FCB Brasil celebra o mês da luta antirracista com ampla programação . Workshops, palestras e atividades de letramento marcam a importância e simbolismo da data; FCB Plural é responsável pela agenda.
A FCB Plural, ação afirmativa que fomenta debates e aprendizados necessários em busca de maior equidade de gênero, raça e sexualidade no quadro de funcionários e no mercado, escolheu os últimos dias do mês para realizar a programação comemorativa ao Novembro Negro na FCB Brasil. Estão previstas palestras, encontros e atividades que envolvem colaboradores, clientes e fornecedores.
A agenda tem início no dia 28 na roda de conversa com Alê Garcia, considerado um dos 20 creators negros mais inovadores pela Forbes. O escritor, criador de conteúdo, empresário, palestrante, apresentador e publicitário abordará o tema “Criação e Inovação- estratégias em multiplataformas de comunicação”, presencialmente, com os colaboradores da agência.
No dia seguinte acontece a caminhada São Paulo Negra, idealizada pelo Guia Negro, que resgata as memórias que estão por todo o centro histórico da cidade. No percurso de um pouco mais de três quilômetros, serão visitados e revisitados lugares importantes para a história dos negros na cidade, como a Igreja Nossa Senhora Rosário dos Homens Pretos, no Largo do Paiçandu; a Igreja Nossa Senhora dos Enforcados e o Largo da Forca, na Liberdade; o Largo São Francisco e a Ladeira da Memória, entre outros pontos. Para a caminhada, foram convidados os membros do board executivo da agência, clientes e colaboradores.
A programação se encerra no dia 30 com “Conversa Preta: o papel do indivíduo na prática da escuta ativa”, mediada por Marta Carvalho, Gerente de Comunicação e Relações Institucionais da FCB Brasil. As atividades marcam também a reformulação do antigo Comitê de Diversidade da agência, que agora passa a se chamar FCB Plural. Além da nova formação, o grupo passa a ter nova identidade visual e lança um vídeo manifesto ainda este mês.
De acordo com Marta Carvalho, que também é uma das coordenadoras do FCB Plural, “A programação de novembro reafirma o que temos construído enquanto cultura e pautas afirmativas para o desenvolvimento da FCB Brasil. Pensar e executar com um time diverso e plural é o reflexo do que temos trabalhado desde março em nossa programação de letramento e vivências”, afirma.
Metas de diversidade – O mercado publicitário é um dos setores com menor representatividade do cenário racial do país. A pesquisa desenvolvida pelo Observatório de Diversidade da Propaganda (ODP), do qual a FCB é agência apoiadora, aponta que apenas 30% de pessoas negras estão inseridas na publicidade. No último censo promovido pelo IBGE, 56,1% da população brasileira se autodeclara preta ou parda.
Na FCB Brasil, o cenário tem evoluído ao longo dos últimos anos – atualmente, 38% dos funcionários se declaram negros. A agência é uma das pioneiras em promover ações de diversidade, como o FCB/Brains. O programa de estágio tem o objetivo de atrair estudantes em início de carreira e criar oportunidades mais plurais e diversas de crescimento na agência e no mercado publicitário e existe desde 2019. Os estudantes aprovados no programa fazem parte do FuturoLab, plano de mentoria que oferece a formação de lideranças da agência como mentores e busca acelerar o desenvolvimento de carreira e dos mentorados, sempre com foco em diversidade e inclusão.
Ricardo John, CEO e CCO da FCB Brasil, criou o projeto 20/20, a primeira ação afirmativa de inclusão racial do mercado publicitário em sua gestão na JWT. O projeto estimulou o Ministério Público do Trabalho a assinar o Pacto de Inclusão de Profissionais Negros no Mercado Publicitário com as maiores agências de publicidade do país e rendeu ao profissional o Troféu Raça Negra 2019 – iniciativa da faculdade Zumbi dos Palmares e da ONG Afrobras, que reconhece personalidades de diversas áreas que atuam pela igualdade racial no país.
“Falar sobre a pauta racial é urgente e indispensável. Nosso comprometimento com a pluralidade vai de encontro com o nosso objetivo de negócio: entregar trabalhos que estejam alinhados com a cultura e que dialoguem com a sociedade”, diz Ricardo John.