Plataforma terá capacidade de produzir até 180 mil barris de óleo por dia, no pré-sal da Bacia de Santos.
O navio-plataforma Alexandre de Gusmão saiu no dia 16 de dezembro (segunda-feira) da China rumo ao campo de petróleo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. A plataforma, afretada pela Petrobras junto à SBM, é do tipo FPSO (unidade flutuantes de produção, armazenamento e transferência, da sigla em inglês) tem capacidade de produzir diariamente 180 mil barris de óleo, além de comprimir 12 milhões de metros cúbicos de gás diários. O início da operação da unidade está previsto para 2025, e elevará em 31% a atual capacidade de produção instalada em Mero, para 770 mil barris diários.
Mero está localizado em águas ultraprofundas da Bacia de Santos (profundidade de água de 2.100 metros), a 180 km da costa do estado do Rio de Janeiro. Já há quatro FPSOs produzindo em Mero: Pioneiro de Libra, Guanabara, Sepetiba e Marechal Duque de Caxias. O FPSO Alexandre de Gusmão é a 5ª unidade prevista para instalação no campo.
O campo unitizado de Mero é regido pelo Contrato de Partilha de Produção de Libra — operado pela Petrobras (38,6%), em parceria com a Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNOOC (9,65%), CNPC (9,65%) e a Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), que além de gestora do contrato, atua como representante da União na área não contratada (3,5%).
O FPSO Alexandre de Gusmão está preparado para receber o HISEP® (sigla em inglês para Separador de Alta Pressão), patenteado pela Petrobras, tecnologia que viabiliza a separação submarina entre o petróleo extraído e o gás associado produzido, rico em CO₂, o qual é reinjetado diretamente no reservatório a partir do leito marinho. Dessa forma, a unidade poderá produzir com mais eficiência energética e reduzir o impacto ambiental e a intensidade de emissões.
Nas palavras da diretora de E&P Sylvia Couto dos Anjos: —O FPSO Alexandre de Gusmão será a quinta plataforma a ser instalada no campo de Mero, com expectativa de início de produção em meados de 2025. Vai se juntar aos FPSO Pioneiro de Libra, FPSO Guanabara, plataforma de maior produção em operação no Brasil, e dos FPSO Sepetiba e do FPSO Mal Duque de Caxias. Desde 2022, iniciamos a produção de um grande sistema a cada ano no campo de Mero, o que mostra a capacidade de realização das nossas equipes e a qualidade deste ativo de classe mundial—.
—Mero oferece muitos desafios técnicos para as nossas equipes, porém, temos motivação para operar na Bacia de Santos e, para tanto, conduzir grandes projetos de FPSOs, como o Alexandre de Gusmão, em conjunto com os parceiros, neste que é um dos principais campos de uma região que está entre as mais promissoras do offshore mundial — declarou a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi.