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07/12/2024

Acordo Mercosul-UE é vantajoso para o setor têxtil e de confecção

E a indústria brasileira.

— A conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, anunciada no dia 06 de dezembro (sexta-feira), será essencial para a indústria têxtil e de confecção e para a economia brasileira. O tratado elimina tarifas para 97% dos bens manufaturados entre os dois blocos, oferecendo oportunidades de aumento de investimentos, exportações, criação de empregos, fomento da produção e aporte tecnológico. Assim, contribuirá para impulsionar o crescimento sustentável e elevar o Brasil ao patamar de renda alta.

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), representante de mais de 25 mil empresas, que geram 1,3 milhão de empregos diretos, foi uma das pioneiras nas negociações, defendendo parâmetros mercadológicos equilibrados, numa diplomacia econômica muito bem-sucedida com a European Apparel and Textile Confederation (Euratex). A entidade acredita que o acordo será vital para facilitar o comércio, serviços e investimentos, além de aumentar a cooperação entre empresas dos dois blocos. Trata-se de uma oportunidade histórica.

O tratado oferece acesso ao mercado consumidor da União Europeia, o segundo maior do mundo, com 500 milhões de pessoas e um PIB de US$ 22 trilhões, o que abre grande potencial para o crescimento das exportações. A Abit estima que o aumento do comércio pode criar até 300 mil empregos formais nos próximos 10 anos. Também haverá avanços no intercâmbio tecnológico, dado o alto nível de inovação nos dois blocos.

Os benefícios estendem-se a diversos setores, oferecendo a possibilidade de convergência de normas comerciais, facilitando o comércio e promovendo segurança jurídica. O Brasil pode explorar um diferencial competitivo importante: a bioeconomia, a geração de energia limpa e a contribuição para a redução das emissões de gases de efeito estufa. O aumento da competitividade global do nosso país também melhora sua capacidade de enfrentar a concorrência de importados no mercado interno.

O acordo, em sua essência, é aderente às metas de fomento, sustentabilidade e modernização industrial. Com a sua implementação, os países dos dois blocos têm muito a ganhar.— diz a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), em nota.