cd-magazine-luiza

08/11/2024

Magalu registra Ebitda em R$718 milhões no 3T24

Alta de 47% ante o período anterior, e totaliza R$718 milhões, com 8,0% de margem. Crescimento de 15% de vendas nas mesmas lojas físicas. Geração de caixa operacional de R$571 milhões e caixa total de R$6,6 bilhões.

As vendas totais do Magalu atingiram R$15 bilhões no terceiro trimestre de 2024 , crescendo 4% em relação ao terceiro trimestre de 2023 e atingindo patamares históricos para o período. Nas lojas físicas, as vendas totalizaram R$5 bilhões no trimestre, um aumento de 13% em comparação com o terceiro trimestre de 2023. No critério mesmas lojas, o crescimento atingiu 15%. Com isso, o Magalu expandiu sua participação de mercado no mundo físico em 0,7 p.p. no trimestre.

O e-commerce atingiu R$11 bilhões em vendas no período. As vendas no e-commerce com estoque próprio totalizaram R$6,5 bilhões, e o DIFAL totalmente repassado contribuiu para a expansão da margem bruta. Já as vendas do marketplace alcançaram R$4,5 bilhões no mesmo período e representaram 41% das vendas online.

A margem bruta atingiu 31,5%, crescendo de 1,1 p.p. comparada ao terceiro trimestre de 2023, impulsionada pelo aumento de 1,4 p.p. na margem bruta de mercadorias. No trimestre, o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) cresceu 47%, totalizando R$718 milhões. A margem Ebitda atingiu 8,0%, um aumento de 2,3 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior. Vale ressaltar que o Ebitda total ajustado dos últimos 12 meses atingiu R$2,9 bilhões.

As despesas financeiras foram 21% menores na comparação anual e representaram 4,0% da receita líquida. Com a significativa evolução do resultado operacional e a queda nas despesas financeiras, o Magalu registrou um lucro líquido recorrente de R$70 milhões no terceiro trimestre. Nos últimos 12 meses, o lucro líquido ajustado alcançou R$239 milhões.

A geração de caixa operacional no terceiro trimestre de 2024 foi de R$571 milhões. Nos últimos 12 meses, essa geração de caixa atingiu R$2,4 bilhões, praticamente o triplo do total registrado no ano anterior. Essa evolução está relacionada à significativa melhora no desempenho operacional do período e na evolução do capital de giro. No terceiro trimestre de 2024, o capital de giro apresentou uma melhora de R$98 milhões em relação a junho de 2024.

O Magalu encerrou setembro de 2024 com uma posição de caixa total de R$6,6 bilhões. Ao longo do trimestre finalizamos também o aumento de capital na Luizacred no montante de R$300 milhões e recompramos cerca de R$100 milhões de dívida (referentes à 10ª emissão de debêntures). Com isso, o caixa líquido do Magalu ao término do trimestre alcançou R$1,8 bilhão.

Tem Ali no Magalu: A parceria entre Magalu e AliExpress já está em operação. Todo o desenvolvimento foi concluído em menos de quatro meses e agora ambas as plataformas já estão vendendo produtos uma da outra. Essa parceria permitirá ao Magalu ampliar sua participação de mercado em categorias de tickets baixos por meio do marketplace e também alavancar as vendas do 1P para uma nova base de clientes.

O Fulfillment já é responsável por 24% dos pedidos do marketplace, um significativo aumento de 10 p.p. de penetração em relação a setembro de 2023. Ao optar pela migração para o Fulfillment, os sellers conseguem reduzir em média 40% os prazos de entrega e 20% os custos, dobrando sua taxa de conversão de vendas.

O NPS Corporativo alcançou 80, um aumento de 13 pontos de janeiro a setembro deste ano, marcando a maior pontuação já obtida. Esse resultado histórico foi impulsionado pelo NPS do marketplace, que subiu para 75, aproximando-se dos níveis de satisfação excepcionais das Lojas e do 1P.

No MagaluAds, a plataforma — produtos de busca e vitrine patrocinados — teve um crescimento de 48% nas receitas no terceiro trimestre de 2024. O MagaluBank atingiu R$24,5 bilhões em TPV. Em cartões de crédito, o faturamento atingiu R$15 bilhões no terceiro trimestre de 2024, são mais de 6 milhões cartões de crédito ativos e R$19 bilhões em carteira de crédito. Destaque para a queda sequencial na taxa de inadimplência total e o lucro líquido de R$66 milhões da Luizacred no trimestre.

