvidas. No meu dia a dia, conversando com clientes e amigos, questões como “Qual caminho seguir em relação aos investimentos?”, “Como planejar 2025 diante desse cenário?” e “Além da renda fixa, quais ativos devo monitorar?” são recorrentes. Neste ambiente de transformações e incertezas, é essencial adotar uma estratégia informada e diversificada para navegar os próximos passos com segurança e visão de longo prazo.

Digo sempre que investir é uma arte que combina risco, retorno e diversificação, e cada tipo de ativo oferece características próprias que atendem diferentes perfis e objetivos financeiros. Entre as alternativas que têm atraído cada vez mais atenção, os precatórios se destacam como uma excelente opção para quem busca diversificar sua carteira e potencializar a valorização do capital no longo prazo.

Os precatórios – uma tendência forte para este ano de 2025 – ganham destaque pela possibilidade de aquisição com deságio e um potencial de valorização robusto quando comparado aos outros investimentos tradicionais, como, por exemplos, os fundos multimercados e imobiliários. Em essência, precatórios são ordens de pagamento emitidas pelo governo (em âmbito federal, estadual ou municipal) para quitar dívidas decorrentes de decisões judiciais a favor de pessoas físicas ou jurídicas. A principal atratividade desses ativos está na possibilidade de adquiri-los com deságio significativo, o que eleva o potencial de valorização ao longo do tempo, com uma rentabilidade média de aproximadamente 22% ao ano.

A compra de precatórios com deságios que chegam a 45% (ou mais) cria oportunidades para investidores que buscam ganhos de capital elevados. O pagamento depende da capacidade do governo, que, embora possa sofrer atrasos, possui menor risco de inadimplência no longo prazo em comparação com devedores do setor privado. Comparando a rentabilidade, fica evidente a vantagem dos precatórios em termos de crescimento patrimonial.

Para investidores que preferem não adquirir precatórios diretamente, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) surgem como uma alternativa prática, acessível e altamente diversificada. Os FIDCs reúnem recursos de investidores para alocar em direitos creditórios, incluindo precatórios, permitindo uma diversificação dentro dessa classe de ativos. Esses fundos são geridos por profissionais que identificam precatórios com deságios vantajosos e fazem a gestão do fluxo de pagamento, reduzindo o risco e proporcionando uma maior liquidez ao investidor. Essa abordagem oferece uma maneira eficiente de acessar os benefícios dos precatórios sem as complexidades associadas à aquisição individual.

A escolha entre investir em precatórios deve considerar o perfil e os objetivos financeiros de cada investidor. Embora os precatórios apresentem vantagens significativas, como a possibilidade de valorização, também envolvem riscos específicos, como qualquer outro tipo de investimento. É fundamental estar atento a fatores como prazos de pagamento, taxas de juros aplicadas, encargos envolvidos e o arcabouço legal que regula esse mercado. Para garantir uma decisão vencedora e alinhada às suas metas, pesquise com profundidade e busque orientação de especialistas na área.

Por: Gabriel Redivo, sócio e diretor de gestão da Aware Investments | www.awaregestao.com