Queda de 57% ante o mesmo período do ano anterior.
A Cosan S.A. (B3: CSAN3; NYSE: CSAN) anunciou no dia 13 de novembro (quarta-feira), seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2024.
A Cosan Corporativo encerrou o terceiro trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 293 milhões, na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o resultado diminuiu em R$ 386 milhões, afetado pela menor contribuição dos negócios via equivalência patrimonial e pela base de comparação positivamente impactada pela contabilização dos dividendos recebidos da Vale. Ao final do terceiro trimestre de 2024, o saldo da dívida bruta corporativa era de R$ 24,2 bilhões. No período, houve redução de R$ 1,4 bilhão em comparação com o segundo trimestre de 2024 e capturamos eficiências com a melhora no custo médio de dívida de CDI+1,41% para CDI+1,37%, bem como mantivemos o prazo médio da dívida alongado, em linha com segundo trimestre de 2024 .
O ICSD foi de 1,3x no segundo trimestre de 2024 para 1,2x no terceiro trimestre de 2024, resultado estável impactado pelo menor fluxo de dividendos no período corrente. No trimestre, o consumo de caixa gerencial de R$ 1,5 bilhão foi reflexo do processo de liability management com a amortização das parcelas remanescentes da debênture RLOG. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a redução de 29% no consumo de caixa é explicada pelos movimentos de gestão de endividamento com resgates antecipados e amortizações realizadas no período comparativo. Os negócios encerraram o trimestre com resultados de acordo com o planejado para o ano. Na Rumo, o desempenho foi impulsionado por maiores volumes e margens, resultado do crescimento da tarifa média. O resultado da Compass é reflexo da recuperação dos volumes e da evolução das operações da Edge.
A Moove apresentou resultado superior refletindo a execução contínua da estratégia comercial e inteligência de suprimentos. Na Radar, o resultado com arrendamento foi em linha com o ano anterior e o Ebitda(lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) foi impactado pelo phasing de reavaliação das terras. A Raízen foi impactada principalmente pelo menor preço de etanol, que foi compensado pelo melhor resultado do açúcar. E a Vale contribuiu via equivalência patrimonial proporcional à participação da Cosan, sem base de comparação no terceiro trimestre de 2023. Como destaques da gestão de portfólio nesse trimestre tivemos (i) a aquisição pela Moove da totalidade das ações da DIPI Holdings S.A., (ii) a alienação da fazenda Vista Alegre na Radar e (iii) na Compass a conclusão da aquisição do controle da Compagas e como evento subsequente a venda da participação em Norgás S.A.
A equivalência patrimonial da Cosan Corporativo no trimestre foi de R$ 930 milhões, inferior em R$ 100 milhões em comparação ao terceiro trimestre de 2023. A redução é explicada pela menor contribuição (i) da Compass, em função do reconhecimento da venda das primeiras cargas de GNL pela Edge no período comparativo, (ii) da Moove devido a despesas não recorrentes relacionadas ao processo de IPO, (iii) da Raízen com queda dos volumes vendidos de etanol no período e maior despesa de imposto de renda, e da (iv) Radar que foi impactada pelo phasing de reavaliação das terras. O resultado foi parcialmente compensado pela maior contribuição da Rumo com melhores volumes e tarifas, apesar do efeito extraordinário de impairment registrado, e pela contabilização do MEP da Vale proporcional à participação da Cosan. Na comparação com o segundo trimestre de 2024, a variação negativa é explicada pela menor contribuição da Vale no período atual, além dos efeitos na Raízen e Moove conforme mencionado acima, enquanto o período comparativo foi impactado pelo efeito extraordinário de impairment na Rumo.
O lucro líquido da Cosan Corporativo totalizou R$ 293 milhões no terceiro trimestre de 2024, apresentando variação negativa de R$ 386 milhões frente ao terceiro trimestre de 2023, que é explicada pela menor contribuição dos negócios via equivalência patrimonial, impactada majoritariamente pela Compass e Moove, conforme explicado no item A.1, e pela base de comparação positivamente afetada pela contabilização dos dividendos da Vale na rubrica de outras receitas (despesas) operacionais. Quando comparado ao segundo trimestre de 2024, o aumento é em função da melhora no resultado financeiro, com menor custo de dívida bruta, que foi parcialmente compensada pela menor contribuição dos negócios via equivalência patrimonial.
A alavancagem encerrou em 2,9x no terceiro trimestre de 2024, versus 2,7x no segundo trimestre de 2024 , reflexo do maior consumo de caixa na Raízen, devido à sazonalidade típica de início de safra, e na Compass, pelo pagamento de dividendos e aquisição da Compagas. Para fins de comparabilidade, ao retornar o efeito das ações da Vale na posição de caixa, a alavancagem gerencial foi de 2,4x em 30 de setembro de 2024.
— Ao longo do terceiro trimestre de 2024, nos deparamos com um cenário macro e fiscal do país marcado, essencialmente, por altas taxas futuras de juros e grande volatilidade nos principais indicadores econômicos. Diante deste contexto, a Cosan e os negócios do portfólio seguem com os planos de alocação de capital, focados principalmente em liability management, gestão do portfólio e na execução das operações e projetos estratégicos. Seguimos, na gestão do endividamento, alongando nossos passivos e capturando eficiências no custo, aproveitando a liquidez do mercado de dívidas no Brasil. Assim, eliminamos as amortizações entre os anos de 2024 e 2026, o que sustenta os negócios a navegarem seus respectivos ciclos de investimento, bem como a redução de dívida bruta na Cosan. Por fim, houve captura de dividendos de Vale e Radar, o que manteve o índice de cobertura sobre o serviço da dívida próximo ao trimestre anterior. A sucessão de posições importantes dentro do grupo, anunciada em outubro, está alinhada à estratégia da companhia e foi respaldada pelo nosso pipeline de executivos— destaca a administração da companhia em nota.