A entrada do reino saudita pode ajudar nos laços comerciais e pode suprir as lacunas deixadas pela Rússia, observa.
Segundo informações do jornal britânico Financial Times, a Arábia Saudita está em negociação para ingressar no Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como o Banco do BRICS. O objetivo é aprimorar capacidades financeiras e fortalecer o financiamento do banco, já que a Rússia está economicamente distante do bloco devido a sanções da guerra na Ucrânia.
Dentre elas, estão a proibição de importação de produtos tecnológicos, o fechamento aéreo da União Europeia e dos Estados Unidos, a exclusão do sistema financeiro internacional Swift, entre outras limitações. É nesse cenário que a Arábia
Para Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza — empresa especializada em negócios internacionais — a entrada do reino saudita no bloco é bem-vista. “A entrada pode ser positiva para o setor energético, o mais impactado pela guerra da Ucrânia,
O especialista explica que, após a guerra, o papel da Rússia no banco foi questionado. Isso porque o país tem participação de 19% nas ações comerciais, o que preocupa os demais países membros. Para lidar com a falta dos russos, uma alternativa seria a entrada da Arábia Saudita como uma acionista.
De acordo com Pizzamiglio, a entrada da Arábia Saudita será tão bem-vinda quanto a de Bangladesh, Emirados Árabes Unidos e Egito. —Essa união é interessante tanto para nós, quanto para eles, que vão reforçar o vínculo com a China. Se o propósito do banco é aumentar a diversidade dos membros em geografia, estágios de desenvolvimento e tamanho dos países, ele está no caminho certo— afirma.
Apesar da entrada do reino saudita no BRICS não ser certa, NDB a classificou como um diálogo qualificado. “Neste momento, essa parceria pode ajudar nas necessidades do banco e ampliar a capacidade de financiamento, pois os sauditas têm uma enorme reserva internacional. Além do reino, o Uruguai também está em processo para se tornar um membro efetivo”, finaliza Pizzamiglio.
Perfil — A Efficienza é uma empresa fundada em 1996 com o intuito de prestar serviços de assessoria em comércio internacional. A empresa se destaca como solução integral na área de despacho aduaneiro, logística internacional e assessoria em comércio internacional. A empresa é detentora de 5% do market share de Drawback e isenção no Brasil.