Entraves como falta de métricas e de processos bem definidos na área dificultam o desenvolvimento da logística reversa.
Segundo dados da Invesp, aproximadamente 30% das compras feitas online são devolvidas ou trocadas. Nas lojas físicas, o valor diminui para 8,9%. Esses números comprovam a necessidade de investir em uma logística reversa eficiente como uma maneira de melhorar a experiência do consumidor, fidelizar os clientes e otimizar custos operacionais, uma vez que trocas e devoluções são uma realidade para os e-commerces e o varejo.
Atuante no setor, a RoutEasy é uma logtech que utiliza inteligência artificial em soluções de otimização de rotas e gestão de entregas. A empresa permite incluir entregas e coletas em um mesmo trajeto na roteirização, reduzindo deslocamentos e oferecendo mais comodidade e flexibilidade para os clientes.
Analisando o segmento da logística reversa, Caio Reina, CEO e fundador da logtech, comenta que há um grande valor em cima de processos devolutivos mais rápidos e otimizados. —Oferecer políticas flexíveis de retorno, como prazos maiores ou opções de agendamento de coleta/devolução, se tornou um diferencial significativo na decisão dos clientes sobre onde fazer suas compras —afirma o CEO.
Entretanto, segundo o especialista, a área ainda possui alguns entraves, como por exemplo a falta de métrica e de processos bem definidos. —O mercado ainda tem muita dificuldade em rastrear as devoluções dos produtos e em organizar adequadamente esses processos, por isso, a área não tem sido explorada em seu pleno potencial —completa o profissional.
Desenvolvimento do setor de logística reversa — Em meio a essas dificuldades, cursos e pesquisas voltadas para a logística reversa são bem-vindos, ajudando o setor a se desenvolver de forma rápida, fácil e eficiente. Neste cenário, está inserida a ImLog — A Escola da Nova Logística. A empresa desenvolveu um curso sobre logística reversa a fim de transformar a área em uma vantagem competitiva e ajudar seus alunos a fidelizar clientes.
A imersão passou por temas importantes, como jornada do cliente, jornada do produto e logística verde, e teve como mentores Diogo Inoue, diretor de OOH, director na Jadlog; Fábio Escaleira, head de Logística Reversa do Mercado Livre e Michael Lisboa, CEO da Evolog.
—É necessário começar a discutir o tema e conscientizar todo mundo da importância da logística reversa, até porque esse não é um problema que você vai resolver sozinho, precisa se criar um ecossistema. E eu acho que a gente tá construindo essa história no Brasil, dando visibilidade do quanto de dinheiro uma empresa pode estar perdendo e incentivando a criação de soluções das mais diversas para o tema — disse Fábio Escaleira, mentor da ImLog e Head de Logística Reversa do Mercado Livre.
RoutEasy —A RoutEasy é uma logtech que utiliza inteligência artificial em soluções de otimização e gestão de entregas. Com mais de 300 clientes no Brasil e na América Latina, a logtech aposta na inovação no tradicional setor de entregas e passou a integrar, em dezembro de 2022, o ecossistema de soluções logísticas nstech.
Sua atuação é baseada em algoritmo genético, programação e inteligência artificial, os quais são utilizados para otimizar e integrar processos.
Isso contribui para maior produtividade e menor custo de entrega, e, assim, a logtech fundada por Caio Reina gera economia de até 40% a seus clientes, que reúnem nomes como Shopee, Royal Canin, Rodonaves, GPA, Magalu, Obramax e DHL.