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17/12/2024

Produção brasileira de aço bruto registra 31,2 milhões/t nos 11M24, diz IABr

Aumento de 5,6% frente ao mesmo período do ano anterior. . Em novembro a produção foi de 2,8 milhões de toneladas,, crescimento de 1,9% ante o mesmo período em 2023. As exportações tanto em volume quanto em valores no acumulado do ano, e no mês de novembro tiveram queda. O IABr prevê a produção de aço bruto no Brasil terminando 2024 com 33,8 milhões de toneladas, um crescimento de 5,5% ante 2023.

A produção brasileira de aço bruto foi de 2,8 milhões de toneladas, um crescimento de 1,9% frente ao apurado no mesmo mês de 2023. Já a produção de laminados foi de 1,9 milhão de toneladas, 6,2% superior à registrada em novembro de 2023. A produção de semiacabados para vendas foi de 833 mil toneladas, um aumento de 4,3% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2023, dados informados no dia 16 de dezembro(segunda-feira), durante apresentação das previsões em coletiva de imprensa, por Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Aço Brasil (IABr),

Consumo e vendas — As vendas internas cresceram 10,2% frente ao apurado em novembro de 2023 e totalizaram 1,8 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,2 milhões de toneladas, 8,9% superior ao apurado no mesmo período de 2023.

Exportações — As exportações de novembro de 2024 foram de 501 mil toneladas, ou US$ 429 milhões, o que resultou em queda de 47,5% e de 40,0%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2023.

Importações — As importações de novembro de 2024 foram de 387 mil toneladas e de US$ 373 milhões, um aumento de 8,7% em quantum e queda de 7,2% em valor na comparação com o registrado em novembro de 2023.

Produção nos 11 meses de 2025— A produção brasileira de aço bruto foi de 31,2 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a novembro de 2024, o que representa um aumento de 5,6% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 21,9 milhões de toneladas, crescimento de 8,2% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2023. A produção de semiacabados para vendas totalizou 8,3 milhões de toneladas de janeiro a novembro de 2024, uma redução de 5,6% na mesma base de comparação.

Vendas — As vendas internas foram de 19,6 milhões de toneladas de janeiro a novembro de 2024, o que representa um crescimento de 8,7% quando comparadas com igual período do ano anterior.

Consumo — O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 24,2 milhões de toneladas no acumulado até novembro de 2024. Este resultado representa um aumento de 9,6% frente ao registrado no mesmo período de 2023.

Exportações — As exportações de janeiro a novembro de 2024 atingiram 8,9 milhões de toneladas, ou US$ 7,1 bilhões. Esses valores representam, respectivamente, redução de 18,5% e de 22,3% na comparação com o mesmo período de 2023.

Importações — As importações alcançaram 5,6 milhões de toneladas no acumulado até novembro de 2024, um aumento de 24,4% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 5,4 bilhões e avançaram 1,6% no mesmo período de comparação.

A distribuição regional da produção de aço bruto mensal e acumulado do ano e, distribuição regional da produção de semiacabados e laminados, mensal e acumulado do ano, teve destaque, respectivamente nesta ordem: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santos e São Paulo.

A produção mundial de aço bruto, respectivamente nesta ordem, os primeiros nove países: China; Índia; Japão ; Estados Unidos; Rússia; Coréia do Sul; Alemanha; Turquia e, Brasil.

Previsão — De acordo com o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil(IABr), Marco Polo de Mello Lopes, a produção de aço bruto no Brasil deve terminar 2024 em 33,8 milhões de toneladas, alta de 5,5% ante 2023.

Já para 2025 estima  produção de aço bruto do Brasil deve cair 0,6%, para 33,58 milhões de toneladas, enquanto as vendas no mercado interno deverão recuar 0,8%, para 21 milhões de toneladas.

Segundo executivo a “Defesa Comercial”( sistema de cotas e tarifas de 25% adotadas pelo Brasil no final de abril) ajudou a conter a entrada de material importado no país este ano, mas não cumpriu objetivo de conseguir uma redução. De janeiro a novembro, as importações de aço pelo Brasil dispararam 24,4% sobre um forte volume registrado em 2023, para 5,6 milhões de toneladas.

Expectativas para 2025 — 2025 ainda guarda muitas expectativas em torno de novos produtos no sistema de proteção, vem aí o mandato de Donald Trump, e esperam continuidade no sistema adotado no seu primeiro mandato, —o que funcionava muito bem — observou Mello. E ainda em 2025, a questão macroeconômica do Brasil, dos problemas da defesa comercial, o setor siderúrgico ainda deve enfrentar nos próximos anos aumento de custos a serem gerados pela aprovação do mercado de carbono pelo país.

— O Brasil ainda precisa dar detalhamento para a lei que cria o mercado de carbono para que ele possa entrar em vigor no país, mas isso deveria ocorrer mediante o controle da entrada de aço importado que tenha uma pegada de carbono maior que a cobrada dos produtores brasileiros no sistema sancionado na semana passada — observou  Maria Cristina Yuan, diretora de assuntos institucionais do IABr.

— Estamos buscando junto ao governo a implementação de uma taxa de pegada de carbono na fronteira. A União Europeia implementou isso. Sem isso, há risco de destruição da produção nacional — disse a executiva.

— A indústria do Aço vai ter de acessar o mercado de carbono porque é muito difícil reduzir as emissões— continuou Yuan. — O setor terá que comprar créditos de carbono para se adequar à legislação de emissões— conclui.

Estima-se cerca de R$ 180 bilhões para que o setor siderúrgico brasileiro atinja a neutralidade de emissões de carbono até 2050.

— Não vamos assumir metas que não sejam factíveis— disse o presidente do Aço Brasil.

— Ninguém duvida de que o mundo está de cabeça para baixo na questão ambiental, mas precisamos de responsabilidades comuns, mas diferenciadas — disse o executivo.

O setor siderúrgico brasileiro representa 4% das emissões de carbono do país enquanto na média mundial a taxa é de 7%— finalizou Mello Lopes.