Rebeca Andrade, estrela da ginástica artística nas Olimpíadas de Paris 2024, recebe cerca de R$ 20 mil do clube Flamengo, e ótimos contratos publicitários.
Rebeca Andrade é ouro no solo e se isola como maior medalhista do Brasil em Jogos Olímpicos. A ginasta está no Flamengo desde os 12 anos e tem contrato até o fim do ano que vem, visando aos Jogos Olímpicos de Paris. A renovação aconteceu em 2021, e está vigente até o final de 2024.
Atualmente, ela veste o uniforme rubro-negro em competições nacionais. Ela recebe um salário (R$ 20 mil), e tem ótimos contratos publicitários. A atleta utiliza a estrutura do clube uma vez por semana. Rebeca também tem o acompanhamento de profissionais do Flamengo durante as competições. —Existe uma relação grande da Rebeca com o Flamengo e uma convivência, até necessária, devido às competições que disputamos. Os treinadores estão diretamente ligados, assim como outros profissionais. Existe todo um acompanhamento —conta Georgette Vidor, coordenadora técnica da ginástica do Flamengo.
Super despedida — Para uma última dança, no mais popular dos aparelhos da ginástica artística, Rebeca Andrade embalou a Arena Bercy e deixou Simone Biles para trás para fechar a campanha nos Jogos Olímpicos Paris 2024 com um espetacular ouro no solo, com nota 14.166. Foi a sexta medalha olímpica da paulista, agora é absoluta como maior medalhista olímpica do Brasil, à frente de Robert Scheidt e Torben Grael, com cinco cada.
Esta foi a primeira vez que uma mulher brasileira foi ao pódio olímpico no aparelho. Até então o melhor resultado era um quinto lugar, conquistado pela própria Rebeca em Tóquio 2020 e por Daiane dos Santos em 2004. No masculino, Diego Hypolito e Arthur Nory foram prata e bronze, respectivamente, na Rio 2016.
Na capital francesa foi a quarta medalha de Rebeca. Ela também foi prata no individual geral e no salto, além de bronze por equipes. Na trave, cuja final também foi disputada nesta segunda-feira, ficou em quarto lugar. Em Tóquio 2020 ela já havia conquistado duas medalhas: ouro no salto e prata no individual geral.
—Eu estou muito feliz e muito honrada por hoje estar nessa posição. É algo que é muito difícil de ser conquistado. A gente treina bastante, luta bastante, bate diversas vezes no quase e, às vezes, não acontece. Então realmente é uma honra mesmo poder representar, poder mostrar que é possível e acredito que quando você tem uma equipe que luta pelo mesmo sonho que você e que quer as mesmas coisas que você, as coisas acontecem. E foi assim. Eu tenho uma equipe multidisciplinar que é muito excelente, tenho meu treinador, tenho as meninas e o foco também, a vontade de querer fazer acontecer, mesmo nos dias ruins, os dias que são excelentes, com medo, sem medo, eu vou sair para fazer, sabe? Às vezes eu morro de medo, é normal, faz parte do ser humano, mas tem dias que são mais leves e eu senti que todos os dias aqui foram muito leves, sabe?— disse Rebeca.