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08/03/2025

Dia Internacional da Mulher

O papel transformador do setor têxtil no empoderamento feminino no Brasil.

A indústria têxtil e de confecção representa um setor estratégico para o empoderamento da mulher no País. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o setor congrega um expressivo conjunto de 24 mil empresas espalhadas pelo território nacional, mantém aproximadamente 1,3 milhão de postos de trabalho diretos e se destaca pela notável participação feminina, que alcança 75% do total de colaboradores.

Tal predominância transforma o setor em um vetor essencial para a independência econômica das mulheres brasileiras, como enfatiza Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente e presidente emérito da Abit: —A autossuficiência financeira é fundamental para que tenham autonomia e ocupem cada vez mais espaços de destaque na sociedade—.

A Abit reforça seu compromisso com a igualdade de gênero e diversidade por meio de iniciativas estruturadas. O Documento Têxtil 2030, recentemente atualizado, estabelece diretrizes alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), incorporando práticas de governança ambiental, social e corporativa (ESG) em toda a cadeia produtiva e promovendo ativamente princípios de equidade e respeito à diversidade em todas as suas manifestações. Pimentel ressalta: “É fundamental que nossa atividade atenda cada vez mais às exigências crescentes da sociedade, da agenda do clima e mitigação das desigualdades. Além de ser uma responsabilidade perante o Brasil e o mundo, a aderência às boas práticas proporciona ganhos de competitividade”.

O panorama da participação feminina na manufatura brasileira mostra evolução consistente. As mulheres já representam 25% da força de trabalho na indústria de transformação como um todo e sua presença em posições de liderança cresceu de 24% para 31,8% entre 2008 e 2021. Este avanço de 32,5% nas funções de gestão superou em três vezes a média dos demais setores econômicos (9,8%). Seis em cada dez indústrias brasileiras implementam programas estruturados de promoção da igualdade de gênero, com 61% delas mantendo essas iniciativas há mais de cinco anos.

O setor têxtil e de confecção, ao figurar entre os maiores empregadores da manufatura nacional, desempenha papel fundamental na transformação do panorama de gênero no ambiente corporativo brasileiro. Tal protagonismo não apenas fortalece a independência econômica das mulheres, mas também contribui para a construção de uma sociedade mais equitativa e inclusiva. Como conclui Pimentel: “É gratificante observar que o setor têxtil e de confecção tem sido um dos responsáveis pelo progresso na igualdade de gênero no contexto da indústria e da economia de nosso País”.