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08/03/2025

PIB teve alta de 3,4% em 2024 e fecha 2024 em R$ 11,7 trilhões, diz IBGE

O Produto Interno Bruto(PIB) cresceu 3,4% frente a 2023. A Agropecuária recuou (-3,2%), ao passo que a cresceram Indústria (3,3%) e os Serviços (3,7%). Embora o dado decepcionou as projeções do mercado. A projeção média de analistas consultados pela Reuters era de alta de 0,5% na comparação trimestral e de 4,1% na base anual.

Em valores correntes, o Produto Interno Bruto(PIB) totalizou R$ 11,7 trilhões em 2024. Já o PIB per capita chegou a R$ 55.247,45, com avanço real de 3,0% frente ao ano anterior. A taxa de investimento em 2024 foi de 17,0% do PIB, contra 16,4% em 2023. A taxa de poupança, por sua vez, ficou em 14,5% em 2024, ante 15,0% em 2023. Frente ao terceiro trimestre de 2024, na série com ajuste sazonal, o PIB variou 0,2%. Houve variações positivas na Indústria (0,3%) e nos Serviços (0,1%), enquanto a Agropecuária recuou 2,3%, seguindo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 07 de março (sexta-feira).

Em relação ao quarto trimestre de 2023, o PIB avançou 3,6%, 16º resultado positivo consecutivo nesta comparação. A Agropecuária recuou 1,5%, enquanto a Indústria e os Serviços cresceram 2,5% e 3,4%, respectivamente.

A queda de 3,2% do valor adicionado da agropecuária em 2024 decorreu do fraco desempenho da agricultura, que suplantou a contribuição positiva da Pecuária, Produção Florestal e Pesca. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, efeitos climáticos adversos impactaram várias culturas importantes, ocasionando quedas em suas estimativas anuais de produção, com destaque para a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%).

Na Indústria, o destaque positivo foi a construção com alta de 4,3%, corroborada pelo crescimento da ocupação na atividade, da produção de insumos típicos e da expansão do crédito. Houve elevação das Indústrias de Transformação (3,8%), que foram puxadas, principalmente, pela alta na fabricação: da indústria automotiva e de equipamentos de transporte; máquinas e equipamentos elétricos; produtos alimentícios e móveis. Cresceram também a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%), influenciada pelo aumento das temperaturas médias do ano e as indústrias extrativas (0,5%).

Houve crescimento em todas as atividades que compõem os serviços: informação e comunicação (6,2%), Outras atividades de serviços (5,3%), Comércio (3,8%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,7%), Atividades imobiliárias (3,3%), Transporte, armazenagem e correio (1,9%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,8%).

Pela ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo cresceu 7,3%, devido aos aumentos da produção interna e da importação de bens de capital, além da expansão da construção e do Desenvolvimento de Software.

A despesa de consumo das famílias cresceu 4,8% em relação ao ano anterior puxada pela melhora no mercado de trabalho, pelo aumento do crédito e pelos programas governamentais de transferência de renda. A Despesa do Consumo do Governo, por sua vez, cresceu 1,9%.

No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 2,9%, enquanto as importações de bens e serviços subiram 14,7%. Os destaques da pauta de importações foram: produtos químicos; máquinas e aparelhos elétricos; veículos automotores; máquinas e equipamentos e serviços.

PIB varia 0,2% em relação ao terceiro trimestre de 2024 — No quarto trimestre de 2024, o PIB apresentou variação positiva de 0,2% contra o trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. A indústria variou 0,3%, os Serviços apresentaram variação positiva de 0,1%, enquanto a Agropecuária recuou 2,3%, respectivamente.

Entre as atividades industriais, houve crescimento na construção (2,5%), nas Indústrias de Transformação (0,8%) e nas indústrias extrativas (0,7%). Já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,2%) registrou queda.

Nos serviços, as atividades de transporte, armazenagem e correio (0,4%) e comércio (0,3%) registraram variação positiva. Houve estabilidade para Atividades imobiliárias (0,1%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,0%) e Outras atividades de serviços (-0,1%). Já as Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,3%) e Informação e comunicação (-0,4%) apresentaram resultados negativos.

Pela ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo variou 0,4% e a despesa de consumo do governo cresceu 0,6%, ao passo que houve queda da Despesa de Consumo das Famílias (-1,0%).

No setor externo, na mesma comparação, as exportações de bens e serviços recuaram 1,3%, enquanto as Importações de Bens e Serviços mostraram variação negativa (-0,1%).

O Ministério da Fazenda também acredita, inicialmente, que o crescimento da economia brasileira na casa de 2% neste ano. A Secretaria de Política Econômica da pasta projeta expansão de 2,3%.

— No primeiro trimestre de 2025, o ritmo de crescimento deverá voltar a subir na margem, desacelerando em seguida. A expansão da atividade agropecuária deverá ser na casa de dois dígitos, repercutindo principalmente a colheita recorde de soja— diz um trecho de nota divulgada pelo Ministério da Fazenda.