navio-cargueiro-e-rebocador

06/12/2024

Superávit da balança comercial brasileira registra US$ 7,03 bilhões em novembro, diz Secex/MIDIC

Queda de 20% em relação ao mesmo mês do ano passado. Nos 11 meses do ano a balança somou US$ 69,86 bilhões, queda de 22% ante o mesmo período no ano passado. As exportações brasileiras permaneceram praticamente estáveis em relação ao mesmo mês em 2023. As importações cresceram quase 10% no período. No acumulado do ano, as exportações apresentou estabilidade , quando comparadas ao mesmo período de 2023. Já as importações seguem em ritmo de alta, teve avanço de 9,5% no valor e de 18,1% no volume importado para o Brasil nos 11 meses. Destaque para os maiores parceiros comerciais do Brasil, Argentina, EUA, União Européia, China, Hong Kong e Macau.

Em novembro de 2024, comparado a igual mês do ano anterior, as exportações cresceram 0,5% e somaram US$ 28,02 bilhões. As importações cresceram 9,9% e totalizaram US$ 20,99 bilhões. Assim, a balança comercial registrou superávit de US$ 7,03 bilhões, com queda de -20,0%, e a corrente de comércio aumentou 4,3%, alcançando US$ 49,01 bilhões, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)  .

No acumulado de janeiro a novembro 2024, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações cresceram 0,4% e somaram US$ 312,27 bilhões. As importações cresceram 9,5% e totalizaram US$ 242,41 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 69,86 bilhões com queda de -22%, nte o meso período no ano passado, e a corrente de comércio registrou aumento de 4,2%, atingindo US$ 554,69 bilhões.

Exportações — Em novembro de 2024, o desempenho dos setores foi o seguinte: queda de -25,2% em Agropecuária, que somou US$ 4,51 bilhões; crescimento de 1,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 7,59 bilhões e, por fim, crescimento de 10,5% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 15,73 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Café não torrado (86,5%), Sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras (337,1%) e Algodão em bruto ( 10,3%) na Agropecuária; Minérios de cobre e seus concentrados (115,9%), Outros minérios e concentrados dos metais de base (165,1%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 1,9%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada ( 28,6%), Celulose (31,4%) e Ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) (115,0%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Milho não moído, exceto milho doce (-41,3%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-28,2%) e Soja (-59,2%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-43,7%), Minério de ferro e seus concentrados ( -9,8%) e Minérios de metais preciosos e seus concentrados ( -84,1%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (-15,8%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-24,0%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-56,9%) na Indústria de Transformação.

Acumulado no ano — No acumulado de janeiro a novembro 2024, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: queda de -10,2% em Agropecuária, que somou US$ 68,52 bilhões; crescimento de 6,5% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 75,94 bilhões e, por fim, crescimento de 3,0% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 166,18 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

Esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (46,4%), Café não torrado (58%) e Algodão em bruto (89,6%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados ( 2%), Minérios de cobre e seus concentrados (21%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (9,5%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (24,7%), Açúcares e melaços (25,8%) e Celulose (33,7%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Arroz com casca, paddy ou em bruto (-51,2%), Milho não moído, exceto milho doce (-40,5%) e Soja (-17,9%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-28,2%), Minérios de níquel e seus concentrados (-20,9%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-21,3%) na Indústria Extrativa ; Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-14,3%), Gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (-49,3%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-26,9%) na Indústria de Transformação.

Importações — Em novembro de 20024, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: crescimento de 19,3% em Agropecuária, que somou US$ 0,42 bilhões; estabilidade de 0,0% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,16 bilhões e, por fim, crescimento de 10,4% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 19,24 bilhões. A combinação destes resultados motivou ao aumento das importações.

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos ( 21,2%), Milho não moído, exceto milho doce ( 29,1%) e Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (17,5%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho ( 38,9%), Outros minerais em bruto ( 25,8%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 26,4%) na Indústria Extrativa ; Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas ( 25,9%), Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (31,2%) e Veículos automóveis para transporte de mercadorias e usos especiais ( 44,9%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Centeio, aveia e outros cereais, não moídos (-54,8%), Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-23,5%) e Especiarias (-20,9%) na Agropecuária; Outros minérios e concentrados dos metais de base (-12,8%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-53,5%) e Gás natural, liquefeito ou não (-17,9%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-24,4%), Maquinaria de papel e celulose, máquinas de corte de papel e fabricação de artigos de papel, e suas partes (-80,7%) e Veículos automóveis de passageiros (-14,3%) na Indústria de Transformação.

