58% delas já registram informações em tempo real, diz pesquisa da Totvs. O estudo Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) do Agro também revelou que, na divisão por porte, as empresas clientes da Totvs estão mais avançadas no processo de digitalização.
Empresas de grande porte do agronegócio apresentam maior maturidade tecnológica, revela o Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) do Agro, estudo que avalia a internalização e a performance no uso de sistemas integrados de gestão e tecnologias específicas para o setor. Na divisão por porte do levantamento, as grandes empresas obtiveram média de 0,63 — em uma escala de 0 a 1 —, ficando acima da média geral do agronegócio, que foi de 0,58. O estudo foi realizado pela Totvs, maior empresa de tecnologia do Brasil, em parceria com a h2r insights & trends.
—Ainda que o porte não seja o único fator determinante na produtividade tecnológica das companhias, o estudo evidencia que as grandes empresas do agronegócio estão liderando a digitalização do segmento, principalmente por conta de uma maior disponibilidade de recursos e infraestrutura. Por isso, é importante entender o papel dessas grandes organizações de incentivar e fomentar que todo o ecossistema do agronegócio brasileiro invista em digitalização. As empresas do setor já consideram a relevância do ERP para a sua produtividade, mas sem dúvida ainda existem muitas oportunidades a serem exploradas, especialmente nos negócios de menor porte —comenta Fabricio Orrigo, diretor de produtos para Agro da Totvs .
De acordo com a pesquisa, o bom desempenho das empresas de grande porte no Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) ocorreu devido a algumas características específicas apresentadas por estas companhias. As condições internas para o uso de sistemas de gestão, a digitalização dos processos agrícolas, a organização das informações e a automação dos equipamentos aumentam de acordo com o porte das empresas.
Em relação à internalização dos sistemas e engajamento das equipes, que corresponde a fatores como a capacitação e treinamento dos times, as companhias de grande porte também se destacaram: 41% delas afirmaram ter funcionários capacitados para lidar com esses sistemas, 45% disseram ter um time de funcionários com a função de ensinar à equipe e 36% afirmam que está utilizando todo o potencial dos sistemas e soluções.
Analisando-se o uso de tecnologia para o registro de informações e operações no campo, pode-se observar que 58% das empresas de grande porte registram as informações em tempo real, um número bem acima do percentual registrado nos outros portes: pequeno (36%), médio (15%), médio-grande (44%).
A pesquisa também mostrou que as organizações do agronegócio que são clientes da Totvs estão mais avançadas em seus processos de digitalização. Clientes Totvs possuem a média do IPT acima das outras empresas do mercado em todos os portes, com exceção das grandes empresas, no qual o percentual manteve-se o mesmo (0,63). Enquanto os clientes da companhia obtiveram as médias do IPT de 0,58 (pequeno porte), 0,60 (médio porte) e 0,59 (médio-grande porte), as outras empresas do mercado registraram o desempenho de 0,52 em todos estes três portes.
—Quando olhamos para a performance de nossos clientes conseguimos observar a relevância de nossas tecnologias para o aprimoramento da gestão e ganho de produtividade. E esse é o nosso grande objetivo, seguir contribuindo para que nossos clientes internalizem e saibam aproveitar todo o potencial que a tecnologia tem a oferecer— comenta Orrigo.
Tecnologia para gestão e uso de sistemas complementares —Com relação à aplicação de tecnologia para a gestão da produção, a pesquisa indicou que todos os portes investem de forma massiva em sistemas de gestão agrícola e no registro de atividades de operações no campo.
Já na gestão da colheita e beneficiamento, as pequenas empresas se destacam ao buscarem autossuficiência em logística, controle de matéria prima e na gestão da colheita. Deste modo, mesmo com menos recursos e infraestrutura, elas buscam se igualar a organizações de outros portes. Em sistemas para gestão e programação de colheita, por exemplo, as pequenas empresas obtiveram o maior índice de todos os portes, com 88%. Já em sistemas para controle e recepção da matéria-prima, empresas pequenas atingiram 81%, ficando atrás apenas de grandes empresas.
Na análise para a gestão do processo industrial e comercialização, os resultados variam a depender da atividade desenvolvida por cada empresa. Mas é possível constatar que as pequenas empresas demonstram adotar soluções de forma equivalente, e até mesmo superior aos demais, com exceção de aplicativos móveis. Com relação a gestão de equipamentos, todas as empresas demonstraram a aplicação de sistemas de forma similar, independente do porte.
A pesquisa também evidenciou que o uso de soluções complementares é mais expressivo nas empresas de grande porte, que registraram: 52% em sistemas para segurança e rastreabilidade na produção; 50% na geração de dashboards automatizados (BI); 25% em portal agrícola e 12% em soluções de IA. Destaque também para as pequenas empresas, que apresentam índices superiores em comparação com as empresas de médio e médio-grande porte.
Perfil da gestão por porte e IPT —De acordo com o levantamento, conforme o tamanho das companhias aumenta, a sua gestão deixa de ser totalmente familiar, e cresce nas empresas a presença de gestão mista (familiar e executiva) e totalmente executiva, indicando uma busca por maior profissionalização. Cerca de 70% das empresas de pequeno porte possuem gestão totalmente familiar. Já nas empresas de médio porte, 58% têm gestão totalmente familiar e 27% têm gestão mista. Das empresas de médio-grande porte, 59% têm gestão mista, e 26% têm gestão totalmente familiar. Enquanto nas empresas de grande porte 36% têm gestão mista, 34% têm gestão totalmente familiar e 30% têm gestão totalmente executiva.
Perfil da amostra —Realizada pela Totvs, maior empresa de tecnologia do Brasil, em parceria com a H2R Insights & Trends, a pesquisa entrevistou 350 proprietários e profissionais, em sua maioria da alta gestão, de empresas do agronegócio com faturamento acima de R$ 20 milhões, no período de agosto a dezembro de 2023. No detalhe, 41% são empresas de grande porte, 29% de médio e 21% de pequeno porte. Em relação à região que se encontram, 51% das empresas estão no Sudeste, 33% no Nordeste, 21% no Centro-Oeste, 15% no Sul e 7% no Norte do Brasil. A amostra do subsegmento de bioenergia corresponde a 14% e a de produção de multicultura a 21%.