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11/10/2024

Exposição “Simplesmente Cartola” no Museu do Samba

No dia do aniversário de Cartola, a dica é visitar a exposição sobre vida e obra do mestre, e conhecer mais sobre o autor de as Rosa Não Falam e, fundador da Mangueira, sambista que nasceu em 11 de outubro de 1908.

Se fosse vivo, Cartola completaria 116 anos no dia 11 de outubro (nesta sexta-feira). Para celebrar a data de nascimento de um dos maiores nomes do samba e da MPB, a dica é visitar a exposição “Simplesmente Cartola”, mostra permanente em cartaz no Museu do Samba, localizado na Mangueira. “Simplesmente Cartola” apresenta a trajetória de Angenor de Oliveira, compositor de sucessos como “As rosas não falam” e “O mundo é um moinho”, e um dos fundadores da Estação Primeira de Mangueira, escola de samba para a qual deu o nome e as cores verde e rosa, além dos primeiros sambas de desfile.

Por meio de imagens, documentos e objetos pessoais, os visitantes conhecem as diversas fases da vida e da obra do compositor, sua relação com Dona Zica, baluarte da Mangueira, a história do Zicartola, icônico restaurante do casal na Ru ada Carioca, fundado em 1963, e que em pouco tempo se transformou em ponto de encontro de grandes nomes da música.

Fiel às suas raízes populares, Cartola foi reconhecido como compositor genial da nossa música popular, pela riqueza poética e melódica de suas composições atemporais, como ele mesmo bem definiu: —Minha música é uma coisa muito séria. Eu componho devagar para trabalhar bastante cada composição. Não me interesso em fazer uma coisa que o povo saia cantando, mas que ele sinta minha obra. Faço música para você guardar dentro de si, eternamente, no seu coração e não apenas na sua coleção de discos—.

Exposição “Simplesmente Cartola”, de terça a sábado, das 10 às 17 horas, no Museu do Samba, Rua Visconde de Niterói, 1296 – Mangueira., Rio de Janeiro (RJ). Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia entrada) — grátis para estudantes da rede pública e moradores do entorno da Mangueira.

Perfil — O Museu do Samba foi declarado Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro em maio de 2024, por meio da Lei 10.360/24. Seu acervo é composto por mais de 45 mil itens e é o maior do Brasil especializado no gênero. Fundado em 2001 pelos netos do compositor Cartola e sua esposa e baluarte da Mangueira Dona Zica, o museu nasceu com o nome de Centro Cultural Cartola. Em 2016, o local foi rebatizado com o nome atual e ampliou sua atuação.

Localizado na rua de acesso ao Morro de Mangueira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o Museu do Samba oferece uma rica e variada programação cultural e educativa, com exposições fixas e sazonais, eventos musicais, gastronômicos e multimídia. Possui ainda um Centro de Documentação e Pesquisa do Samba e uma coleção audiovisual com mais de 170 depoimentos originais gravados por grandes nomes da história do samba e do carnaval exclusivamente para o museu.

O dossiê que levou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a conceder às Matrizes do Samba do Rio de Janeiro o título de Patrimônio Cultural do Brasil foi elaborado pelos pesquisadores do museu, com a coordenação de Nilcemar Nogueira, neta de Cartola e Dona Zica.