—O cenário de maior oferta e menor demanda pressiona os preços do petróleo e impacta diretamente as ações das petroleiras, acendendo um alerta para os investidores — diz Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos
As ações das petroleiras listadas na B3 registraram forte queda esta semana, refletindo a desvalorização da commodity no mercado internacional. Os papeis ordinários da Petrobras (PETR3) recuaram 4,61%, sendo negociados a R$ 37,25, enquanto os preferenciais (PETR4) caíram 3,65%, a R$ 34,62. Outras empresas do setor também sentiram o impacto: Brava Energia (BRAV3) teve a maior baixa, de 8,27%, a R$ 16,52, enquanto PRIO (PRIO3) caiu 2,10%, cotada a R$ 37,37. A queda ocorre em meio ao recuo de até 4% nos preços do petróleo e à decisão da Opep+ de aumentar a produção a partir de abril, ampliando a pressão sobre a commodity. Além disso, as tarifas impostas pelos Estados Unidos contra China, Canadá e México geraram retaliações imediatas, elevando as incertezas sobre o crescimento econômico global e a demanda por energia. —O cenário de maior oferta e menor demanda pressiona os preços do petróleo e impacta diretamente as ações das petroleiras, acendendo um alerta para os investidores —afirma Sidney Lima, analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.
Além da pressão externa gerada pela desvalorização da commodity, as ações da Petrobras já vinham operando em viés de baixa. No fim de fevereiro, a estatal reportou seus resultados de 2024, registrando um tombo de mais de 70% no lucro líquido, que totalizou R$ 36,6 bilhões – uma queda expressiva frente aos R$ 124,6 bilhões do ano anterior. O mercado reagiu negativamente à divulgação, e os papéis preferenciais (PETR4) despencaram 4,82%, para R$ 36,12, enquanto os ordinários (PETR3) recuaram 7,08%, cotados a R$ 38,61. Segundo a empresa, a deterioração do câmbio, com a desvalorização do real frente ao dólar, e efeitos contábeis não recorrentes foram os principais vetores da contração nos resultados. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reconheceu a decepção dos investidores e ressaltou que, sem o impacto da variação cambial, o lucro teria sido de R$ 103 bilhões, em linha com as expectativas mais otimistas do mercado. —A queda expressiva nos lucros da companhia e o medo da intervenção estatal impactam diretamente a confiança do mercado— diz Lima.
Em relação ao “tarifaço” de Donald Trump, mesmo com o adiamento para 2 de abril, o anúncio adiciona um fator de incerteza ao cenário da Petrobras, ainda que o impacto direto sobre seus fundamentos possa ser limitado. Movimentos protecionistas tendem a elevar a percepção de risco, pressionando a volatilidade dos papéis da estatal, sobretudo entre investidores estrangeiros. No curto prazo, o mercado pode reagir com cautela, precificando eventuais dificuldades na comercialização do petróleo brasileiro nos EUA. No entanto, a baixa exposição da Petrobras ao mercado norte-americano e a possibilidade de redirecionamento das exportações minimizam o efeito sobre a geração de caixa e o valuation da companhia. —O impacto é pequeno e está longe de comprometer os fundamentos da Petrobras. O mercado pode reagir no curto prazo, mas a empresa tem alternativas para mitigar qualquer efeito negativo— completa Sidney Lima, analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.
Ouro Preto Investimentos — Há mais de 15 anos no mercado, a Ouro Preto Investimentos é a maior estruturadora de Fidcs do Brasil. Com mais de R$ 12 bilhões em ativos sob gestão, distribuídos atualmente entre 126 fundos de investimento, a empresa realiza cerca de 150 milhões de operações de crédito diariamente, com empresas e instituições financeiras de todo o país, atendendo uma ampla gama de investidores, entre eles: profissionais, qualificados e de varejo. Atualmente, a Ouro Preto estrutura entre 2 e 3 Fidcs todos os meses, para companhias dos mais diversos setores.
Os sócios da gestora acumulam mais de 30 anos de experiência no mercado financeiro e de capitais. João Baptista Peixoto, fundador e especialista em produtos financeiros e gestão de risco, é membro do comitê da Anbima de FII e FIDC e autor do mais completo estudo sobre o mercado de FIDCs brasileiro. Leandro Turaça, por sua vez, possui uma trajetória que inclui passagens pela Real Corretora de Valores, gerência de investimentos no grupo Conquista (Family Office do Grupo Camargo Corrêa), e participação no comitê de investimentos e comissão de ética do Fundo de Pensão Economus (EPFC).
Além disso, em 2019, o fundo multimercado Ouro Preto FIC FIM CP foi agraciado com prêmios por renomadas revistas e jornais, mantendo-se com 5 estrelas consecutivas, ao longo de 5 anos, além de ser reconhecido como o melhor fundo multimercado na categoria de risco-retorno. | www.ouropretoinvestimentos.com.br