O objetivo é capacitar terminais para facilitar, estimular e regular o fornecimento de novos combustíveis marítimos limpos.
O metanol tem sido usado em pequena escala desde 2015, mas com uma carteira de pedidos significativa para navios bicombustíveis com capacidade para metanol, espera-se que o número de navios que usam esse combustível marítimo à base de álcool cresça rapidamente na próxima década. Nesse sentido, o Grupo de Trabalho de Combustíveis Navais Limpos da International Association of Ports and Harbors (IAPH,) desenvolveu um total de sete checklists de prevenção para o fornecimento de metanol e outros combustíveis limpos nos portos. Essa ferramenta pode ser usada para cenários de transferência de navio para navio e de caminhão para navio.
— Nossa Força-Tarefa tem se concentrado principalmente nos aspectos de prevenção relacionados ao fornecimento de novos combustíveis, pois somos impulsionados a avançar na transição para combustíveis marítimos limpos para descarbonização e melhoria da qualidade do ar. Nosso objetivo é capacitar os portos para facilitar, estimular e regular o fornecimento de novos combustíveis marítimos limpos, fornecendo conhecimento e orientação sobre operações de abastecimento de combustível seguras e eficientes— disse Peter Alkema.
A Força-Tarefa é presidida por Peter Alkema, do Porto de Amsterdã, e seu fluxo de trabalho de prevenção é coordenado por Cees Boon, Conselheiro Sênior de Segurança do Porto de Roterdã, e é composto pelos principais especialistas dos portos membros. Muitos deles trabalharam juntos por mais de uma década e começaram desenvolvendo as listas de verificação IAPH LNG. Essa experiência tem sido usada para criar listas de verificação para outros novos combustíveis alternativos, como o Biogás Liquefeito (LBG) e o Hidrogênio Líquido (LH2), que foram publicados no Portal de Sustentabilidade dos Portos Mundiais da IAPH em dezembro passado.
Detalhes do trabalho — Por meio do uso de listas de verificação de abastecimento, um alto nível de qualidade e responsabilidade pode ser obtido dos operadores de abastecimento, local e navio. Todas as listas são enviadas para consulta da indústria às sociedades de classificação, outros especialistas de ONGs e operadores de bunkers para feedback.
O Grupo também está trabalhando em ferramentas de auditoria para autoridades portuárias que avaliam operadores de abastecimento de caminhões e navios para navios, e desenvolveu uma ferramenta de preparação de terminal para operações de GNL. O Grupo também contribuiu com sua experiência para a atual iniciativa WPCAP para desenvolver uma ferramenta abrangente de Nível de Prontidão Portuária para Combustíveis Alternativos para Navios (PRL-AFS).
—Essas ferramentas estão se tornando um elemento essencial da transição energética emergente para o transporte marítimo. O abastecimento seguro nos portos é um pré-requisito e o excelente trabalho dessa força-tarefa voluntária está à altura das demandas da indústria para transporte marítimo segurança em terra à medida que a nova mistura de combustível evolui — Concluiu o diretor-geral da IAPH, Patrick Verhoeven. | MM