A empresa projeta investimentos de R$ 3,6 bilhões na área que será destinada à construção de um terminal de armazenagem e movimentação de granéis sólidos minerais. O local conhecido como “Porto do Meio” terá a capacidade de movimentar 20 milhões de toneladas por ano em uma área de aproximadamente 350 mil metros quadrados. A empresa será a primeira mineradora 100% brasileira a verticalizar as operações e pretende investir R$ 3,6 bilhões no projeto. As obras vão iniciar em 2027 e o início das operações é esperado para 2029.
A Cedro Participações assinou no dia 21 de fevereiro (sexta-feira) o contrato de concessão do Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro. O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, Francisco Martins, além de outras autoridades e representantes do setor.
Durante a cerimônia, o presidente do Conselho de Administração da Cedro Participações, Lucas Kallas, destacou a importância do porto para aumentar a competitividade da atividade mineral brasileira.
—Essa nova rota aumentará a competitividade da mineração brasileira no cenário global e, ao mesmo tempo, trará benefícios significativos para o meio ambiente e para a infraestrutura do país. Com ela, retiraremos cinco mil carretas por dia das estradas e reduziremos em mais de 40 mil toneladas as emissões de CO2 —afirmou.
A empresa projeta investimentos de R$ 3,6 bilhões na área que será destinada à construção de um terminal de armazenagem e movimentação de granéis sólidos minerais. O local conhecido como “Porto do Meio” terá a capacidade de movimentar 20 milhões de toneladas por ano em uma área de aproximadamente 350 mil metros quadrados.
O novo empreendimento consolidará o Porto de Itaguaí como um dos principais polos exportadores de minério de ferro do Brasil, dominadas por cargas de minério de ferro trazidos do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais.
—Investiremos R$ 3,6 bilhões apenas no novo terminal portuário, que vai gerar 2,8 mil empregos diretos e indiretos, durante sua construção. E mais 2,8 mil quando entrar em operação, gerando renda e impulsionando o desenvolvimento social das comunidades no entorno. O ramal e o terminal ferroviário irão demandar ainda mais de R$1,5 bilhão em investimentos privados— afirmou Lucas Kallas.
— Além das obras no porto fluminense, a empresa vai construir um ramal ferroviário de 26 quilômetros em Serra Azul (MG) para facilitar o escoamento de até 25 milhões de toneladas de minério de ferro, boa parte para exportação via Itaguaí— lembrou o presidente do Conselho de Administração da Cedro, Lucas Kallas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a Cedro e a coragem de Lucas Kallas em investir no país: —Eu queria agradecer ao empresário Lucas que resolveu fazer investimento aqui. E o empresário Lucas, desde que foi levado na minha sala dizendo que queria fazer investimentos em mineração do país, descobri na hora que estava conversando com um empresário sério, que ama o Brasil, torce pelo crescimento do Brasil —afirmou.
A Cedro também usará o terminal para exportar o pellet feed, um minério de ferro de alta qualidade capaz de reduzir em até 50% as emissões de carbono na indústria siderúrgica.
Para Fabiano Carvalho, vice-presidente Comercial, Estratégia e Projetos da Cedro Participações, a operação do terminal se encaixa dentro dos compromissos da empresa com a mineração sustentável.
—Esse porto tem tudo a ver com sustentabilidade, ele vai respeitar todas as melhores práticas ambientais na sua construção e na sua operação e, além disso, vai permitir que o minério de alta qualidade seja exportado e embarcado do Brasil para o Oriente Médio e Ásia —afirmou.
As obras vão iniciar em 2027 e o início das operações é esperado para 2029. O investimento coloca a Cedro Participações como a primeira mineradora de ferro 100% brasileira e de capital fechado a verticalizar a operação e ter uma saída para o mar.
O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou o desenvolvimento que as obras da construção do terminal vão trazer para a região de Itaguaí.
—Esse é o maior leilão da história portuária do Brasil, investimentos no primeiro momento de R$ 3,6 bilhões que ao longo dos anos vai chegar a quase R$ 10 bilhões em investimentos. Isso significa dizer que agora na fase da obra serão gerados 2.800 empregos diretos e indiretos, trazendo oportunidades para o povo da região—afirmou.
Francisco Martins, diretor-presidente da PortosRio, destacou em seu discurso as conquistas da empresa no último ano, como a maior execução orçamentária de sua história, a entrega das obras de dragagem do Porto do Rio de Janeiro e do cais da Gamboa, além do crescimento recorde na movimentação de cargas. Sobre a concessão do terminal ITG02, Martins afirmou:
—A PortosRio segue avançando com investimentos estratégicos como o ITG02. Esse terminal, com R$ 3,6 bilhões em investimentos, fortalece a infraestrutura portuária do Rio de Janeiro e amplia nossa competitividade no cenário internacional, contribuindo para a geração de milhares de empregos e para o crescimento sustentável do Porto de Itaguaí—.
A superintendente substituta de Gestão Portuária de Itaguaí e Angra dos Reis, Julia Crisóstomo ressaltou a relevância do momento para o Porto de Itaguaí, que é hoje, o segundo maior porto público em movimentação do Brasil. Com esse investimento da Cedro, crescerá ainda mais e se consolidará como um dos principais portos do país, sempre com alto nível de excelência— concluiu.