A proteção da indústria nacional do aço é uma luta antiga do Instituto Aço Brasil (IABr)junto a governos, para frear a importação de aço da China. Fato que segundo a Alacero tem prejudicado toda a América Latina.
Com a decisão tomada pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex), deliberada em abril, de que os produtos de aço terão cotas de importação cujas alíquotas serão de 25% sobre o execedente, medida que terá um monitoramento de 12 meses sobre o comportamento do mercado, com a expectativa de que haverá contribuição na redução da capacidade ociosa da indústria siderúrgica nacional, a regulamentação governamental tem previsão de sair no início de junho, eis a lista dos importados: . Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 milímetros (mm), revestidos de ligas de alumínio-zinco;
. Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos, galvanizados por outro processo, de espessura inferior a 4,75 mm;
Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, não folheados ou chapeados, nem revestidos, em rolos simplesmente laminados a frio, de espessura superior a 1 mm, mas inferior a 3 mm;
. Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, não folheados ou chapeados, nem revestidos, em rolos simplesmente laminados a frio, de espessura igual ou superior a 0,5 mm, mas não superior a 1 mm;
. Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, laminados a quente, não folheados ou chapeados, nem revestidos, em rolos, simplesmente laminados a quente, de espessura igual a superior a 4,75 mm, mas não superior a 10 mm;
. Outros produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, não folheados ou chapeados, nem revestidos, em rolos, simplesmente laminados a quente, de espessura igual ou superior a 3 mm, mas inferior a 4,75 mm;
. Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, não folheados ou chapeados, nem revestidos, em rolos, simplesmente laminados a quente, de espessura inferior a 3 mm, com um limite mínimo de elasticidade de 275 Mpa;
. Outros produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, não folheados ou chapeados, nem revestidos, em rolos, simplesmente laminados a quente, de espessura inferior a 3 mm;
. Outros fios-máquinas de ferro ou aço não ligado, de seção circular, de diâmetro inferior a 14 mm;
. Tubos dos tipos utilizados em oleodutos ou gasodutos, soldados longitudinalmente por arco imerso, de seção circular, de diâmetro exterior superior a 406,4 mm, de ferro ou aço;
. Outros tubos dos tipos utilizados em oleodutos ou gasodutos, soldados longitudinalmente, de seção circular, de diâmetro exterior superior a 406,4 mm, de ferro ou aço.
Mais produtos que poderão ter cotas: . Outros tubos de ligas de aços, não revestidos, sem costura, para revestimento de poços;
. Outros tubos dos tipos utilizados em oleodutos ou gasodutos;
. Outros tubos para revestimento de poços, de produção ou suprimento, dos tipos utilizados na extração de petróleo ou de gás, de ferro ou aço;
. Outros tubos soldados de outras seções.
O presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil (IABr), Jefferson de Paula, o setor representou um investimento de R$ 162 bilhões nos últimos 15 anos, e gera dois milhões e 900 mil empregos. Porém, apesar da capacidade instalada para produzir 51 milhões de toneladas, apenas 26,6 milhões de torneladas foram produzidas em 2023.
O presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Ricardo Alban, citou outros setores que também enfrentam problemas de concorrência com as importações, como petroquímico, químico, fertilizantes e construção civil.
O Investimento do setor siderúrgico de R$ 100 bilhões até 2028 divulgada durante a coletiva de imprensa no dia 20 de maio (segunda-feira), é uma contrapartida pela decisão do governo de aumentar impostos sobre a importação de alguns produtos de aço. Mas ainda não deram detalhes sobre os investimentos.
O o presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, afirmou que os investimentos de R$ 100 bilhões dependerão da eficácia das medidas de controle e defesa comercial adotadas pelo governo.
Ele avaliou a implementação do sistema cota-tarifa como um primeiro passo para combater o excesso das compras vindas da China e cobrou que o regime seja executado de forma eficaz e monitorada.
A inundação de aço chinês ameaça a indústria latino-americana, diz a Associação Latino-Americana do Aço (Alacero).