Em mensagem diz a diretoria: —Em 2025, a atual gestão completará dez anos à frente da liderança do Magalu. Esse período, historicamente intenso e acelerado, é marcado por dois ciclos estratégicos que transformaram a companhia e contribuíram para fazer com chegássemos até aqui como um negócio de mais de 60 bilhões de reais de vendas, 36 milhões de clientes ativos e quase meio bilhão de visitas mensais em seus canais digitais. O primeiro ciclo — de 2016 a 2020 — foi o da digitalização. Em cinco anos, o Magalu passou de um varejista tradicional para uma plataforma digital multicanal. O segundo e atual ciclo – iniciado em 2021 e que se encerrará no próximo ano — é o da construção e consolidação de um ecossistema de empresas que operam em sinergia e que amplia de forma radical os territórios de atuação do Magalu. E tão importante quanto tudo isso: é esse ecossistema – baseado na diversificação dos chamados earnings streams, ou fontes de resultados – que blinda a companhia dos efeitos das ciclicidades macroeconômicas.

Estamos, rapidamente, nos transformando num negócio à prova de Selic. Não é pouca coisa num país como o Brasil. Este trimestre, em vários aspectos, ratifica esse trabalho. Entre julho e setembro, a companhia vendeu R$15,5 bilhões e registrou um lucro líquido de 70 milhões de reais, uma margem Ebitda de 8% e queda de 21% nas despesas financeiras. (Em 2023, nesse mesmo período, o Magalu apresentou um prejuízo de 143 milhões de reais e uma margem Ebitda de 5,7%.) Levando em consideração os últimos 12 meses, o Ebitda do Magalu atingiu 2,9 bilhões de reais e cresceu 40% comparado ao ano anterior.

No mesmo período, o lucro líquido foi de 239 milhões de reais. É o quarto balanço consecutivo de resultado positivo — uma ratificação de nossa crença de que o Magalu deve ser, antes de mais nada, uma empresa lucrativa, a despeito das condições externas.

Com a significativa evolução nos nossos resultados somada à melhoria do capital de giro, a geração de caixa operacional — um dos destaques desse trimestre — foi de R$ 571 milhões Nos últimos 12 meses, nessa mesma métrica, atingimos 2,4 bilhões de reais — um dos maiores patamares históricos. A posição de caixa total do Magalu em setembro foi de

6,6 bilhões de reais, um aumento de 162 milhões no trimestre — mesmo realizando recompra de cerca de R$ 100 milhões em debêntures.

Para criar esse ecossistema (um termo banalizado no mercado, mas que faz todo sentido no nosso caso), fizemos mais de 20

aquisições ao longo dos últimos quatro anos – uma forma de acelerar tanto a diversidade de categorias de produtos oferecidas em nossa plataforma digital quanto de aumentar as receitas com serviços. É claro que esse movimento nos trouxe uma complexidade inicial. Mas, às vésperas do término deste ciclo estratégico, temos convicção de que tanto nosso movimento de aquisições quanto o processo de integração desses negócios foram um sucesso. O Magalu não teria a escala, a abrangência e resultados mais resilientes sem isso.

As mais de duas dezenas de operações adquiridas, além de outras desenvolvidas do zero como a Magalu Cloud, foram integradas e conectadas e parte delas se transformou em quatro pilares de geração de resultado: o Magalu Bank, em serviços financeiros, o Magalu Ads, em retail media e conteúdo, o Magalu Cloud, em Maas (tecnologia), e o Magalog, em logística. Netshoes, Época, Zattini, KaBum!, Aiqfome e Estante Virtual hoje estão 100% conectadas ao ecossistema, contribuem para seu fortalecimento ao mesmo tempo em que se beneficiam dele. A complexidade natural de um movimento acelerado de aquisições se transformou num modelo simples, conectado e — não vamos deixar de repetir aqui — gerador de resultados.

A consolidação do ecossistema: adicionando novas fontes de resultado Entre julho e setembro deste ano, vivemos três momentos simbólicos da evolução e consolidação do nosso ecossistema. O primeiro foi o acordo estratégico com o AliExpress, anunciado em julho, na China. Menos de três meses depois, milhares de produtos cross border da linha Choice do AliExpress passaram a ser vendidos por meio dos canais digitais do Magalu. Ao mesmo tempo, itens 1P do Magalu (estoque próprio) começaram a ser oferecidos na plataforma do AliExpress no Brasil. Foi um movimento típico de união de competências que faz com que todos saiam ganhando. Sobretudo, o cliente. O Magalu, já há alguns anos, é líder inconteste nas vendas online dos chamados produtos discricionários, com preços acima dos 1.000 reais. São geladeiras, aparelhos de TV e de ar-condicionado, máquinas de lavar roupas, celulares. Com as aquisições de Netshoes e KaBuM! e com a Época Cosméticos, que já fazia parte de nosso portfólio, avançamos significativamente na venda de categorias com tíquetes na faixa intermediária, de 200 a 1.000 reais. Passamos a vender de batom a chuteiras. De cadeiras gamer a camisas de time de futebol. Para suportar o crescimento da participação nesse mercado, a companhia vem investindo na evolução de seu sistema de fulfillment multicanal e da Agência Magalu, ao usar suas 1.245 lojas físicas para a retirada de produtos comprados nos canais digitais (Retira Loja), a entrega de itens vendidos por parte dos sellers do marketplace (drop-off) e o shipfrom-store. Como o acordo com o AliExpress se integra à nossa estratégia de expansão e diversificação de motores de resultado? Fortalecendo nossas vendas digitais — e, particularmente, nosso 3P — com itens com tíquetes de até 200 reais, um mercado que surfa a onda do aumento de renda da população e no qual os asiáticos são reconhecidamente competitivos. Com a parceria, portanto, fechamos o cerco. Passamos a jogar, no online, o jogo do varejo impulsionado pelo aumento da renda da população, um cenário que já vinha beneficiando o desempenho de nossas lojas físicas. No terceiro trimestre de 2024, as vendas pelo critério de same store sales (SSS) avançaram 15%. E estamos muito bem posicionados, como líderes em produtos discricionários, para aproveitar os ventos favoráveis de uma queda nas taxas de juros, quando isso de fato acontecer. O segundo marco do trimestre que reforça a estratégia foi o lançamento do CDC Digital pelo MagaluBank. Atualmente, a carteira de CDC nas lojas físicas é de 1,5 bilhão de reais. O potencial online para esse tipo de produto é gigante. Algo semelhante acontece com a venda de seguros online, cujo crescimento foi de 74% no terceiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano anterior. É possível avançar muito também nesse território aberto, de forma acelerada.

