Companhia registrou resultados consistentes em relação ao 2T23, apesar do cenário desafiador nos mercados interno e externo. EBIT recorrente de R$ 42,4 milhões, aumento de 47,6%. Margem bruta de 42,6%, crescimento de 1,7 pp. Receita bruta de R$ 604,4 milhões, alta de 3,1%.
Entre abril e junho de 2024, a Grendene registrou crescimento de 3,6% na receita líquida em relação ao segundo trimestre do ano anterior, totalizando R$ 480,3 milhões. A margem bruta da empresa foi de 42,6%, crescimento de 1,7 pp, e o EBIT recorrente, indicador que representa o resultado operacional da companhia, somou R$ 42,4 milhões, um aumento de 47,6% se comparado ao mesmo período de 2023.
No segundo trimestre de 2024, o lucro bruto teve acréscimo de R$ 15,2 milhões, chegando a R$ 204,7 milhões, incremento de 8% em relação à mesma base comparativa de 2023. Já o resultado líquido recorrente apresentou queda de 27,1% no trimestre, totalizando R$ 61,7 milhões.
—Observamos no trimestre um panorama muito semelhante aos períodos anteriores. O cenário doméstico, especialmente para o consumo das famílias, e o desaquecimento da economia mundial seguem desafiadores para a recuperação da demanda, impactando as vendas. Ainda assim, a robustez da companhia resultou em números positivos apresentados neste balanço— explica Alceu Albuquerque, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Grendene.
Mesmo diante do quadro ainda complexo, a companhia registrou um crescimento marginal de 0,5% do sell out no segundo trimestre, ante o mesmo período de 2023. Nesse contexto, a Grendene alcançou uma receita bruta de R$ 604,4 milhões, avanço de 3,1% em comparação com o segundo trimestre de 2023.
Na visão por segmento, o crescimento do sell in das marcas da Divisão 1 (que inclui todas as marcas, exceto Melissa) foi puxado pelo bom desempenho da linha masculina, que avançou 14,2% em receita e 8,8% em volume em relação ao segundo trimestre de 2023. Outro segmento que apresentou desempenho positivo foi o infantil, registrando expansão de 9,4% em receita, estabilidade no volume e incremento de 9,7% no preço médio por par vendido. O sell in da Melissa, por sua vez, manteve o forte desempenho registrado desde o terceiro trimestre de 2024, ainda colhendo os frutos da coleção primavera/verão 2023/2024.
O forte desempenho da Melissa e do segmento masculino, composto por Rider, Cartago e Mormaii, foram os principais drivers de crescimento também no mercado interno durante o trimestre. A receita bruta nesse mercado registrou aumento de 1,5%, totalizando R$ 506,7 milhões, e queda de 3,1% no volume, alcançando 22,5 milhões de pares. Já receita bruta por par expandiu 4,7%, para R$ 22,54, devido ao reajuste de preços aplicado nos primeiros meses de 2024 e ao mix de produtos com maior valor agregado.
Com relação às exportações, foram embarcados 4,2 milhões de pares no trimestre que geraram R$ 97,7 milhões de receita bruta, representando um aumento tanto em volume (+16,3%) quanto em receita (+12,4%) em relação ao segundo trimestre de 2023. O share da Grendene sobre as exportações de calçados brasileiros cresceu de 13,8% para 20,4% no segundo trimestre de 2024.
Ano civil (2024) — O ambiente internacional segue bastante instável e desfavorável, com alguns países da América Latina passando por crises político-econômicas, a economia norte-americana ainda “patinando” e a concorrência com produtores asiáticos intensificando com a redução dos fretes internacionais.
De janeiro a junho de 2024, a receita líquida da Grendene atingiu R$ 1 bilhão, expansão de 3,7% em relação aos R$ 983,7 milhões do primeiro semestre de 2023, mesmo considerando os impactos da Lei 14.789/23, que passou a tributar os incentivos fiscais pelo PIS e pela COFINS. No acumulado, o lucro bruto atingiu R$ 445,1 milhões, representando um crescimento de 9,2% em relação ao 1S23, com a margem bruta aumentando de 41,4% para 43,7%.
O EBIT aumentou para R$ 114 milhões no 1S24, um crescimento de 195%, enquanto o EBIT recorrente subiu 36,3%, alcançando R$140,8 milhões. Já o lucro líquido aumentou 0,5%, totalizando R$ 181,3 milhões, quando comparado aos R$180,4 milhões do mesmo período do ano anterior.
—Embora as condições macroeconômicas ainda não sejam ideais para a retomada do consumo, começamos a observar sinais mais promissores com o crescimento econômico, com a redução da inflação, o aumento do emprego e a queda das taxas de juros. Contudo, reconhecemos que existe um atraso entre a melhoria desses indicadores e a recuperação do consumo”, afirma Albuquerque. “Os resultados que conquistamos até agora nos deixam confiantes com a continuidade desse cenário mais positivo, que poderá se refletir nos próximos meses—.