O lucro líquido da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) atingiu R$ 494,2 milhões, o que representa uma queda de 4,4% em relação ao trimestre anterior, em relação ao segundo trimestre de 2022, a queda foi de 40%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, sigla em inglês) ajustado atingiu R$ 1,098 bilhão no segundo trimestre de 2023, com margem Ebitda trimestral de 30,4% ou 18,7 pontos percentuais abaixo da registrada no primeiro trimestre de 2023.
Segundo o relatório de resultados da CSN, essa queda de rentabilidade os preços mais baixos verificados na mineração e pressão de custos na siderurgia acabaram mais do que compensando um trimestre com sólida atividade comercial, mesmo em um ambiente econômico ainda desafiador.
A empresa, que opera em setores como siderurgia, mineração e cimentos, teve receita líquida de cerca de 11 bilhões de reais de abril ao fim de junho, avanço de 4% ano a ano.
As vendas de aço caíram 1% em volume na comparação anual, mas cresceram 2% frente ao primeiro trimestre deste ano.
Já o Ebitda ajustado do segundo trimestre de 2023 teve alta de 21%.
A receita líquida ajustada totalizou R$ 3,611 bilhões no segundo trimestre de 2023, 12,2% inferior à registrada no trimestre anterior e 40% maior que a do segundo trimestre de 2022.
Na teleconferência para comentar os resultados, os executivos da CSN apontaram que a companhia vem enfrentando certas dificuldades — mas que enxergam melhoras no segundo semestre.
—Estamos entrando no segundo semestre na siderúrgica em busca da normalidade de produção, queda de custos e melhora de margens —disse Benjamin Steinbruch, diretor-presidente da CSN.
Segundo ele há relatos de uma melhora do mercado chinês, após uma primeira metade do ano conturbada.
Nos próximos meses, a CSN espera que uma alta dos preços lá fora a permita aumentar os preços no mercado brasileiro. —Vamos lutar muito para ter estabilidade de preços e, dependendo do que acontecer na China, poderemos pensar em realinhamento de preços no Brasil para setembro —disse Luis Martinez, diretor-executivo.
— A pressão de importados dificultou muito nossa vida, segurar os preços não foi fácil, mas estamos vendo melhora no segundo semestre. Imaginamos que nem os chineses consigam segurar esses prêmios— disse Steinbruch. —Defesa comercial não é ilegal, mas é inexistente no Brasil. É algo que precisa melhorar muito. Todo mundo tem isso—concluiu.
Na ocasião também foi divulgado o Relatório ESG da CSN, com destaque para o início da implantação do Biodiversity Index for Operations – BIO, um indicador que permitirá ranquearmos o nível de preservação da biodiversidade em nossas operações, possibilitando a comparação entre elas e a definição de metas específicas.
—Outro expressivo resultado a ser celebrado, foi a redução de 14% na taxa de frequência de acidentes com relação ao primeiro semestre de 2022, reforçando o empenho da companhia com a meta estabelecida na nossa jornada ESG.
No terceiro trimestre de 2023 a CSN também celebrou o avanço em ratings ESG. Evoluiu de D+ para C- no ISS ESG e de 2,5 para 3,4 no FTSE Russell’s ESG. Um novo marco que só foi possível graças ao engajamento e desenvolvimento de
ações e práticas de impacto positivo, pelo comprometimento dos times da CSN e CSN Mineração na agenda ESG, bem como a consciência de que ainda temos muito a construir— comenta Helena Brennand Guerra, diretora de Sustentabilidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Grupo CSN.