Com investimentos de R$2,2 bilhões. Montante será dividido em seis áreas estratégicas que reforçam a atuação da empresa no setor de bioenergia.
Com a aprovação do Projeto de Lei do “Combustível do Futuro” (PL 528/2020), pelo Senado Federal e sanção da Presidência da República em 08 de outubro(terça-feira), o Brasil avança em direção a uma matriz energética mais sustentável. A lei estabelece a criação de programas nacionais voltados ao incentivo e desenvolvimento de combustíveis verdes, incluindo etanol, biodiesel, biogás e outras fontes renováveis.
A Caramuru Alimentos S.A., empresa 100% brasileira de processamento de soja, milho, girassol e canola, reconhecendo a importância dessa iniciativa, lança um robusto pacote de investimentos que totaliza R$2,235 bilhões, divididos em seis áreas estratégicas que reforçam sua atuação no setor de bioenergia. O objetivo da empresa é apoiar a lei e mostrar comprometimento em contribuir para essa transformação.
Os investimentos: Planta de Produção de Proteína Concentrada de Soja (SPC) – Itumbiara (GO) — Processamento de Farelo Hipro para produção de 100 mil toneladas/ano de SPC (62% de proteína) e 40 mil toneladas de melaço com 70% BRIX.
Terminal Rodo-Hidroviário – Miritituba (PA) — Realizado em parceria com a Três Tentos Agroindustrial S.A. (“3tentos”), trata-se da infraestrutura logística para recebimento e descarregamento de caminhões com milho, soja, farelo de soja, SPC, DDGS, biodiesel e etanol da região produtora de Mato Grosso. Os produtos serão armazenados e carregados em barcaças para seguir pela hidrovia Tapajós/Amazonas até os portos do Pará e Amapá, ou regiões consumidoras. Além disso, o terminal receberá barcaças carregadas de fertilizantes vindos dos portos do Norte, assegurando a logística reversa ao transportar insumos agrícolas de volta às regiões produtoras do Mato Grosso.
O investimento logístico facilitará o escoamento de biocombustíveis, como etanol e biodiesel, contribuindo para o transporte mais eficiente de combustíveis renováveis, um dos pilares da nova lei.
Shiploader -Porto de Santana (AP)— Instalação de um sistema de carregamento de navios no Porto de Santana, com capacidade de 1.500 toneladas por hora para otimizar o escoamento de grãos e farelos para os mercados internacionais, reduzindo custos logísticos e tempo de carregamento.
Melhoria da infraestrutura de escoamento de grãos e farelos, otimizando a logística e aumentando a eficiência da cadeia produtiva, que sustenta diversas operações ligadas ao agronegócio e energia renovável, em sintonia com os objetivos de desenvolvimento sustentável do Combustível do Futuro.
Ampliação do Processamento de Soja-Ipameri (GO) — O investimento na ampliação da capacidade de processamento de soja permitirá que a planta passe de 450.000 para 900.000 toneladas por ano. Isso garantirá que 100% do óleo utilizado na planta de biodiesel em Ipameri seja suprido pela própria unidade de processamento, promovendo maior eficiência e integração vertical na cadeia produtiva da empresa.
Ao dobrar a capacidade de processamento de soja, a Caramuru garante matéria-prima para a produção de biodiesel, fundamental para ampliar o uso de biocombustíveis renováveis previstos na nova legislação.
Planta de Glicerina Farmacêutica Bidestilada – Sorriso (MT) — Para agregar valor à glicerina loira produzida na planta de biodiesel da Caramuru, esse novo investimento terá capacidade para produzir 40.000 toneladas por ano de glicerina farmacêutica bidestilada. Além de agregar valor à produção interna, o projeto também processará parte da glicerina de outros produtores de biodiesel do Mato Grosso, que atualmente exportam o produto in natura.
Planta de Etanol de Milho – Nova Ubiratã (MT) — Em parceria com a Biocen – Bioenergia Celeiro do Norte S.A., empresa formada por produtores do Mato Grosso, essa planta promoverá a verticalização de parte das operações agrícolas da região. Serão processadas 600.000 toneladas de milho por ano, resultando na produção de 280 milhões de litros de etanol anualmente, além de 175 mil toneladas de DDG, utilizado na nutrição animal. A planta será autossuficiente em energia elétrica, com exportação do excedente para a rede, promovendo uma operação mais sustentável.
— A bioenergia é o futuro não apenas do Brasil, mas de toda a matriz energética global. A Caramuru está trabalhando com afinco para poder desenvolver cada vez mais soluções de energia limpas e renováveis, e o nosso apoio à Lei do “Combustível do Futuro” mostra o comprometimento da empresa por esta causa — diz Júlio Costa, diretor-presidente da Caramuru Alimentos.
Esses investimentos não apenas reforçam o comprometimento da Caramuru Alimentos com o desenvolvimento sustentável, mas também são reflexos diretos da nova Lei do Combustível do Futuro, que viabiliza a criação de uma infraestrutura moderna e eficiente para o escoamento de produtos e a produção de combustíveis renováveis. Com essa iniciativa, a Caramuru está preparada para contribuir ainda mais com o crescimento da economia de baixo carbono e o fortalecimento do setor agroindustrial brasileiro.