A Akaer, empresa brasileira líder em inovação nos setores de Defesa e Aeroespacial, concluiu com sucesso a Fase A do projeto do Veículo Lançador de Pequeno Porte (VLN AKR). Essa etapa marca um avanço do Brasil rumo à soberania no lançamento de satélites.
Revisão Preliminar de Requisitos oficializou no dia 18 de dezembro (quarta-feira), o encerramento desta etapa inicial, confirmando que os prazos e objetivos foram cumpridos.
O programa VLN AKR é dividido em sete Fases: 0, A, B, C, D, E e F. As fases iniciais 0, A e B são focadas na elaboração do conceito operacional, dos requisitos do sistema e na identificação de soluções técnicas que cumpram a declaração de missão. As fases C e D compreendem as atividades de detalhamento e qualificação dos segmentos espacial e terrestre, e a fase E, as atividades relacionadas ao lançamento do veículo. Por fim, na fase F ocorrem o encerramento e documentação do projeto.
Durante a Fase A, foram validados o projeto conceitual e os requisitos técnicos. Agora, o projeto avança para a Fase B, dedicado às definições preliminares, que culminará com a Revisão Preliminar de Projeto (Preliminary Design Review – PDR).
—A conclusão da Fase A marca um importante avanço no desenvolvimento desse projeto que vai transformar o setor aeroespacial brasileiro. Estamos comprometidos em desenvolver soluções tecnológicas de ponta que consolidem o Brasil como um player estratégico no setor aeroespacial global —disse Wilson Toyama, diretor da Unidade de Negócios de Lançadores e Sistemas de Armas da Akaer.
Inovações — O VLN AKR é fruto de uma parceria entre a Akaer e as empresas Acrux, Breng e Emsisti, com financiamento da Finep. O veículo está sendo concebido para ser leve e compacto, sendo capaz de inserir cargas úteis em órbita circular equatorial de até 450 km.
Seu projeto se destaca pelo uso de tecnologias avançadas, como: . Propulsores leves e motores fabricados com materiais compostos, que oferecem maior eficiência e redução significativa de peso.
. Controle vetorial de empuxo para maior precisão — assegura que o veículo siga exatamente a trajetória planejada.
. Arquitetura eletrônica compacta — garante a operação e controle do veículo lançador com peso e volume minimizados.
Essas tecnologias, todas desenvolvidos por técnicos nacionais, reduzem os custos de fabricação e operação, tornando o VLN AKR mais acessível e sustentável.
—Encerramos a fase de opções, na qual validamos o projeto conceitual e revisamos requisitos técnicos e funcionais. Agora, seguimos para a fase B, focados nas definições preliminares e na Revisão Preliminar de Projeto —explica Wilson Toyama.
Legado espacial — Com sede no Maranhão, a Acrux vai produzir os propelentes e fabricação de motores do VLN AKR em suas instalações. Essa iniciativa, inédita na região, impulsiona a economia local, gera empregos qualificados e transforma o estado em um polo aeroespacial estratégico para o país.
A Breng Engenharia e Tecnologia é responsável pelo Sistema de Separação de Estágios, Sistema de Abertura da Coifa, Deployer do Satélite e Sistema de Terminação de Voo, todos essenciais para a segurança e eficiência das operações. A atuação da empresa é focada em soluções críticas que garantem o funcionamento preciso do veículo lançador.
Já a Emsisti está desenvolvendo o computador de bordo e o software de gerenciamento de voo. A empresa trabalha com tecnologias avançadas, focada em hardware e software embarcados e se destaca pela atuação em satélites de Pequeno Porte (Cubesats, Nanossatélites e Microssatélites).
O projeto também conta com a colaboração de Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) e de profissionais altamente qualificados, incluindo especialistas que participaram de programas históricos do setor espacial brasileiro.
A previsão é que o primeiro lançamento do VLN AKR ocorra no primeiro semestre de 2027. Com isso, o Brasil busca se unir ao seleto grupo de apenas 13 países no mundo capazes de realizar lançamentos orbitais de forma independente.
Akaer — Com sede em São José dos Campos (SP), a Akaer possui uma trajetória sólida de 32 anos dedicada ao desenvolvimento de tecnologias de ponta para os setores Aeroespacial e de Defesa, estabelecendo negócios em mais de 20 países.
A empresa tem um longo histórico de cooperação com o Programa Espacial Brasileiro. Participou de todos os projetos de satélites da família CBERS (em parceria com a China), do Amazonia 1 e liderou a transferência de tecnologia do SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas), produzido pela Thales Alenia Space (França) para o governo do Brasil.
Recentemente, a Akaer atuou no projeto do VCUB1, primeiro nanossatélite de alto desempenho 100% brasileiro, em parceria com a empresa Visiona.