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01/04/2025

Coppe e ORE Catapult firmam acordo em energia eólica offshore

A Coppe/UFRJ e a empresa britânica ORE Catapult firmaram um acordo para pesquisa e desenvolvimento no setor de energia eólica offshore. O foco principal é o projeto piloto de uma plataforma flutuante de concreto projetada para suportar uma turbina de 15 MW, e abrange o desenvolvimento do método construtivo dessas estruturas, o uso de inteligência artificial e Digital Twin na operação e manutenção, além da produção de hidrogênio a partir da energia eólica offshore.

O acordo foi formalizado no dia 24 de março(segunda-feira), durante o Brazil-UK Workshop on Offshore Wind, evento que integra um projeto conjunto financiado pelo Departamento de Ciência, Inovação e Tecnologia do Reino Unido (DSIT). O projeto está sendo desenvolvido na Coppe pelo Grupo de Energias Renováveis no Oceano (Gero), sob a coordenação do professor Milad Shadman, do Programa de Engenharia Oceânica (PEnO).

A diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, elogiou a parceria e destacou as semelhanças entre a Coppe e a ORE Catapult. —Estamos profundamente envolvidos com energias renováveis, especialmente com offshore. Por isso, acredito que teremos muito a realizar juntos nos próximos anos —afirmou.

David Findlay, gerente sênior de Desenvolvimento de Projetos da ORE Catapult, também comemorou a assinatura do acordo: —É ótimo ter essa oportunidade de formalizar esta parceria. Existem muitas sinergias entre a Coppe e a ORE Catapult, e tenho certeza de que surgirão muitas oportunidades para trabalharmos juntos em busca de soluções para desafios do setor—disse.

A ORE Catapult, como destacou Findlay, é uma aceleradora de inovação que conta com grandes estruturas laboratoriais, como a Levenmouth Demonstration Turbine, o Floating Offshore Wind Centre of Excellence e o New and Renewable Energy Centre. A instituição opera instalações de teste avaliadas em 1,4 bilhão de libras e mantém parcerias importantes de pesquisa internacionais, como a Floating Wind Technology Research Association (Flowra) e o Floating Wind Supply Chain Acceleration Programme (Flowb), que visa acelerar a cadeia de suprimentos do setor.

— A ORE Catapult foi a primeira instituição a firmar um acordo com a Flowra, uma associação criada no Japão para reduzir riscos e custos no desenvolvimento de tecnologias de energia eólica flutuante. Acredito que o Brasil e a Coppe poderiam se juntar a esta iniciativa também— sugeriu Findlay.

A ORE Catapult integra uma rede de oito centros de tecnologia e inovação da Innovate UK, com um investimento de £1 bilhão, tanto público quanto privado. Focada em energia eólica offshore, ondas e marés, a ORE Catapult realiza pesquisas prioritárias e colabora com a indústria, o governo e a academia para reduzir o custo da energia renovável offshore.

Além disso, o fortalecimento das relações entre o Brasil e o Reino Unido no setor de energia eólica offshore foi abordado em um evento recente, em Brasília, quando o professor Milad Shadman e a professora Marysilvia Costa participaram do Fórum Brasil-Reino Unido em Energia Eólica Offshore. O evento contou com palestras de representantes dos governos brasileiro e britânico, abordando temas como regulamentação, impactos socioeconômicos e os desafios relacionados à transmissão e distribuição de energia.

Uma conquista relevante para a Coppe foi a indicação do professor Milad Shadman pelo Departamento de Transição Energética (DTE) do Ministério de Minas e Energia para integrar o grupo de trabalho em energia eólica offshore. Este grupo será responsável por definir os próximos passos no desenvolvimento do setor no Brasil, destacando ainda mais o papel de liderança da UFRJ na pesquisa e inovação em energias renováveis no país.