O título deste artigo nos remete a uma interessante reflexão sobre as consequências das escolhas, que hoje fazemos, e suas repercussões sobre nossa vida futura. A expressão popular, de todos conhecida, “quem planta vento colhe tempestade”, é uma poderosa metáfora da realidade. Ela nos convida a pensar antes de tomarmos qualquer decisão, especialmente as mais relevantes; ela nos lembra também que, como na natureza, as sementes que plantamos podem produzir bons ou maus frutos, de acordo com a índole da planta escolhida.
O preço do amanhã é expressão que tem também raízes bíblicas. No livro de Oseias, ela é utilizada para descrever a tumultuada relação do povo de Israel com Deus. O seu afastamento dos ensinamentos e recomendações divinos provocaram sérias consequências. O povo enfrentou, por isso, diversas calamidades. A frase também se alinha com a lei natural da “causa e efeito”, princípio filosófico presente e fundamental em diversas religiões e na própria física. Ele sugere que toda ação gera uma reação, com impactos na forma como vivemos.
Em essência, a expressão titular nos diz que nossas escolhas e comportamentos têm reflexo direto em nossas vidas e no mundo que nos rodeia. Se decidimos agir com desonestidade, irresponsabilidade ou maldade, tudo o que podemos esperar são consequências negativas e, até mesmo, devastadoras de nossas esperanças. Se, por outro lado, agimos com bondade, honestidade e responsabilidade, bons acontecimentos são quase inevitáveis. Neste caso, estamos contribuindo para um futuro melhor, para nós e todos que nos rodeiam.
Há, portanto, uma inegável conexão entre o presente e o futuro; o que fazemos hoje, repercute no amanhã. Entretanto, pelo menos em tese, o futuro é inexorável. A menos que advenha uma hecatombe mundial, a preservação da humanidade está garantida. Nossa preocupação é fazer com que ela seja a melhor possível. Por isso a garantia de um bom amanhã passa pela preocupação com nossas ações de hoje. Um ato impulsivo, uma palavra mal acolhida, uma oportunidade perdida, tudo pode repercutir de modo a prejudicar o amanhã.
No mundo corporativo, não é diferente. Aliás, a reflexão ganha importância à medida que atitudes ou escolhas impensadas podem levar à extinção da corporação. O mundo está cada dia mais complexo e interconectado. Decisões levianas podem ter consequências desastrosas e perdas irreparáveis. O futuro do trabalho, individual ou coletivo, exige responsabilidade e consciência antes nunca vistas. Boas organizações investem em planejamento estratégico e liderança consciente, que saiba superar desafios e aproveitar oportunidades futuras.
Nesse contexto, nada é mais estratégico do que ter um bom líder. Sua eleição é crucial para a organização. Liderança eficaz é fundamental para o sucesso e longevidade de qualquer tipo de empreendimento. Líderes tóxicos, fracos de valores ou ineficientes propiciam ambiente de trabalho negativo, que se caracteriza pela baixa moral, desmotivação e o desengajamento dos colaboradores. Isso impacta fortemente na produtividade. A escolha certa do líder pode levar a empresa ao ápice; a equivocada, pode levá-la a perder todas as conquistas anteriores!
• Por: João Teodoro da Silva, paranaense , iniciou a carreira de corretor de imóveis em 1972. Empresário no mercado da construção civil, graduado em Direito e Ciências Matemáticas. Foi presidente do Creci-PR por três mandatos consecutivos, do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Paraná de 1984 a 1986, diretor da Federação do Comércio do Paraná e é presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis desde 2000.| Sistema Cofeci-Creci: composto por um Conselho Federal e 25 Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis em todo o Brasil que têm a função de normatizar e fiscalizar uma profissão de grande relevância para o desenvolvimento da nação. O Sistema funciona sob a égide da lei 6.530, de 12 de maio de 1978 e engloba cerca de 500 mil Corretores de Imóveis e 72 mil empresas de intermediação de negócios imobiliários. | www.cofeci.gov.br