navio-darcy-ribeiro

24/08/2023

Transpetro investe em eficiência energética e descarbonização da sua frota

O plano da Transpetro para descarbonização da sua frota 36 navios foi apresentado pelo diretor de Transporte Marítimo, Dutos e Terminais, Jones Soares, que participou, no dia 23 de agosto (quarta-feir), do painel “Transição energética na indústria marítima” na Navalshore 2023, no Rio de Janeiro. “Já aplicamos tecnologias que tornam a nossa frota uma das mais verdes do mundo e temos vários projetos em estudo”, afirmou.

Jones destacou que a companhia aplica nos navios tinta com alta tecnologia que evita a incrustação no casco, o que impacta, consequentemente, na redução do consumo de combustível e nas emissões de gases de efeito estufa. Outro projeto adotado é o uso de algoritmo para otimização de rota, o que apoia na decisão do comandante pelo trajeto mais eficiente.

O diretor lembrou ainda que o primeiro abastecimento de bunker com conteúdo renovável no país foi realizado na embarcação Darcy Ribeiro, da Transpetro. Com menor pegada de carbono, o novo combustível é uma mistura de 90% de bunker de origem mineral e 10% de biodiesel. —Tivemos ótimos resultados e sem necessidade de mudanças na estrutura do navio. O percentual estimado de redução de emissões de CO2 equivalente dessa mistura é de cerca de 7%— comemorou.

A posição de destaque do Brasil no processo de transição energética foi ressaltada pelo diretor. No entanto, ele alertou que é necessário considerar a maturidade tecnológica das alternativas e também o custo-benefício, —A transição energética precisa ser justa e equilibrada. Precisamos avançar garantindo a segurança energética, a sustentabilidade e o equilíbrio energético— enfatizou.

Uso de energia solar em terminais — Além do investimento em uma frota cada vez mais verde, a Transpetro iniciou diversos estudos relacionados à descarbonização em suas áreas de negócios de dutos e terminais.

Um dos projetos em andamento é a implantação de uma usina de energia solar no Terminal de Guarulhos (SP). Com início de operação previsto para janeiro de 2024, o projeto permitirá a geração de 4,1 milhões de megawatts-hora.

A companhia também começa a estudar a instalação de Energia Marítima Alternada, que ajuda a reduzir a poluição do ar gerada pelos geradores a diesel dos navios, usando como substituto a energia elétrica de terra.