Ainda em serviços financeiros, vale destacar também o resultado trimestral da Luizacred com lucro líquido de 66 milhões de reais, contribuindo para o Ebitda total do Magalu. O ROE (Return On Equity) da Luizacred foi de 18% em termos anualizados. Temos 6,3 milhões de cartões de crédito ativos e 19 bilhões de reais em carteira de crédito, com indicadores de inadimplência em patamares historicamente baixos – 2,8% de curto prazo (NPL-15) e 8,8% de longo prazo (NPL-90). Divulgação de Resultados 3T24 Por fim, acabamos de lançar para o mercado a Magalog. Nossa empresa de logística multicanal nasce com uma receita de 3 bilhões de reais, 21 centros de distribuição, 1.245 lojas, 175 cross dockings e 10.000 veículos. Está presente em 3.800 cidades do país e é resultado da integração da Magalu Entregas e de quatro negócios adquiridos: GFL, Sinclog, Sode e Logbee. Serve a todas as nossas empresas e funciona como uma espécie de sistema circulatório do ecossistema, com interface com o cliente e impacto direto no nível de serviço. O fulfillment multicanal da Magalog já é responsável por 24% dos pedidos do marketplace, com redução média de 20% no custo do frete. A participação do fulfillment nas vendas do 3P do Magalu foi atingida num prazo pequeno em relação aos padrões do nosso mercado: dois anos. Mas, como time, nos desafiamos a acelerar ainda mais esse processo. As vendas entregues por meio do nosso fulfillment cresceram 154% nos primeiros nove meses de 2024 comparado ao ano passado. O fulfillment, para nós, é crucial. Nos traz resultado financeiro e – não menos importante — melhora radicalmente a experiência do cliente. Dobra as taxas de conversão e aumenta, em média, em 10 pontos percentuais o nosso NPS. O crescimento do Retail Media tem acelerado globalmente, impulsionado por mudanças no comportamento dos consumidores e nas estratégias publicitárias. O mercado global deve atingir 121 bilhões de dólares em 2024, com destaque para os EUA. No Brasil, a previsão é de um aumento de 43,5% no setor. Para acompanhar essa expansão, o Magalu Ads lançou uma nova plataforma de anúncios, oferecendo inovações como campanhas baseadas em objetivos de negócio e um modelo de leilão CPC (custo por clique) para maior controle sobre os investimentos. A plataforma também permite campanhas por palavra-chave e gestão de orçamento com maior flexibilidade.

Com 430 milhões de visitas mensais, o Magalu Ads integra plataformas como Magalu, Netshoes, Época, KaBuM! e Estante Virtual, além de redes sociais e lojas físicas. Essa integração fortalece o ecossistema Magalu, que conta com a influenciadora Lu, posicionando a plataforma como uma opção estratégica para anunciantes. Levamos quatro anos para erguer, ativo por ativo, o nosso ecossistema de negócios. O processo tem exigido trabalho, energia, resiliência e, sobretudo, convicção por parte de nossas lideranças, e deve ser concluído no próximo ano. Os ventos econômicos são sempre incertos. Os cenários de negócios não são imutáveis — nem gostaríamos que fossem. Mas chegamos aqui muito otimistas e em linha com nossa determinação de levar o Magalu ao seu centenário como uma empresa relevante para o mercado, para o consumidor e para o país. Só se consegue isso se, de forma consistente, a última linha do balanço for azul. Agradecemos nossos colaboradores, clientes, investidores e fornecedores pela parceria. Vamos, juntos, em direção a um novo e bem-sucedido ciclo— conclui a mensagem.