E atinge o melhor resultado do ano.
A indústria de motocicletas atingiu em maio o melhor resultado do ano. Levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), aponta que 155.118 unidades saíram das linhas de produção do Polo Industrial de Manaus (PIM), alta de 19,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado (129.781 motocicletas) e de 32,8% em relação a abril (116.809 unidades).
Ainda de acordo com os dados da associação, esse foi o melhor resultado para o mês desde 2012 (171.734 motocicletas).
No acumulado do ano foram fabricadas 668.997 motocicletas, volume 17,5% superior ao mesmo período do ano passado (569.598 unidades).
O presidente da Abraciclo, Marcos Bento, explica que os números alcançados nos cinco primeiros meses do ano estão dentro do planejado. “Tivemos um mês cheio em maio, com 22 dias úteis, o que nos permite equilibrar melhor a oferta e a demanda por motocicletas”.
Bento ressalta que o segmento de motocicletas deve seguir a tendência de alta. “A motocicleta é uma opção ágil e econômica de deslocamento. Além disso, tem vantagens, como menor valor de aquisição e baixo custo de manutenção, o que atrai novos consumidores”.
Por outro lado, o presidente da Abraciclo lembra que a alta das taxas de juros, o acesso ao crédito e a diminuição do poder aquisitivo da população podem frear esse crescimento.
Vendas no varejo — Em maio, foram licenciadas 161.505 motocicletas, volume 21,1% maior na comparação com o mesmo mês do ano passado (133.344 unidades) e 33,5% superior em relação a abril (120.969 motocicletas). Segundo dados da Abraciclo, esse foi o melhor resultado para o mês desde 2011 (171.681 unidades).
— O bom desempenho das vendas no varejo é um reflexo da curva de produção nas unidades fabris que tiveram produção plena em abril. Com isso, as concessionárias puderam atender ao consumidor que aguarda por uma motocicleta — explica Bento. —Dessa forma, estamos reduzindo eventuais filas de espera— completa.
As três categorias mais emplacadas foram a Street (86.247 unidades e 53,4% de participação no mercado), Trail (30.015 motocicletas e 18,6%) e Motoneta (19.555 unidades e 12,1%).
As motocicletas de baixa cilindrada foram as mais emplacadas em maio, com 131.551 unidades e 81,5% do mercado. Na sequência, vieram os modelos de média cilindrada (24.787 motocicletas e 15,3% de participação) e os de alta cilindrada (5.167 unidades e 3,2%).
Em termos porcentuais, as motocicletas de média cilindrada registram alta de 41,3% e as de alta cilindrada, 32,4%. De acordo com dados da Abraciclo, em maio do ano passado, foram licenciados 17.537 modelos de 161 a 449 cilindradas e 3.903 unidades com motores acima de 450 cilindradas. —A procura pelas motocicletas equipadas com motores mais potentes tem crescido bastante. São consumidores que optam por modelos com mais recursos tecnológicos e usam a motocicleta também para o lazer —afirma o presidente da Abraciclo.
De janeiro a maio, foram licenciadas 639.683 motocicletas, volume 24% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (515.724 unidades). As categorias mais emplacadas são as mesmas do ranking mensal: Street (335.951 motocicletas e 52,5% do mercado), Trail (119.446 unidades e 18,7%) e Motoneta (84.776 unidades e 13,3%).
Mercado por região — A região Nordeste foi a que registrou o maior crescimento no ranking de emplacamentos. Em maio, foram licenciadas 49.807 motocicletas, alta de 26,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado (39.246 unidades).
Em números absolutos, a liderança é da região Sudeste que registrou 63.363 licenciamentos e 39,2% de participação no mercado. Em segundo lugar, ficou o Nordeste (49.807 emplacamentos e 30,8% do mercado), seguido pelo Norte (21.026 licenciamentos e 13,0%), Centro-Oeste (14.331 emplacamentos e 8,9%) e Sul (12.978 licenciamentos e 8,0%).
As posições foram mantidas no ranking do acumulado do ano: Sudeste (247.170 motocicletas licenciadas e 38,6% do mercado), Nordeste (192.579 emplacamentos e 30,1%), Norte (81.938 licenciamentos e 12,8%), Centro-Oeste (60.725 emplacamentos e 9,5%) e Sul (57.271 licenciamentos e 9,0%).
Exportações— As fabricantes de motocicletas instaladas no PIM exportaram 3.020 unidades em maio. O volume é 49,6% inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado (5.990 motocicletas) e 17,5% menor na comparação com abril (3.659 unidades).
De acordo com dados do Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, os três principais mercados foram os países do MERCOSUL. A Colômbia ficou em primeiro lugar, com 1.632 unidades e 33,3% do volume total exportado. A Argentina ficou na segunda posição (1.350 motocicletas e 27,6% das exportações), seguida pelo Uruguai (636 unidades e 6,1%).
No acumulado do ano, as exportações totalizaram 16.955 unidades, retração de 17,4% em relação ao mesmo período de 2022 (20.523 motocicletas).
Ainda segundo dados do Comex Stat, os três principais destinos foram a Colômbia (6.762 motocicletas e 29,1% das exportações), Argentina (6.836 unidades e 27,4%) e Estados Unidos (2.762 motocicletas e 11,9%).
— Os números alcançados nos cinco primeiros meses do ano estão dentro do planejado. Tivemos um mês cheio em maio, com 22 dias úteis, o que nos permite equilibrar melhor a oferta e a demanda por motocicletas—comentou Marcos Antonio Bento, presidente da Abraciclo
— A motocicleta é uma opção ágil e econômica de deslocamento. Além disso, tem vantagens, como menor valor de aquisição e baixo custo de manutenção, o que atraí novos consumidores— continuou.
—A alta das taxas de juros, o acesso ao crédito e a diminuição do poder aquisitivo da população podem frear o crescimento da demanda por motocicletas— destaca o executivo.
— O bom desempenho das vendas no varejo é um reflexo da curva de produção nas unidades fabris, que tiveram produção plena em abril. Com isso, as concessionárias puderam atender ao consumidor que aguarda por uma motocicleta. Dessa forma, estamos reduzindo eventuais filas de espera—observa Marcos.
—A procura pelas motocicletas equipadas com motores mais potentes tem crescido bastante. São consumidores que optam por modelos com mais recursos tecnológicos e usam a motocicleta também para o lazer— concluiu o presidente.