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12/11/2024

O Comércio Exterior como poderosa fonte de empreendedorismo num mundo globalizado

Que o mundo atualmente está na palma de nossas mãos, ninguém duvida. Já é fato! Comprar e vender bens e serviços ao exterior pode ser um grande diferencial de patamar entre empresas internacionalizadas e as meramente nacionais.

A internacionalização de empresas gera inúmeras vantagens para os empreendedores que se arriscam a comprar ou vender seus produtos a outros mercados que pagam em moedas fortes.

O mercado internacional pode ser um diferencial relevante no desenvolvimento das empresas, pois, se a empresa opta por uma atuação num mercado internacional, isso denota que o empreendedor se capacitou e se arriscou ao buscar elevar seus resultados com operações mais refinadas e lucrativas. E utilizando todos os benefícios fiscais e financeiros que existem e estão disponíveis para quem se arrisca na exportação.

Recentemente, nós da Logimex temos ajudado empresas comerciais, em geral lojas e distribuidores a empreenderem num mundo globalizado. No campo das compras internacionais, temos sido mentores de empresas que estão buscando produtos no exterior, para compor sua linha de vendas. Vinhos e azeites; Kits multimídias para veículos e outras autopeças, bicicletas elétricas e triciclos de diversos tamanhos. Roupas prontas, tecido, aviamentos, acessórios, são alguns dos segmentos de moda bastante importados do exterior para compor as maravilhosas vitrines dos shoppings brasileiros das mais famosas lojas do país. Tudo isso era um grande tabu num passado recente. Hoje é questão de oportunidade e expansão de portfólio para os pequenos e médios.

Estamos vendo tudo isso como uma mudança de forma de pensar. Usar as ferramentas da internacionalização para ganhar novos mercados, obter os melhores insumos, melhores condições financeiras, fugir de intermediários, enfim, levar seu negócio a patamares internacionais.

E alguns empreendedores têm me surpreendido muito positivamente. Recebemos aqui na Logimex um casal de empresários do segmento de beleza trazidos por um contador para conversarmos sobre “os caminhos da internacionalização”.

Tivemos um longo papo sobre as maravilhosas feiras chinesas, em especial a “Feira de Cantão”, que acontece anualmente em duas edições, as vantagens de conhecer fornecedores, possibilidade de visitar fábricas, entender melhor o funcionamento das compras internacionais. Para a nossa surpresa, o casal saiu da reunião afirmando: – “Vamos à China no mês que vem. Nossa primeira viagem internacional será em grande estilo, e tenho a certeza de que mudará nossa vida empresarial”. (Até o momento que terminei de escrever este artigo ainda não sabia da viagem, pois eles estão na China visitando fábricas). Tenho certeza absoluta que esta viagem vai mudar completamente o “mindset” destes gestores. Cheguem logo e nos contem as novidades!!!

Essa semana dei uma entrada no departamento operacional da Logimex para o andamento de processos. Fiquei muito feliz com o movimento de pré-Natal de nossos clientes. Muitos containers de bicicletas elétricas e “scooters” sendo liberados no porto (esses produtos de nossos clientes estão vendendo muito em todo o Brasil), importação de vestuários de nossos clientes que vestem as mulheres brasileiras em todos os grandes shoppings deste país, das lojas femininas mais chiques, acessórios femininos, brinquedos para adultos, que são vendido em lojas físicas e online, acessórios para computadores, celulares, tablets, aparelhos de ar condicionados e geladeiras automotivas, tecidos, aviamentos, ufa, muita coisa interessante que empresas estão descobrindo no exterior, com preços, qualidade e condições que valem a pena o investimento.

E não pensem que existe somente as compras internacionais. Empresas estão vendendo para o exterior seus produtos, tais como alimentos, roupas, peças automotivas e muitos outros segmentos interessantes. Cosméticos para peles negras, para cabelos cacheados e crespos, madeira certificada, são alguns destes novos produtos que estamos efetivamente ajudando a ganhar o mercado internacional.

Existem vendas que são equiparadas a exportação. Por exemplo: Vendas para empresas que trabalham em zonas francas e free-shops (duty–free), que são lojas localizadas em aeroportos internacionais, dentro de salas de embarques. Estas lojas vendem seus produtos para quem está viajando, sem impostos nacionais, e a venda feita por uma empresa brasileira para essas “duty-free”, são consideradas vendas equiparadas a exportação. Muitas empresas estão negociando seus produtos com estas lojas de aeroporto e, com isso, fazendo vendas internacionais (exportação).

Outra oportunidade de exportar, sem precisar efetivar uma logística internacional, é a venda para “ship chandler” e “Catering”. São vendas de produtos para companhias marítimas e aéreas, com sede no exterior, mas que precisam de produtos nacionais para abastecer suas embarcações ou aeronaves. Essas operações, de ship chandler, são serviços de abastecimento de navios com suprimentos, alimentos, equipamentos de segurança, material de limpeza e outros itens necessários para o funcionamento da embarcação. Já o serviço de catering é um serviço que fornece todos os insumos necessários para a alimentação de empresas aéreas e navios de cruzeiro. Nesse modelo, os alimentos costumam ser preparados nas instalações da empresa de catering e são entregues a estas companhias de transporte internacionais, já desembaraçadas como exportação.

Portanto, existem diversas formas de se lucrar vendendo para empresas globalizadas. Os empreendedores de comércio precisam ampliar seu espectro comercial e descobrir novas operações de compra e venda para empresas globais. A moeda é Dólar e Euro, que representa cinco vezes o valor do Real e o mercado é amplo.

Siga estas dicas. Só se restringirá a receber em reais quem não leu este artigo ou ainda não tem a coragem de pensar que o mundo é muito maior do que esse Brazilzão. Empreenda globalmente! Seu negócio vai agradecer.

Por: Otávio Gomes Rodrigues, sócio-diretor da Logimex Comércio Exterior; diretor na Federação Nacional dos Despachantes Aduaneiros (Feaduaneiros); diretor no Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio de Janeiro (Sescon/RJ) e vice-presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindaerj) | Revista MALLS