No acumulado dos quatro primeiros meses do ano o saldo comercial foi de US$ 27,736 bilhões, 17,7% maior ante o mesmo período de 2023.
Em abril de 2024, comparado a igual mês do ano anterior, as exportações cresceram 14,1% e somaram US$ 30,92 bilhões. As importações cresceram 14,3% e totalizaram US$ 21,88 bilhões. Assim, a balança comercial registrou superávit de US$ 9,04 bilhões , com crescimento de 13,7%, e a corrente de comércio aumentou 14,2%, alcançando US$ 52,80 bilhões, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento Indústria comércio exterior e Serviços (MDIC).
No acumulado de janeiro a abril 2024, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações cresceram 5,7% e somaram US$ 108,85 bilhões. As importações cresceram 2,2% e totalizaram US$ 81,11 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 27,74 bilhões , com crescimento de 17,7%, e a corrente de comércio registrou aumento de 4,2%, atingindo US$ 189,96 bilhões.
Setores e Produtos: Exportações — Em abril de 2024, o desempenho dos setores tiveramos seguintes resultados: queda de -7,9% em Agropecuária, que somou US$ 8,17 bilhões; crescimento de 48,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 7,56 bilhões e, por fim, crescimento de 16,6% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 15,07 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.
A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (184,2%), Café não torrado (75,6%) e Algodão em bruto (316,8%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados ( 9,2%), Minérios de cobre e seus concentrados ( 48,4%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 92,4%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (79,4%), Açúcares e melaços (110,9%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (125,9%) na Indústria de Transformação.
Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Arroz com casca, paddy ou em bruto (-91,8%), Milho não moído, exceto milho doce (-83,4%) e Soja (-17,7%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-31,0%), Minérios de níquel e seus concentrados ( -51,1%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-37,3%) na Indústria Extrativa ; Gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (-38,2%), Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-12,7%) e Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, folheados ou chapeados, ou revestidos (-59,8%) na Indústria de Transformação.
Acumulado no Ano — No acumulado de janeiro a abril 2024, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: queda de -5,5% em Agropecuária, que somou US$ 24,36 bilhões; crescimento de 25,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 28,08 bilhões e, por fim, crescimento de 3,3% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 55,89 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.
Esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (61,4%), Café não torrado (43,8%) e Algodão em bruto (237,5%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (24,8%), Minérios de cobre e seus concentrados (15,9%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (29,3%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (32,4%), Açúcares e melaços (110,2%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (27,2%) na Indústria de Transformação.
Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Trigo e centeio, não moídos (-18,9%), Milho não moído, exceto milho doce (-44,3%) e Soja (-12,5%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-31,9%), Minérios de níquel e seus concentrados (-25,7%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-39,2%) na Indústria Extrativa ; Carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (-11,2%), Gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (-61,4%) e Veículos automóveis de passageiros (-24,5%) na Indústria de Transformação.
Importações — Em abril de 2024, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: crescimento de 58,1% em Agropecuária, que somou US$ 0,55 bilhões; queda de -3,1% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,58 bilhões e, por fim, crescimento de 15,3% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 19,60 bilhões. A combinação destes resultados motivou ao aumento das importações.
O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (143,4%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (49,9%) e Soja (2.354.101,5%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho ( 68,8%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 9,4%) e Gás natural, liquefeito ou não ( 0,7%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) ( 17,3%), Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (40,5%) e Veículos automóveis de passageiros (61,1%) na Indústria de Transformação.
Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (-47,2%) e Algodão em bruto (-89,7%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados ( -84,5%), Outros minérios e concentrados dos metais de base (-21,3%) e Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-30,4%) na Indústria Extrativa ; Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (-13,0%), Medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários ( -8,6%) e Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-29,5%) na Indústria de Transformação.
Acumulado no Ano— No acumulado de janeiro a abril 2024, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 16,5% em Agropecuária, que somou US$ 1,94 bilhões; retração de -10,1% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 5,37 bilhões e crescimento de 2,9% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 73,22 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das importações.
Esta conjuntura de crescimento nas importações foi influenciada pelo crescimento das compras dos seguintes produtos: Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (58%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (32,7%) e Soja (252,1%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho (13,9%), Outros minerais em bruto (1,6%) e Gás natural, liquefeito ou não (28,1%) na Indústria Extrativa ; Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (18,9%), Veículos automóveis de passageiros (50,6%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (49,6%) na Indústria de Transformação.
Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Cevada, não moída (-14%), Cacau em bruto ou torrado (-7,4%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-14,7%) na Agropecuária; Minérios de cobre e seus concentrados (-100%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-19,5%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-8,6%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-12,7%), Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (-24,4%) e Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-33,5%) na Indústria de Transformação.
Principais Parceiros Comerciais: Argentina — As exportações para a Argentina, no mês de abril de 2024, caíram -34,1% e somaram US$ 1,10 bilhões. As importações aumentaram 36,7% e totalizaram US$ 1,22 bilhões. Logo, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou déficit de US$ -0,12 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -9,5% alcançando US$ 2,31 bilhões.
No período acumulado de janeiro a abril de 2024, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para a Argentina caíram -29,9% e atingiram US$ 3,91 bilhões. As importações cresceram 2,9% e chegaram US$ 3,95 bilhões. Com isto, neste período, a balança comercial para este país apresentou saldo negativo de US$ -0,04 bilhões e a corrente de comércio reduziu-se em -16,5% totalizando US$ 7,86 bilhões.
China, Hong Kong e Macau — As exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de abril de 2024, cresceram 7,5% e somaram US$ 9,91 bilhões. As importações aumentaram 20,4% e totalizaram US$ 4,74 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 5,17 bilhões e a corrente de comércio aumentou 11,4% alcançando US$ 14,65 bilhões.
No período de janeiro a abril 2024, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para China, Hong Kong e Macau cresceram 8,9% e atingiram US$ 33,21 bilhões. As importações cresceram 14,8% e totalizaram US$ 19,13 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial apresentou superávit de US$ 14,08 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 11,0% somando US$ 52,34 bilhões.
Estados Unidos — As exportações para os Estados Unidos, em abril de 2024, cresceram 14,0% e somaram US$ 2,96 bilhões. As importações aumentaram 2,2% e chegaram a US$ 3,32 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num déficit de US$ -0,37 bilhões e a corrente de comércio registrou aumento de 7,4% alcançando US$ 6,28 bilhões.
No acumulado de janeiro a abril de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos cresceram 17,5% e atingiram US$ 12,72 bilhões. As importações caíram -5,3% e totalizaram US$ 12,31 bilhões. Dessa forma, neste período, a balança comercial para este país apresentou superávit de US$ 0,41 bilhões e a corrente de comércio aumentou 5,1% chegando a US$ 25,03 bilhões.
União Europeia — As vendas para a União Europeia, cresceram 39,3% e chegaram US$ 4,87 bilhões. As importações aumentaram 5,5% e totalizaram US$ 3,87 bilhões. Assim, a balança comercial com este bloco resultou num superávit de US$ 1,00 bilhões e a corrente de comércio aumentou 22,0% alcançando US$ 8,75 bilhões.
No período acumulado de janeiro a abril 2024, em relação a igual período do ano anterior, as exportações para a União Europeia caíram -3,9% e atingiram US$ 14,37 bilhões. As importações caíram -4,4% e totalizaram US$ 15,15 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial com este bloco comercial apresentou déficit de US$ -0,79 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -4,1% somando US$ 29,52 bilhões.