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08/11/2024

Wilson Sons reduz em até 55% de emissões de gases de efeito estufa das cargas do Tecon Santa Clara

A certificação obtida de forma inédita pela empresa, cuja metodologia de cálculo foi baseada no Programa Brasileiro de Gases do Efeito Estufa, validada pela SGS. Desde o início das operações do terminal de contêineres no Rio Grande do Sul, mais de 32 mil toneladas de carbono já foram reduzidas com o uso da navegação interior.

Com foco permanente nas operações sustentáveis, a Wilson Sons, uma das principais operadoras de logística portuária e marítima do Brasil, obteve um resultado inédito para o setor de terminais logísticos no país por meio do Tecon Santa Clara, no Rio Grande do Sul. Desenvolveu uma metodologia de cálculo baseada no Programa Brasileiro de Gases do Efeito Estufa, validada pela SGS, empresa líder mundial em inspeção, verificação, testes e certificação. Com esta metodologia, a Wilson Sons realizou o cálculo dos gases de efeito estufa das cargas que utilizam o terminal hidroviário, localizado em Triunfo, e concluiu que há redução de 55% na emissão de gases do efeito estufa (GEE) na hidrovia quando comparados ao modal rodoviário.

Essa redução confirma a constante busca em implementar ações de ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, que significa Ambiental, Social e Governança em português) em sua cadeia de valor, colaborando assim, com todo o setor de transporte marítimo.

O estudo fez um comparativo entre o transporte fluvial e rodoviário, no trajeto entre o Tecon Santa Clara e o Tecon Rio Grande, e examinou que, em uma operação rodoviária de transporte de contêiner, a emissão de dióxido de carbono equivalente pode chegar a 0,196 toneladas de CO2e por TEU (unidade correspondente a um contêiner de 20 pés), mais que o dobro emitido pelo modal fluvial. O cálculo se baseia em uma barcaça com 90% de ocupação, média real do terminal.

Desde 2009, a Wilson Sons prioriza dez objetivos de desenvolvimento sustentável do Pacto Global da ONU e vem trabalhando diversas iniciativas para a descarbonização do setor de logística portuária e marítima. —Os resultados do estudo são um marco na história do setor de transporte de cargas do Brasil, pois consolida os esforços que vêm sendo desempenhados acerca da redução de emissões, na valorização da multimodalidade e na colaboração do terminal no cumprimento dos objetivos de sustentabilidade dos clientes, uma vez que estes se favorecem ao realizarem suas operações logísticas via hidrovia—afirma Cleiton Lages, gerente de Meio Ambiente e Segurança do Tecon Rio Grande. —Desde o início das operações, mais de 32 mil toneladas de carbono deixaram de ser emitidas com o uso da navegação interior —completa.

—É bastante gratificante constatarmos que o Tecon Santa Clara está contribuindo para a diversificação da malha logística brasileira. A navegação interior tem sido um importante aliado para as empresas nas suas metas de descarbonização, e o Tecon Santa Clara vem demonstrando sua eficiência neste sentido —avalia Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande. —O modal hidroviário, além de oferecer maior eficiência nos custos da operação, ainda é consideravelmente mais limpo e seguro. Assim, conseguimos desenvolver projetos logísticos mais competitivos do ponto de vista de custos logísticos, que oferecem menos risco de acidentes e de avarias para as cargas dos nossos clientes, além de contribuir com a diminuição de emissão de gases do efeito estufa—destaca.

—O Tecon Santa Clara foi o primeiro operador logístico que atendemos para este tipo de auditoria de validação comparativa no Brasil. Vemos essas iniciativas com grande satisfação, uma vez que as empresas de transporte e logística fazem parte de um setor que tem grandes desafios para atender a agenda de descarbonização e que impacta nos objetivos de sustentabilidade de diversos outros setores da economia— analisa Gustavo Venda, gerente de Desenvolvimento de Negócios da SGS no Brasil. —A validação externa de resultados de sustentabilidade é muito importante para conferir mais segurança e credibilidade para as declarações. Colaborar para que mais empresas consigam avanços reais em seus compromissos da agenda ESG é parte fundamental do trabalho da SGS globalmente —observa o executivo.

Resinas, madeira, frango congelado, borrachas e utensílios domésticos representam 80% das mercadorias que passam pelo Tecon Santa Clara em contêineres. Os produtos — de importação, exportação e cabotagem — têm como origem ou destino as cidades gaúchas de Farroupilha, Carlos Barbosa, Garibaldi, Caxias do Sul, Triunfo, Veranópolis, Cruz Alta, Lajeado, Taquari e Serafina Corrêa. Com oito anos de operação, o terminal foi reconhecido como um dos melhores do Brasil pelo Ministério da Infraestrutura no Prêmio Portos + Brasil na categoria Movimentação de Contêineres em Terminais Privados.

O Tecon Santa Clara iniciou suas operações com uma barcaça da Navegação Guarita, em outubro de 2016, quando a parceria entre Wilson Sons e Braskem reativou o Píer IV do terminal e retomou o transporte de carga pela hidrovia entre Triunfo e o Porto do Rio Grande. Dois anos depois, a Wilson Sons ampliou sua capacidade com a disponibilização de mais uma barcaça, passando a oferecer quatro viagens semanais. Recentemente, a Wilson Sons ampliou em 33% a capacidade operacional do Tecon Santa Clara. A ampliação aconteceu com a inclusão da barcaça Guaíba de 160 TEUs (unidade correspondente a um contêiner de 20 pés), em substituição da antiga de 120 TEUs.