Adversidades econômicas e sociais também fragilizam a saúde mental de quem está no comando e demonstram impasse na gestão corporativa.
Quando se fala em saúde mental no ambiente de trabalho, é comum imaginarmos que os afetados são somente funcionários em submissão, pois representam a maior parte dos registros de burnout, assédio moral, dentre outras situações. No entanto, profissionais que exercem cargos de liderança também são afetados, mesmo quando são CEOs ou empreendedores.
O que se observa é que em um cenário de instabilidade econômica e social, gestores também estão com dificuldade em conduzir o trabalho. Executiva C-level e especialista em liderança, Fabiana Nunes aponta que implementação de avanços tecnológicos, e equilíbrio entre sustentabilidade financeira e práticas sociais são alguns dos principais desafios que os líderes enfrentam atualmente, e sugere transformar ‘caos em ordem’.
Para Fabiana, Isso exige: 1. Visão: Ter clareza sobre o que precisa ser feito e comunicar isso ao time.
2. Agilidade: Ajustar a rota sem perder o rumo.
3. Resiliência: Manter a equipe motivada e focada, mesmo diante da incerteza.
4. Consistência: Tomar decisões alinhadas com valores e propósito.
A especialista ainda afirma que os impactos também refletem nos funcionários, o que chama atenção para uma crise emocional e financeira. Dados recentes do Ministério da Previdência mostram que em 2024, quase meio milhão de trabalhadores foram afastados em razão de transtornos mentais e que a alta também vem refletindo na economia das corporações.
— A crise não é um evento isolado, ela é parte do jogo. Quando se instala, muitos reagem de forma instintiva: cortam custos sem estratégia, tomam decisões no calor do momento ou, pior, paralisam diante da incerteza. Liderar em tempos de crise significa manter o foco no longo prazo enquanto gerenciamos o presente. Significa equilibrar inovação e prudência, sem perder a clareza do que realmente importa— analisa.