O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE caiu 1,2 ponto em outubro, para 92,9 pontos, o menor nível desde maio deste ano (91,5 pts.). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 0,4 ponto.
—A extensão da tendência de queda da confiança aos quatro grandes setores pesquisados pelo FGV IBRE em outubro reforça a percepção de desaceleração dos segmentos cíclicos da economia no quarto trimestre do ano. Na Indústria e no Comércio o enfraquecimento da demanda já começa a impactar negativamente o ímpeto de contratações enquanto nos Serviços e na Construção, a relativa resiliência do nível de atividade ao longo do segundo semestre tem mantido este ímpeto estável. A piora das expectativas no horizonte de três meses são um sinal de continuidade do ritmo morno de atividade nesta virada do ano— avalia Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas do FGV IBRE.
A queda da confiança empresarial em outubro foi motivada exclusivamente pela piora das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas Empresarial (IE-E) caiu 3,5 pontos, para 89,6 pontos, a maior queda desde novembro de 2022. Pelo segundo mês consecutivo, todos os componentes do IE recuaram, com destaque para os indicadores de Demanda no horizonte de 3 meses e Tendência dos negócios seis meses à frente, com quedas de 4,8 e 1,2 ponto, respectivamente. Ambos fecharam abaixo dos 90 pontos. O indicador de Emprego previsto manteve-se acima deste patamar, mas ainda distante do nível neutro (em 94,5 pts.). O Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 0,3 ponto em outubro, para 94,8 pontos.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
Em outubro, a confiança recuou nos quatro grandes setores, motivada pela queda no Índice de Expectativas, também nos quatro setores. A confiança da Indústria caiu pelo quarto mês seguido, em 0,2 ponto, para 90,8 pontos, mantendo-se no menor nível desde julho de 2020. A confiança de Serviços recuou 1,6 ponto, para 95,3 pontos e a do Comércio, 3,0 pontos, passando para 89,2 pontos. A confiança da Construção, que vinha de três meses seguidos em alta, caiu 1,8 ponto, para 96,3 pontos.
Difusão da Confiança —Em outubro, a confiança empresarial subiu em 35% dos 49 segmentos integrantes do ICE, uma disseminação inferior à de 43% observada no mês anterior.