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19/07/2024

FLIP acelera o alcance global de startups

Executivo da Drummond Advisors explica como funciona o processo de internacionalização.

Uma startup começa com recursos próprios dos sócios fundadores ou nasce de projetos em empresas já existentes e, neste segundo caso, por vezes já conta com clientes, o que facilita muito a jornada do empreendedor. Porém, a internacionalização da estrutura da empresa é fundamental para despertar o interesse de investidores estrangeiros no negócio e, para isso, existem alguns meio que facilitam essa manobra.

Os tipos mais comuns de levar uma startup para fora do país são o Delaware FLIP, que envolve a incorporação de uma empresa no estado de Delaware nos EUA, ou o FLIP em uma jurisdição offshore, como por exemplo, Cayman. Esse processo facilita a captação de investimentos, uma vez que sua holding estará inserida em um ecossistema maduro. Fazer o “FLIP” é colocar a estrutura da empresa nos Estados Unidos, ou em uma Offshore, acima da operação brasileira, elevando o negócio a uma posição global, expandindo seu poder de venda no exterior. Nesse contexto, os sócios também sobem para essa nova estrutura criada fora do país de origem da empresa.

Pedro Drummond, advogado habilitado na Florida e em Nova York e especialista em reorganizações societárias internacionais, sócio responsável pela área jurídica da Drummond Advisors, explica que a maioria dos investidores nos EUA, por exemplo, não desejam correr o chamado “risco Brasil”, já que não conhecem a legislação local e têm receio da burocracia. —Para atrair investimentos no exterior, a startup deve investir em um bom planejamento tributário e corporativo, identificar os objetivos de curto, médio e longo prazo, e iniciar o processo de reestruturação corporativa fora do país —destaca.

Quase 100% das internacionalizações por Flip acontecem em Delaware ou Cayman, por se tratar de locais com legislação societária robusta e jurisprudência ampla em matéria de conflito societário, facilitando a abertura de empresas e o processo de captação, além de apresentar também alguns benefícios tributários que variam de caso a caso.

—Quando uma startup toma a decisão de “Flipar”, a regra é clara: quanto mais cedo for feito, melhor. Por gerar custos menores, são menos transações e isso acelera a conquista de resultados—finaliza Drummond, enfatizando que o suporte de uma consultoria jurídica e contábil, que entenda a legislação dos dois países, faz toda a diferença no planejamento e execução da internacionalização.