Com os negócios em constante evolução, as mudanças acontecem naturalmente e abrem caminho para a inovação. Nesse contexto, convido vocês a me acompanhar por algumas evoluções recentes com um olhar renovado sobre três temas que se tornaram questão de sobrevivência, tanto do ponto de vista de tecnologia como de negócio: a Hiperautomação, o Low Code e a Cibersegurança.
Como esses temas se conectam? A hiperautomação ganhou muita força após a pandemia, devido ao aumento da demanda de conexão digital com os clientes, fornecedores e parceiros. Ela é uma jornada que começa de forma simples e melhora continuamente, possibilitando aumento de eficiência e a redução de custos nas diversas áreas de negócios, como financeiro, backoffice, operações, TI, atendimento, operações, ESG e processos core, independentemente do setor de atuação da empresa.
O Low Code ou “desenvolvimento de aplicativos com pouco código” é uma solução que caminha junto com a hiperautomação. Para se ter uma ideia, um estudo da Capgemini (Hight time for low-code in industrial IT/OT) mostra que o desenvolvimento de aplicativos e ciclo de implantação com Low-Code é de 5 a 7 vezes mais rápido comparado ao desenvolvimento tradicional. Vale destacar que nessa jornada de digitalização são aplicadas várias tecnologias avançadas, como inteligência artificial, o aprendizado de máquina e automação robótica de processos, que ajudam a impulsionar a eficiência e a produtividade.
Por outro lado, essa variedade de tecnologias e sistemas interconectados acaba deixando as empresas mais expostas ao risco de ataques cibernéticos e é nesse ponto que a cibersegurança desempenha um papel crucial. Os hackers podem explorar as vulnerabilidades nos sistemas automatizados e acessar dados confidenciais ou interromper as operações. Daí a necessidade da análise preventiva em toda a jornada, desde quando desenhamos um novo processo até a completa transformação digital nas empresas. Até mesmo o low code, embora não necessariamente aumente o risco cibernético, também traz desafios na sua implementação a fim de garantir que os princípios de segurança sejam levados em consideração.
É a partir desses cenários que surgem as soluções mais inovadoras, com o objetivo de apoiar as organizações de diversos setores. As novas soluções de segurança cibernética e hiperautomação que começam a ser exploradas no mercado nacional são verdadeiros aceleradores de desenvolvimento, porque possibilitam entregas muito rápidas. A adaptação dessas soluções para a realidade de cada negócio é feita por meio de low code, o que ajuda a ganhar ainda mais velocidade. No campo de cibersecurity, a automação do processo de detecção e resposta a ameaças, de maneira integrada, além de aumentar a eficiência, ajuda também a reduzir custos operacionais.
Costumo dizer que, com o boom digital, é preciso ter a mente aberta para o novo e as empresas que não automatizarem seus processos – especialmente em pontos importantes como segurança cibernética e processos de negócios – não conseguirão ganhar eficiência operacional nem acelerar seu crescimento. O importante é estar 100% conectado com as mudanças!
. Por: Ricardo Pezzi, Diretor de Parcerias Estratégicas da Capgemini com a ServiceNow Brasil.