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20/09/2023

Consciência ambiental: a importância das organizações adotarem hábitos sustentáveis

Complexo de nove mil metros quadrados em Teresópolis, na Região Serrana do Rio, se destaca como exemplo de construção no Brasil.

A responsabilidade ambiental é uma questão que pode impactar diretamente no futuro do mundo em que vivemos. O impacto das ações humanas tem feito com que a vida no mundo enfrente consequências drásticas, que podem provocar o desaparecimento de espécies, causar desastres naturais e inclusive, o desenvolvimento de doenças severas.

Em Teresópolis, na Região Serrana do Rio, essa foi a motivação dos empresários José Ronaldo da Costa e Ladmir Carvalho, idealizadores da Alterdata Software, que celebra em 2023, 12 anos em um complexo de 9 mil metros quadrados, projetado com a preocupação de reaproveitar os elementos naturais e gerar um ambiente sustentável, com menor consequências ambientais.

—Essa já era uma preocupação nossa, em um momento em que essa discussão nem estava tão inflamada. Nós fomos um dos primeiros prédios verdes no Brasil. E isso, na verdade, foi parte de alguns incômodos meus e do meu sócio diante do mundo que a gente via e não concordava. Isso fez com que a gente investisse esforços a mais, mesmo que os custos pudessem ser maiores do que uma construção normal. É um grande exercício e uma preocupação enorme, que vem do nosso coração. Além disso, tomamos medidas para replicar na empresa, reduzindo a utilização de papel, copos plásticos e adotando biocombustível em nossos carros— explica José Ronaldo.

O espaço tem iluminação natural, com boa parte da estrutura em vidro, captação da água de chuva para reutilização em lavatórios, estação de tratamento de esgoto e telhado de grama que contribui com o isolamento térmico e diminui o uso de ar-condicionado em até 45%. Recentemente, a empresa recebeu um certificado da The International REC Standard Foundation, comprovando que gerou 813 megawatts em 2022, se consolidando como um empreendimento que utiliza energia renovável.

—Nossa sede foi toda preparada com uma infraestrutura ecológica e isso vem desde a usina de esgoto embaixo do prédio, que descarta os resíduos com 95% limpo para a rede pública. Outro detalhe são as tubulações de água dobrada, que usa água potável e da chuva, para reduzir o impacto do consumo. Os vidros também são específicos para proteger de raios UV e provocar menor acionamento do ar-condicionado e contamos com um jardim suspenso, que conta com uma alta tecnologia para neutralizar o calor e também reduzir o uso do equipamento. Estimulamos inclusive, que as pessoas não descartem eletrônicos em casa, recebendo esses itens para o direcionamento correto. É importante começar isso aqui na empresa, para que nossos colaboradores possam levar isso para toda a cidade. Essas ações fazem uma diferença enorme! E isso vai contaminando as pessoas —detalha Ladmir.

Uma pesquisa internacional realizada pela empresa de serviços ambientais Veolia e a especialista em consultoria Elabe, mostrou que o Brasil se destaca entre os dez países que se sentem mais fragilizados em relação ao meio ambiente, com 84% do público expressando sentimento de vulnerabilidade ecológica e climática, superando os números de 71% da população mundial.

Os dados apontam ainda que um em cada três brasileiros, tem grandes preocupações com o futuro, temendo qual o mundo que podemos vivenciar logo ali na frente. Apesar do medo, 78% dos entrevistados no levantamento acredita que a população pode contribuir para a redução dos impactos provocados pelo ser humano na natureza.

—Neste cenário, é necessário que sejam feitas mudanças de hábitos, para que se alcancem soluções ecológicas e medidas para acelerar uma transformação que se deseja, através da economia verde. Esse modelo de gestão econômica tem como meta melhorar a eficiência no uso de recursos naturais e adesão a práticas de consumo consciente, além da baixa emissão de carbono. Cada vez mais cresce a adesão pelo mundo corporativo, que busca avanços e pode resultar em melhor bem-estar da humanidade, igualdade social e redução de riscos e da escassez de recursos— detalha a Consultora Ambiental, Carolina Rodrigues.