Mas profissionais devem se adaptar às transformações tecnológicas O setor de seguros vivencia um momento brilhante.
No painel sobre a distribuição de seguros no Brasil e na América Latina, ocorrido durante a FIDES Rio 2023, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, trouxe esta e outras mensagens importantes: a necessidade dos profissionais participarem do processo de transformação digital e a importância de melhorarmos nossa comunicação.
O momento brilhante no mercado segurador pode ser evidenciado pelos mais de 355 bilhões arrecadados pelo setor em 2022, representando um crescimento de 16% em relação ao ano anterior.
O painel também teve a participação do presidente da Federação Nacional de Corretores (Fenacor), Armando Vergílio, e do presidente da Associação Argentina de Produtores de Seguros (AAPS), Sebastián Del Bruto.
O processo de transformação digital — As transformações tecnológicas, segundo Dyogo, trarão impactos muito maiores do que podemos imaginar.
—Precisamos nos preparar para enfrentar todas essas mudanças, mas temos um setor segurador forte, com grande capacidade de adaptação —declarou Dyogo.
A importância de melhorar a comunicação —Em relação à comunicação, a mensagem é a de que —precisamos abandonar o segurês—.
Em uma sociedade, como ele bem lembrou, em que 67% dos brasileiros ganham menos de dois salários mínimos por mês, precisamos de uma comunicação que fale claramente para essas pessoas, fugindo dos termos técnicos e das traduções nem sempre coerentes de expressões de outras línguas.
Novas tecnologias não reduzirão a relevância dos corretores — O presidente da Federação Nacional de Corretores (Fenacor), Armando Vergílio, afirmou que o Governo precisa encarar o setor de seguros na medida de sua importância para a sociedade, pois garante soluções, tranquilidade, poupança interna de longo prazo e, sobretudo, segurança aos consumidores.
Vergílio também reconheceu o impacto inexorável da tecnologia, cujo avanço não pode ser freado.
—É preciso entender esse movimento e aproveitar ao máximo o que a tecnologia pode nos proporcionar— afirmou.
Segundo o presidente da Fenacor, as novas tecnologias não reduzirão a relevância dos corretores no ecossistema do seguro, mas o regulador precisa garantir sua sustentabilidade e solvência do setor “permitindo a introdução de novidades tecnológicas que acompanhem o movimento econômico e produtivo”.
Opapel dos corretores na Argentina— O presidente da Associação Argentina de Produtores de Seguros (AAPS), Sebastián Del Bruto, discorreu sobre a situação dos corretores no país irmão, cujo número de profissionais cresceu 10% no último ano.
Segundo ele, a crise financeira que o país enfrenta mina a confiança dos consumidores no setor financeiro em geral, sendo uma grande barreira para o desenvolvimento do seguro.
Outro problema enfrentado pelos corretores argentinos é a concorrência com o sistema bancário na venda dos seguros. — Muitas vezes o atendimento feito pelos bancos na hora dos sinistros não é feito com o mesmo empenho empregado pelos corretores, contribuindo, também, para a redução da confiança dos consumidores— declarou.