Acumulado no ano — No acumulado de janeiro a novembro de 2024, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 25,6% em Agropecuária, que somou US$ 5,18 bilhões; expansão de 1,7% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 15,45 bilhões e crescimento de 9,9% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 220,12 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das importações.

Esta conjuntura de crescimento nas importações foi influenciada pelo crescimento das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (27,4%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (34,1%) e Soja (321%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (8,1%), Outros minérios e concentrados dos metais de base (3,6%) e Gás natural, liquefeito ou não (103,7%) na Indústria Extrativa ; Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (29,9%), Veículos automóveis de passageiros (51,8%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (47,1%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Café não torrado (-68,1%), Cacau em bruto ou torrado (-7,4%) e Algodão em bruto (-18%) na Agropecuária; Minérios de cobre e seus concentrados (-100%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-21,5%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-4,1%) na Indústria Extrativa ; Coques e semi-coques, incluindo resíduos de hulha, de linhita ou de turfa, e carvão de retorta (-41,9%), Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-8,6%) e Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-5,9%) na Indústria de Transformação.

Principais Parceiros Comerciais: Argentina — As exportações para a Argentina, no mês de novembro de 2024, cresceram 30,9% e somaram US$ 1,27 bilhões. As importações aumentaram 24,8% e totalizaram US$ 1,19 bilhões. Logo, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 0,08 bilhões e a corrente de comércio aumentou 27,9% alcançando US$ 2,47 bilhões.

No período acumulado de janeiro a novembro de 2024, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para a Argentina caíram -21,4% e atingiram US$ 12,48 bilhões. As importações cresceram 11,0% e chegaram US$ 12,34 bilhões. Com isto, neste período, a balança comercial para este país apresentou saldo positivo de US$ 0,15 bilhões e a corrente de comércio reduziu-se em -8,0% totalizando US$ 24,82 bilhões.

Estados Unidos — As exportações para os Estados Unidos, em novembro de 2024, cresceram 7,1% e somaram US$ 3,64 bilhões. As importações aumentaram 17,3% e chegaram a US$ 3,05 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num superávit de US$ 0,60 bilhões e a corrente de comércio registrou aumento de 11,5% alcançando US$ 6,69 bilhões.

No acumulado de janeiro a novembro de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos cresceram 9,3% e atingiram US$ 36,57 bilhões. As importações cresceram 6,9% e totalizaram US$ 37,36 bilhões. Dessa forma, neste período, a balança comercial para este país apresentou déficit de US$ -0,79 bilhões e a corrente de comércio aumentou 8,1% chegando a US$ 73,93 bilhões.

União Europeia — As vendas para a União Europeia, cresceram 18,9% e chegaram US$ 4,57 bilhões. As importações aumentaram 1,1% e totalizaram US$ 3,50 bilhões. Assim, a balança comercial com este bloco resultou num superávit de US$ 1,07 bilhões e a corrente de comércio aumentou 10,5% alcançando US$ 8,08 bilhões.

No período acumulado de janeiro a novembro de 2024, em relação a igual período do ano anterior, as exportações para a União Europeia cresceram 6,5% e atingiram US$ 45,05 bilhões. As importações cresceram 3,8% e totalizaram US$ 43,51 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial com este bloco comercial apresentou superávit de US$ 1,54 bilhões e a corrente de comércio aumentou 5,1% somando US$ 88,57 bilhões.

China, Hong Kong e Macau — As exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de novembro de 2024, caíram -31,3% e somaram US$ 6,19 bilhões. As importações aumentaram 23,6% e totalizaram US$ 5,58 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 0,61 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -13,0% alcançando US$ 11,78 bilhões.

No período de janeiro a novembro 2024, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para China, Hong Kong e Macau caíram -6,1% e atingiram US$ 90,86 bilhões. As importações cresceram 20,6% e totalizaram US$ 59,40 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial apresentou superávit de US$ 31,46 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 2,9% somando US$ 150,25 bilhões.