Alta nas indenizações em SP reflete crescimento nas exportações.
Os portos brasileiros exercem um papel essencial na exportação nacional, sendo os principais pontos de escoamento da produção para o mercado internacional. Atualmente, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o Brasil conta com 380 terminais portuários, sendo 210 privados e 170 públicos, com destaque para o Porto de Santos, o maior da América Latina e um dos pilares do comércio exterior do país. Em meio a esse cenário de intenso fluxo de mercadorias, o Seguro Embarcador Internacional se torna uma ferramenta indispensável para minimizar riscos e oferecer segurança financeira aos exportadores.
Um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), em parceria com a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), destacou a relevância do produto em 2024. De janeiro a outubro, foram pagos R$ 224,1 milhões em indenizações de contratos de seguro no estado de São Paulo, um aumento expressivo de 164,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em arrecadação, São Paulo também liderou, totalizando R$ 403,6 milhões, alta de 2,1%, valor que é quase quatro vezes maior que o do Rio de Janeiro, segundo colocado, com R$ 117,8 milhões. No total, as seguradoras arrecadaram R$ 805,2 milhões com o Seguro Embarcador Internacional em todo o Brasil no período.
O crescimento do pagamento de indenizações no estado de São Paulo pode estar relacionado ao aumento na circulação de cargas pelo Porto de Santos. Em outubro de 2024, o porto alcançou a maior movimentação já registrada na série histórica para o mês, com 15,5 milhões de toneladas, um aumento de 8,4% em relação a outubro de 2023. No acumulado do ano, entre janeiro e outubro, foram movimentadas 153 milhões de toneladas, crescimento de 7,7% em comparação a igual período do ano anterior. As exportações somaram 10,9 milhões de toneladas em outubro, alta de 1,4%, enquanto as importações subiram 30%, atingindo 4,6 milhões de toneladas.
O Seguro do Embarcador Internacional oferece a garantia de que o exportador será indenizado em caso de algum dano de causa externa, como avarias nas mercadorias, extravio ou outros eventos que possam comprometer a entrega da mercadoria ao comprador no exterior. O produto ajuda a mitigar os riscos financeiros, garantindo que o exportador não sofra grandes perdas caso aconteça algo durante o transporte internacional.
Especialistas reforçam a importância do Seguro do Embarcador Internacional para empresas que utilizam o Porto de Santos como principal canal de escoamento. Segundo Fernando Simões, diretor-executivo do Sindicato das Seguradoras de São Paulo (Sindseg SP), —a contratação desse tipo de seguro é vital para assegurar a integridade das mercadorias e proteger as operações financeiras das empresas, especialmente diante do aumento no volume de movimentações portuárias e dos riscos associados ao transporte internacional—
Para o presidente da Comissão de Transporte da FenSeg, Marcos Siqueira, esse seguro desempenha um papel fundamental na proteção das operações logísticas globais, assegurando que a carga transportada esteja protegida contra danos ou perdas inesperadas durante o trajeto.—Esse produto oferece uma cobertura financeira essencial para exportadores e importadores, garantindo a segurança dos negócios e a continuidade das operações comerciais em um mercado global cada vez mais dinâmico e desafiador. Com o Porto de Santos operando a todo vapor, o seguro se torna um aliado indispensável ao reduzir riscos e garantir a estabilidade das transações internacionais —diz.
Outra solução relevante para exportadores é o Seguro Crédito à Exportação, que garante indenização em caso de inadimplência por parte de compradores estrangeiros. Nos dez primeiros meses de 2024, esse produto arrecadou mais de R$ 53,5 milhões em São Paulo e pagou cerca de R$ 8,1 milhões em indenizações, correspondendo a 57% e 58,1% do total nacional, respectivamente. No Brasil, as arrecadações com Seguro Crédito à Exportação somaram R$ 93,8 milhões, enquanto os pagamentos totalizaram R$ 14,0 milhões no período.
Simões acrescenta que —a integração de uma infraestrutura portuária eficiente com ferramentas como o Seguro do Embarcador Internacional e o Seguro Crédito à Exportação é crucial para aumentar a competitividade do Brasil no comércio exterior, além de assegurar a sustentabilidade das operações das empresas exportadoras—.