O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 4,1 pontos em outubro, para 110,9 pontos, levando o indicador de volta à faixa desfavorável, superior aos 110 pontos, da qual havia se afastado desde junho.
—A alta da incerteza em outubro foi influenciada principalmente por fatores externos como o conflito no Oriente Médio e, em menor grau, pelas eleições na vizinha Argentina. Ambos os componentes do indicador subiram, com a maior influência dada pelo componente de Mídia, que mede o nível de incerteza através das notícias econômicas. O componente de Expectativas subiu motivado pelo aumento modesto das dispersões para as previsões da inflação 12 meses à frente, influenciado pelo impacto do conflito, mesmo que temporário, no preço do barril de petróleo e a possibilidade de um menor espaço para o corte das taxas de juros no Brasil. O cenário internacional desafiador vem gerando volatilidade do indicador desde agosto, interrompendo a sequência de quedas que vinham ocorrendo desde abril— afirma Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE.
Em outubro, o componente de Mídia subiu 4,1 pontos, para 111,8 pontos, contribuindo positivamente com 3,6 pontos para a evolução do índice agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu 0,5 ponto, para 103,1 pontos, contribuindo positivamente com 2,4 pontos.