navio-cais-comex

08/02/2025

Balança comercial registrou superávit de US$ 2,16 bilhões: queda de 65,1%, diz MDIC

E a corrente de comércio aumentou 2,1%, alcançando US$ 48,20 bilhões.

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$2,164 bilhões em janeiro, mostraram dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) no dia 07 de fevereiro (sexta-feira), uma queda de 65,1% em relação ao mesmo período de 2024, em meio a importações recordes para o mês.

Exportações — Em janeiro de 2025, o desempenho dos setores foi o seguinte: queda de -10,1% em Agropecuária, que somou US$ 3,79 bilhões; queda de -13,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 7,07 bilhões e, por fim, crescimento de 0,1% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 14,18 bilhões. A combinação destes resultados levou a queda do total das exportações.

A retração das exportações foi puxada, principalmente, pela queda nas vendas dos seguintes produtos: trigo e centeio, não moídos (-39%), Milho não moído, exceto milho doce (-29,9%) e Soja (-70,1%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-22%), Minérios de cobre e seus concentrados (-19,5%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-8,3%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (-41,5%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-35,1%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-20,7%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de queda, os seguintes produtos registraram aumento nas vendas: animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (243,2%), Café não torrado (79,4%) e Algodão em bruto (47,5%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) (48%), Pedra, areia e cascalho (33,6%) e Linhita e turfa (36,4%) na Indústria Extrativa ; Carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (21,9%), Celulose (44,2%) e Alumina (óxido de alumínio), exceto corindo artificial (147,7%) na Indústria de Transformação.

Importações — Em janeiro de 2025, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: crescimento de 20,3% em Agropecuária, que somou US$ 0,62 bilhões; queda de -9,1% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,10 bilhões e, por fim, crescimento de 13,4% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 21,14 bilhões. A combinação destes resultados motivou ao aumento das importações.

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (16,8%), Cacau em bruto ou torrado (405,3%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (129,6%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho (23,3%), Outros minerais em bruto (10,5%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (2,3%) na Indústria Extrativa ; Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (56,7%), Geradores elétricos giratórios e suas partes (98,5%) e Partes e acessórios dos veículos automotivos (20,3%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Milho não moído, exceto milho doce (-6,9%), Tabaco em bruto (-89,3%) e Soja (-60,4%) na Agropecuária; Outros minérios e concentrados dos metais de base (-46,3%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-21,8%) e Gás natural, liquefeito ou não (-14,6%) na Indústria Extrativa ; Arroz sem casca ou semi elaborado, polido, glaceado, quebrado, parbolizado ou convertido (-53,8%), Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (-11%) e Veículos automóveis de passageiros (-37,7%) na Indústria de Transformação.

Principais Parceiros Comerciais: Argentina — As exportações para a Argentina, no mês de janeiro de 2025, cresceram 57,9% e somaram US$ 1,21 bilhões. As importações aumentaram 11,2% e totalizaram US$ 0,89 bilhões. Logo, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 0,33 bilhões e a corrente de comércio aumentou 34,1% alcançando US$ 2,10 bilhões.

União Europeia — As vendas para a União Europeia, cresceram 28,3% e chegaram US$ 3,98 bilhões. As importações aumentaram 2,1% e totalizaram US$ 4,07 bilhões. Assim, a balança comercial com este bloco resultou num déficit de US$ -0,09 bilhões e a corrente de comércio aumentou 13,6% alcançando US$ 8,05 bilhões.

Estados Unidos — As exportações para os Estados Unidos, em janeiro de 2025, caíram -4,3% e somaram US$ 3,21 bilhões. As importações aumentaram 7,6% e chegaram a US$ 3,44 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num déficit de US$ -0,23 bilhões e a corrente de comércio registrou aumento de 1,5% alcançando US$ 6,66 bilhões.

China, Hong Kong e Macau — As exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de janeiro de 2025, caíram -29,7% e somaram US$ 5,58 bilhões. As importações aumentaram 18,3% e totalizaram US$ 6,14 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou déficit de US$ -0,56 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -10,7% alcançando US$ 11,71 bilhões.