Sabemos que transporte e logística compõem insumo importante do processo produtivo – aliás, são eles os maiores responsáveis pelo chamado ‘Custo Brasil’. Por isso, a transformação digital pela qual passam as mais variadas atividades econômicas chegou também à gestão de frotas.
Graças a inovações tecnológicas, é possível hoje monitorar em tempo real, por meio de recursos como telemetria e câmera veicular, o desempenho dos veículos e o comportamento dos motoristas. Controle de abastecimento, desgaste de pneus, planejamento de manutenção preventiva, entre outros itens, são realizados de forma automatizada, centralizada e on-line.
Toda essa estrutura tecnológica e, mais ainda, todo o arsenal de dados e informações possíveis de serem gerados com tais tecnologias emergentes municiam o gestor de frota de condições para tomar decisões rápidas e assertivas. O gestor de frota adquire novo classificação na estrutura organizacional.
Ou seja, o gestor de frotas não é mais aquele profissional apenas responsável por cuidar dos veículos de uma empresa. Ele se torna, de fato, um gestor. A tecnologia faz para esse profissional as tarefas operacionais e manuais: planilhas, cálculos, relatórios ficam com as ferramentas. Ao gestor, cabem ações estratégicas.
É dizer, temos um processo de empoderamento do gestor de frotas. Suas iniciativas e decisões vão além de providências pontuais, solucionar um problema aqui e ali. O profissional assume a função de planejar, acompanhar, intervir, agir para o efetivo funcionamento da frota sob sua responsabilidade.
Esse empoderamento ocorre não somente nas empresas especificamente de transporte e logística, como transportadoras, companhias de viação e afins. Qualquer empreendimento que tenha veículos, próprios ou terceiros, para entregas ou realização de serviços, demanda por uma gestão de frotas eficiente, tecnologicamente avançada. Nesses casos, o gestor é igualmente estratégico.
A figura do profissional responsável pela frota se alça tão importante quanto a de outros executivos na organização. Um gestor de frotas deve entender de veículos, de tecnologia e de planejamento estratégico. De sua atuação depende o combate a desperdícios, redução de custos impactantes, e a mitigação de riscos de sinistros e segurança.
Como dissemos, as inovações tecnológicas, como videotelemetria, permitem, por exemplo, monitorar on-line, em tempo real, o comportamento de condutores em ruas e estradas. A tecnologia alerta o motorista quando do uso do celular ao volante, quando de ações e reações que denotam distração, fadiga e sono. Evita, pois, infrações e acidentes, que podem custar vidas.
Vê-se, portanto, que as tecnologias emergentes não significam uma substituição da inteligência humana na gestão de frota. Pelo contrário, elas vêm para ser aliada do profissional no desempenho de suas funções. A combinação tecnologia de ponta com gestores hábeis, competentes e comprometidos é decisiva para a atividade fim de uma empresa, e para sua sustentabilidade econômico-financeira.
• Por: Victor Cavalcanti e Vitor Reis, respectivamente CEO e COO da Infleet, empresa de soluções em tecnologia para a gestão de frotas. | https://infleet.com.br