— O Brasil enfrenta um dilema crítico na condução da política monetária. Com a expectativa de elevação da taxa básica de juros para patamar próximo de 12% ao ano, o País corre o risco de comprometer o investimento produtivo e o crescimento econômico.
A persistência de uma inflação desancorada exige ação firme do Banco Central. No entanto, taxas de juros reais próximas de 7% ao ano, como ocorre hoje, podem paralisar a dinâmica econômica, desestimulando investimentos e freando o desenvolvimento.
É fundamental encontrar um equilíbrio delicado: controlar a inflação sem estrangular a capacidade de investimento do setor produtivo. Isso requer uma abordagem estratégica, que considere simultaneamente a estabilidade macroeconômica e as necessidades de crescimento.
O desafio está em construir uma trajetória de juros que discipline a inflação, mas não inviabilize a recuperação econômica. Um consenso entre autoridades monetárias, setor produtivo e sociedade será essencial para navegar nesse momento complexo— conclui a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), em nota.