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13/11/2024

IRB(Re) apura lucro líquido total de R$ 115,9 milhões no 3T24

Resultado, na Visão Negócio em IFRS 4, considera R$ 82,6 milhões de lucro recorrente e R$ 33,4 milhões não recorrentes. No acumulado do ano, lucro líquido total chega a R$ 260,2 milhões. Resultado de subscrição fecha o terceiro trimestre de 2024 em R$ 117,9 milhões, ante R$ 10,8 milhões no terceiro trimestre de 2023. Índice de sinistralidade apurado no terceiro trimestre de 2024 é de 67,9%, registrando melhora de 6,1 p.p. ante terceiro trimestre de 2023. Índice combinado de 102,1%, no terceiro trimestre de 2024 , é 8,1 p.p. melhor que o verificado no terceiro trimestre de 2023.Solvência chega a 183%. Lucro líquido apurado na metodologia IFRS 17 é de R$ 192 milhões no terceiro trimestre de 2024 .

O IRB(Re) registrou lucro líquido total de R$ 115,9 milhões no terceiro trimestre de 2024, alta de 142,8% frente ao lucro de R$ 47,7 milhões apurado no terceiro trimestre de 2023. O resultado considera R$ 82,6 milhões de lucro recorrente e R$ 33,4 milhões não recorrentes, referentes à venda de terreno no Rio de Janeiro. Os números, divulgados no dia 12 de novembro (terça-feira), conforme a Visão Negócio, mostram a evolução do ressegurador, que obteve resultado positivo pelo sétimo trimestre consecutivo. De janeiro a setembro (nove meses de 2024), o lucro líquido somou R$ 260,2 milhões, representando mais que o dobro do resultado total verificado em 2023, que foi de R$ 114,2 milhões.

—Os resultados indicam uma tendência positiva e crescente, demostrando a consistência da estratégia de negócios. Neste trimestre, o lucro líquido foi influenciado pelo bom resultado de subscrição. Também registramos o efeito não recorrente da venda de um terreno no Rio de Janeiro. Vale ressaltar ainda a redução da sinistralidade e do índice combinado. A evolução contínua dos nossos números mostra que o processo de turnaround da companhia está consolidado e termina ainda em 2024. Além disso, evidencia a capacidade de entregar um resultado operacional sustentável, com rentabilidade— afirma Marcos Falcão, CEO do IRB(Re).

Resultado de subscrição cresce —O resultado de subscrição totalizou R$ 117,9 milhões no terceiro trimestre de 2024 , superior aos R$ 10,8 milhões verificados no terceiro trimestre de 2023. Considerando os nove meses de 2024, o resultado de subscrição chega a R$ 274,1 milhões frente a R$ 49,9 milhões nos 9M23. Vale ressaltar que este resultado já contempla os sinistros referentes às enchentes do Rio Grande do Sul.

O prêmio emitido total – em linha com a estratégia de concentração de negócios no Brasil e de redução da participação no exterior — avançou 10,1%, no terceiro trimestre de 2024 , na comparação anual, registrando R$ 2,2 bilhões. A participação de negócios firmados no Brasil alcançou 83% do portfólio no terceiro trimestre de 2024 .

Em relação ao volume, houve crescimento de 7,1% do prêmio emitido no Brasil na comparação com o terceiro trimestre de 2023, alcançando R$ 1,8 bilhão. Já o prêmio emitido no exterior, que representou 17% do portfólio, totalizou R$ 372,9 milhões no terceiro trimestre de 2024 , alta de 27,1% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Nos nove meses de 2024, o prêmio emitido total foi de R$ 5,1 bilhões, superior ao reportado nos nove meses de 2023 em 1,9%.

Continuamos a concentrar negócios no Brasil, pois este é um mercado que conhecemos profundamente e observamos nele a oportunidade de aumentar a nossa rentabilidade. O mercado brasileiro vem apresentando crescimento orgânico e de taxas. Nos nove meses de 2024, nosso prêmio no Brasil teve alta de 10%, ultrapassando os R$ 4 bilhões. Ao mesmo tempo em que reduzimos em 21% no exterior. Destaco também que a linha Patrimonial cresceu sua participação na carteira de 35%, nos nove meses de 2023, para 44%, no 9nove meses de 2024 —diz Daniel Volpe, diretor Técnico de Subscrição do IRB(Re), que está substituindo o vice-presidente de Resseguros, Daniel Castillo, de férias.

Sinistralidade cai —O índice de sinistralidade, no terceiro trimestre de 2024 , foi de 67,9%, melhor em 6,1 p.p. quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Analisando de janeiro a setembro de 2024, a sinistralidade totalizou 63,8%, com melhora de 11,4 p.p. frente aos nove meses de 2023. Considerando a geografia, a sinistralidade dos contratos fechados no Brasil foi de 61% em linha com o registrado no ano anterior. Nos 9M24, fechou em 56%, 14 p.p. menor que nos nove meses de 20232. Já o índice de sinistralidade no exterior caiu 10,4 p.p. na comparação com o 3T23, fechando em 81,3%. Nos nove meses de 2024, foi de 82,8%, melhor 0,9 p.p. que um ano antes.

