Feira de automação industrial e transformação digital da Rockwell Automation contou com a participação do Consulado-Geral do Brasil em Boston, além de representantes de diversos setores industriais brasileiros.
Uma delegação com cerca de 200 representantes da indústria brasileira participou entre 6 e 9 de novembro da Automation Fair, feira de inovação para a indústria da Rockwell Automation, maior empresa do mundo dedicada à automação industrial e transformação digital. Realizada em Boston pela primeira vez, a feira reuniu mais de 10 mil pessoas de todo o mundo para discutir as principais tendências e desafios da indústria global no contexto pós-pandemia.
O diretor Regional da Rockwell Automation no Brasil, Leandro Kruger, explica a participação brasileira no evento, bem como a relevância do país para o desenvolvimento de soluções para o setor industrial. —Há um pool de pesquisadores brasileiros muito grande vivendo em Boston. E quando existe diversidade de pensamentos, existe também diversidade de perspectivas para atacar problemas complexos. Então, com a Automation Fair, a Rockwell Automation pensou e continua pensando em habilitar a colaboração entre diferentes interessados, para que a gente siga sempre inovando para a indústria brasileira— afirma. A person in a suit Description automatically generated
A delegação do Brasil foi composta por representantes das indústrias de mineração e metalurgia, bens não-duráveis, ciências da vida, energia e óleo e gás, fabricantes de máquinas, além de integradores de sistemas. A feira contou também pela primeira vez com a presença do Consulado-Geral do Brasil nos Estados Unidos.
— O Consulado do Brasil em Boston pode ser uma ferramenta para aproximação das inovações tecnológicas da Rockwell Automation para a indústria brasileira, e também para aproximar um grupo de cientistas e empreendedores do Brasil que atuam aqui na Nova Inglaterra, que podem ser um elo na questão de soluções industriais para o mercado brasileiro. Acredito que essa feira de inovação possa ajudar nesse sentido —afirma Lauro Beltrão Filho, cônsul-geral adjunto do Brasil em Boston.
A Automation Fair acontece há mais de 30 anos e reúne anualmente especialistas globais para discutir soluções e tendências em inovação para a indústria. Neste ano, a feira contou com tours externos, treinamentos exclusivos e dezenas de palestras sobre as oportunidades do setor em automação industrial, segurança cibernética, sustentabilidade e novas tecnologias.
Indústria brasileira no pós-pandemia — O setor industrial apostou na adoção acelerada de novas tecnologias para vencer os desafios trazidos pela pandemia. De acordo com Kruger, essas rápidas mudanças tecnológicas tornaram o setor muito mais resiliente e preparado para disrupções em suas cadeias logísticas. —Nós estamos vivendo em um mundo muito mais complexo. E isso se reflete no dia a dia dos negócios. Neste sentido, a tecnologia está trazendo a possibilidade de se conseguir, através da coleta de dados, tomar decisões muito mais rápido. O nível de complexidade aumentou muito e foi na tecnologia que a indústria achou a resposta para muitos desses desafios —explica o executivo.
Os sistemas da Rockwell Automation oferecem integração entre o chão de fábrica e os sistemas de última geração, permitindo a coleta de dados e informações em tempo real para tomada de decisão, melhorias de processos e otimização na produção. Tecnologias por trás dessas soluções incluem Inteligência Artificial (IA), Machine Learning (ML), e Internet das Coisas (IoT).
—A Rockwell trabalha muito com a jornada de digitalização, que começa com dispositivos inteligentes, que se conectam e enviam informações e dados. É por isso que a nossa plataforma se chama FactoryTalk, ou seja, a fábrica que fala. Então, um dispositivo é capaz de me falar: “Olha, eu estou próximo de quebrar,” e quando você tem milhares de dispositivos, você tem uma avalanche de dados no sistema. Com Inteligência Artificial e com sistemas que são capazes de orquestrar essas informações, podemos tomar decisões e ter uma produção muito mais eficiente e sustentável — conclui Kruger.