—A redução da sinistralidade ocorre, principalmente, devido à queda do índice em Rural, Riscos Especiais e Patrimonial. Algumas carteiras tiveram sinistralidade acima do esperado, como Aviação, Responsabilidade e Transporte. No entanto, por serem linhas menos representativas, não mudaram a tendência de redução da sinistralidade da companhia— explica Volpe, acrescentando que o impacto da tragédia ocorrida no RS foi de R$ 5 milhões no terceiro trimestre de 2024 , atestando a efetividade das reservas constituídas e do programa de proteção de carteira do IRB(Re).

O índice combinado — que inclui sinistralidade, comissionamento e demais despesas – passou de 110,2%, no terceiro trimestre de 2023, para 102,1%, no terceiro trimestre de 2024 . No acumulado do ano, houve melhora em sete ponto percentuais totalizando 102,1% nos nove meses de 2024. —O índice combinado no segmento Não- Vida foi de 98% nos nove meses de 2024, uma queda de oito pontos percentuais ante os nove meses de 2023. Por outro lado, o índice combinado de Vida, nos nove meses de 2024, foi de 118%, alta de sete pontos percentuais Esperamos que, com os ajustes realizados na carteira de Vida, o índice combinado do segmento tenda ao índice do Não-Vida no médio prazo, contribuindo para redução do índice combinado da companhia—disse Volpe.

Índice de despesas administrativas estável — O índice de despesas administrativas fechou o terceiro trimestre de 2024 em 9%, em linha com o reportado no terceiro trimestre de 2023. As despesas gerais e administrativas do IRB(Re), no terceiro trimestre de 2024 , totalizaram R$ 85 milhões. Valor 13% maior que o reportado no terceiro trimestre de 2023. No acumulado até setembro, as despesas administrativas se mantiveram inferiores aos nove meses de 2024 em 2%, totalizando R$ 244 milhões, com índice de 8,4%.

O resultado financeiro e patrimonial totalizou R$ 196,4 milhões, superior ao terceiro trimestre de 2023 em 7,4%. No acumulado do ano, alcançou R$ 504 milhões, maior do que o nove meses de 2024 em 19%. Vale destacar que o aumento foi influenciado pela venda do terreno no Rio de Janeiro, que beneficiou o resultado patrimonial em R$ 37 milhões.

—Encerramos o terceiro trimestre de 2024 com R$ 8,5 bilhões em ativos financeiros, em linha com o reportado no terceiro trimestre de 2023. A alocação destes recursos pode ser dividida em 61% de ativos no Brasil e 39% no exterior— informa Paulo Valle, diretor-geral da IRB (Asset), braço de investimentos do ressegurador.

Suficiência nos indicadores regulatórios —O IRB(Re) deve observar dois indicadores regulatórios, conforme dispõe normativo da Susep, órgão responsável pela supervisão do setor de seguros e resseguros: Índice de Suficiência de Patrimônio Líquido Ajustado em relação ao Capital Mínimo Requerido (CMR) e o Índice de Cobertura de Provisões Técnicas. Em 30 de setembro de 2024, a companhia apresentou suficiência em ambos os índices.

—O primeiro indicador, Índice de Suficiência de Patrimônio Líquido Ajustado, fechou o terceiro trimestre de 2024 com suficiência de R$ 892 milhões, uma elevação de 67% em relação ao registrado no fim do ano passado. O que significa uma suficiência de 183%. O resultado se deve, principalmente, à queda do capital mínimo requerido e ao aumento do Patrimônio líquido ajustado. O Índice de Cobertura de Provisões Técnicas encerrou o terceiro trimestre de 2024 com suficiência de R$ 599 milhões—diz Eduarda La Rocque, diretora de Controles Internos, Riscos e Conformidade do IRB(Re).

IFRS 17 —O IRB(Re), além de reportar seus números considerando a Visão Negócio da IFRS 4, utilizada pelo regulador setorial, a Susep, publicou seus resultados do terceiro trimestre de 2024 em IFRS 17, metodologia adotada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A norma internacional, direcionada ao mercado de seguros e resseguros, trata os fluxos operacionais trazidos a valor presente, considerando o valor do dinheiro no tempo.

Considerando a IFRS 17, o resultado da companhia no terceiro trimestre de 2024 foi positivo em R$ 192 milhões, ante lucro líquido de R$ 44 milhões no terceiro trimestre de 2023. Nos nove meses de 2024, chegou a R$ 623 milhões. “O resultado trimestral é explicado, principalmente, pelo aumento da receita com resseguros no valor de R$ 227 milhões. Além disso, houve variação positiva na retrocessão, com efeito no resultado líquido de R$ 238 milhões, gerado pela recuperação de sinistros no período. E, por fim, o resultado financeiro líquido teve uma redução de R$ 71 milhões, impactado pela variação do câmbio no trimestre”, afirma Falcão.